CAPÍTULO NOVENTA E TRÊS

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Igão.

Mano, eu não sei como me sentir sabendo disso, me coração tava disparado, eu tava tremendo, tava nervosão. Porra, fiquei destruído por dentro só de ver minha filha chorando com o corpo vermelho porque uma desgraça de puta bateu. Diz Luiza que era pra acerta a Luna, mas de primeira deixei avisada que não era pra encostar nela, não era pra falar nem nada. A desgraçada vai logo fazer o que eu disse pra não fazer, eu devia ter dado o dela logo no primeiro vacilo.

Luna sai andando mais Carol e eu puxo Luiza.

— Eu devia ter feito isso contigo no primeiro deslize teu, mas tu vai aprender a nunca mais encostar em minha filha e na Luna.

— Não faz nada com ela aqui não. – diz Pedro segurando meu braço.

— Quem disse que vou fazer algo aqui? – peguei minha arma da mão de Flavinho e coloquei no ombro.

Flavinho e Pedro vinha atrás, acho melhor eu ficar sozinho só com essa desgraçada.

— Aí. – parei de andar. – Vão arranjar o que fazer, vou acerta minhas contas com essa daqui.

— O-o que você vai fazer c-comigo? – perguntou.

— Tem certeza que quer ir sozinho? – Pedro perguntou.

— Tenho, vão ficar de olho na boca.– fico irritado.

Volto a puxar Luiza pelo braço e vou andando até o galpão, ela fica perguntando o que vou fazer, se vou matar ela ou machucar. Minha vontade é matar ela agora mermo com um tiro na cabeça, mas quero fazer ela sofrer, fazer ela chorar do mesmo jeito que fez com minhas mulheres.

Chego no galpão e Luiza fica se arrastando pra não ir, seguro em seu cabelo e lhe puxo, ela cai sentada no chão e começa a gritar e a segurar a minha mão pra se soltar.

— Me solta, tá doendo. – gritou chorando. – Por favor, eu não faço mais isso, por favor.

Vou lhe arrastando até o fundo do galpão pelos cabelos e abro a porta do quartinho que Borracha tinha ficado, rumo ela lá dentro e entro junto. Fecho a porta e ligo a luz, eu encaro Luiza sentada no chão chorando.

— Eu tinha dito pra tu, Luiza, porra, eu falei pra tu. – andei até ela e me abaixei. –Eu falei pra tu não mexer com elas.

— E-eu tô arrependi... – não deixo terminar e dou um murro na sua cara.

— Eu não mandei tu falar, mandei? – ela nega com a cabeça chorando. – Fica caladinha. Tu não me deixa mais irritado do que já tô. Tu sabe como fiquei quando soube que tu tava batendo na Luna? Sabe como fiquei sabendo que tu machucou minha filha, cara? É um bebê, porra, é uma inocente. – Luiza continua chorando. – Tá chorando por que, caralho? Eu ainda nem fiz nada contigo pra tu tá chorando. Por que tu foi atrás da Luna? Me diz aí. – ela fica calada. – Anda porra! – falei alto e ela se tremeu. – Se tô perguntando é porque tu pode falar, filha da puta!

— E-essa garota me provoca, Igão, e-eu fui conversar com ela sobre isso que aconteceu com a gente. – ela limpa o rosto.

— Aconteceu com a gente? O que aconteceu?

— De você pensar nela enquanto estávamos juntos, você não quis continuar por causa dela, e eu fui atrás dela pra mandar ela sair do meu caminho e do seu.

— Do meu caminho e do teu? Qual é, Luiza, tem merda na cabeça, caralho? – me levanto com raiva e chuto suas pernas. – A gente não tem nada não, porra, a gente não tem nada nesse caralho!

— N-não me machuca. – ela chora.

— Vai toma no seu cú, caralho. – digo alto. – Por que tu bateu nela, meu?

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Where stories live. Discover now