CAPÍTULO DEZENOVE

11.9K 541 100
                                    

Igão.

Luna desceu o morro com o carro e é hora de ir atrás da Carol e tirar essa história a limpo. Subo o morro e entro na rua da casa dela, bato na porta e ninguém atende. Ela deve ta em seu trabalho, subo mais entre os becos e entro no bar de seu Jorge. Ela tá lá, parada em uma mesa conversando com uns dos vapores, de shortinho curto, blusa curta e sorrindo. Me encosto na parede esperando ela olhar pra mim, um dos vapores me olha e acena com a cabeça, aceno de volta e Carol olha, chamo ela com a mão e ela vem rebolando e sorrindo.

— Oi, amor. – diz se aproximando pra me beijar.

Viro a cara enquanto saiu do bar, paro do lado da parede e ela veio atrás.

— O que foi?

— Quero saber o que tu falou com a Luna. E nem vem com o papo de que não falou nada porque tô ligado que tu disse algo e quero saber, então desembucha logo.

— Olha... – ela colocou as mãos na cintura. – Eu só abrir o olho dela. Falei que ela era cria nova e que nunca vai ter você como eu tenho. Você é meu, Igão. Nem ela e nem ninguém vai tirar você de mim.

Comecei a rir e passei as mãos no rosto.

— Falei também que tivemos um dia romântico... – completou.

— O que? Dia romântico?

— É claro. Apenas coloquei aquela patricinha no lugar dela, Igor.

— E qual o teu lugar, Carol? Diz ai, mina.

Eu tava me controlando pra não dar um murro nela. Ela mentiu. Ainda com meu nome no meio. Puta que pariu.

— Meu lugar é no seu lado. Você sabe disso.

— Oh Carol, vou dizer uma vez e não me faz repetir, beleza? – a encarei. – Nós dois. Nunca mais, saco?

— Não entendi. – ela fez uma cara de desentendida. – O que isso significa, Igão? – disse alto.

Algumas pessoas que estavam passando nos olharam e isso só aumentou minha raiva. Cheguei mais perto dela e a encostei na parede.

— Quer dizer que a gente não vai ter mais nada, e se tu vim atrás pra se meter na minha vida, eu raspo tua cabeça e te deixo sem teto.

— Ta me deixando por causa daquela...

— Daquela o que?

— Daquela vadiazinha de quinta.

— Olha só quem fala né... – me afastei dela. – Já te dei o papo.

— Você está fazendo o errado, Igão. Você está fazendo a escolha errada.

— Eu sou todo errado!

— Eu vou fazer sua vida e a vida dela um inferno! – falou andando em minha direção.

Eu te faço ver o diabo de perto! – falei olhando nos seus olhos.

Ela deu dois passos para trás e ficou parada me olhando. Dei as costas e sai andando.

Carol cada dia que passa fica mais assanhada, não apago ela por pena.

Vou andando pelos becos e pensando.

Deixei a Carol por causa da loirinha, sera que vale apena?

A loirinha tem muita coisa que gosto, ela é firmeza, mas é muito abusada comigo. De qualquer forma, se eu não tiver mais a loirinha pra mim, Carol vem atrás.

Carol só é diversão, a parte chata é ela achando que somos um casal. Se um dia eu ter a Carol como fiel, eu deixo qualquer um dar um tiro na minha cara.

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora