A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)

CAPÍTULO SETENTA E SEIS

Luna.

Três meses depois...

Cuidar da minha filha me deixa muito cansada. Ela é um amor, não chora muito, só dorme e sua risada é muito gostosa, me lembra o Igor é isso me faz ficar mais apaixonada ainda por ela. Seu cabelo continua loiro, seus olhos é a cópia dos da minha mãe, juro. Alice é uma joia rara, dou minha vida por ela. Nesse momento estou dando mama a ela, depois vou sair com Julia para o salão, ela encheu minha cabeça pra mudar o meu cabelo. Eu até que gostei da ideia, cansei desses dreads grandes.

Aliso o rostinho da minha filha enquanto a olho mamar, a cada segundo eu dou um sorriso por ela. Ouço baterem na porta e eu digo baixo:

— Entra.

Meu pai abre a porta e sorrir para mim.

— Desculpa te atrapalhar, filha, mas você vai sair com a Julia ainda, não é? – perguntou.

— Sim, mas se o senhor for fazer algo, eu posso desmarcar, tá tudo bem.

— O que? Não, eu não vou fazer nada. É bom que eu passo mais tempo com minha netinha. – ele se aproxima e alisa o rosto dela. – Não é, meu amor? – fala com Alice.

— Tudo bem, obrigada por fazer isso por mim, eu agradeço muito.

— Você é minha filha, pare de agradecer por tudo.

Dei risada e ele saiu me deixando sozinha com minha filha, tiro o peito da sua boca e me levanto pra por ela em seu berço.

— Pronto. – ajeito ela.

Alice logo começa a chorar, não quer sair do colo pra nada. Quando vai pro colo do meu pai, chora quando eu pego de novo, a mesma coisa com Julia e Rafael.

— Meu amor, para de chorar... shh...

Continua chorando, poxa, o que eu faço? Ainda sou bem nova nisso, nem sei o que fazer pra ela se acalmar. Mas eu lembro de uma coisa, minha mãe cantava uma música pra mim, talvez ajude ou talvez ela me faça de trouxa.

— "É tão tarde
A manhã já vem
Todos dormem
A noite também
Só eu velo

Por você, meu bem
Dorme anjo
O boi pega Neném
Lá no céu
Deixam de cantar
Os anjinhos
Foram se deitar
Mamãezinha
Precisa descansar
Dorme, anjo
Papai vae lhe ninar."

Cara, essa música é maravilhosa, deixa qualquer um calmo. Alice ficou calminha, até sorriu. Fiquei ninando ela até dormir, fiquei mais ou menos uns 20 minutos aqui, mas não ligo pra o horário não, minha filha é mais importante que qualquer coisa. Saiu do quarto deixando a babá eletrônica ligada e deixo a porta aberta. Coloco a outra babá eletrônica na sala do lado do meu pai e subo pra vestir uma roupa, tô usando a cinta pós-parto já e tô até indo pra academia uns dias, quero meu corpo de volta. Pego a minha bolsa e passo no quarto da minha pequena deixando um beijo em sua testa.

— Mamãe já volta meu anjo.

Desço a escada e vou até o meu pai que está assistindo com Jennifer.

— Pai, tô saindo. – digo beijando o seu rosto.

— Tudo bem, cuidado você andando com essa menina louca. – disse ele.

— Louca mesmo, parece que não tem escrúpulos. – Jennifer comenta.

— Você quer mesmo que eu lhe responda, Jennifer?

— Não. – diz meu pai. – Pode ir meu amor, eu cuido da Alice.

Saiu de casa e vou até a de Julia. Toco a campainha e a chamo, fico esperando ela aparecer.