Igão.
O tempo passou e eu mudei pra caralho, todo o meu morro tá calmo, nada tá fora do lugar, nada tá errado. Deixei minha barba e meu cabelo crescer, meu corpo tá mais riscado e tô mais forte, não só no corpo.
Eu não vou mentir não, mas ainda depois de tanto tempo, eu continuo com a mesma mulher na cabeça. Sonho quase toda a noite com ela. Vejo o seu corpo, seu cabelo, seus olhos, e sinto sua mão em mim. É foda, mas o pior é que não consigo fazer nada sobre isso, eu não consigo substituir ela. Nenhuma mulher é boa o bastante pra ficar comigo como ela era, por mais raiva que eu sinta dela, ela faz falta pra porra.
Tô fodendo com Luiza, antes a minha preferida era a Carol, mas foi embora e agora Luiza tomou o seu lugar. Por falar em Carol, ela voltou pro morro faz quase 3 meses.
Volta da Carol...
Eu estava na porta da boca fumando com Flavinho e Pedro, tava um papo maneiro com os caras, Flavinho já tá melhor da sua perna e Pedro tá com uns b.o com a mulher dele.
— Tá foda pô, é briga todo dia com ela, a mulher arranja qualquer motivo pra brigar, tá ligado? – diz Pedro.
— E por que isso agora? – Flavinho perguntou.
— Quem vai entender?! Nem eu entendo aquela mulher mais, todo dia tá com uma briguinha, todo dia tá enchendo o meu saco, tô me cansando já. Tô por um fio de jogar tudo pro ar e sair da casa dela e seguir minha vida sozinho.
— Pensa bem antes de fazer qualquer coisa, cara. – digo com o cigarro na boca.
— Tô pensando, todo dia eu penso.
— Não do conselho porque não vivo uma vida de casado, mas tu vive com a Vitoria quase dois anos, pensa bem antes de fazer qualquer besteira. – falei.
— Ouve o cara, aí. – Flavinho falou. – Se tu gosta mermo dela, dá um tempo pra ela pensar ou um tempo pra tu mermo. Ficar em uma relação assim é desgastante, mas se tu ama ela, vai saber o que fazer.
— Vou ver o que vou fazer, tô com a cabeça cheia. – ele traga o cigarro e passa a mão na cabeça.
— Pensa agora não, relaxa. – Flavinho toca em seu ombro.
Meu rádio toca e eu pego.
— Fala. – digo.
— Aí, chefe, tem uma mina querendo morar no morro de novo.
— Uma mina? Que mina, cara?
— Ela disse que se chama Carol. – disse o vapor.
Carol? Querendo voltar? É a mesma Carol ou outra?
— Tô indo aí.
Coloco o rádio na cintura e Pedro me olha.
— Carol? – perguntou. – Ela não tava em São Paulo?
— Parece que voltou, né? Vou descer pra ver.
Monto em minha moto e vou pilotando até o pé do morro. Não sabia que Carol ia querer voltar, parece que sentiu falta ou esqueceu algo. Bom, de qualquer forma, a mina tá de voltar e espero que esteja no mesmo pique, porque eu preciso esquecer a Lua de qualquer forma. De longe eu vejo ela encostada no muro. De calça jeans, blusa curtinha e seu cabelo curto preto bem lisinho. Eu fui um favor a ela ao corta o cabelo dela pô, cresceu muito melhor, não sou tão ruim assim.
Paro minha moto e desço caminhando até ela e os vapores que estão de olho em seu decote.
— Se não é a Carol que tá de volta ao meu morro. – digo parando do seu lado e cruzando os braços.
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A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)
RomancePLÁGIO É CRIME! ⚠ ESSA HISTÓRIA CONTEM CENAS DE SEXO, VIOLÊNCIA, DROGAS E LINGUAGEM INAPROPRIADA. SE NÃO GOSTA DE NADA CITADO A CIMA, NÃO LEIAM, MAS NÃO DENUNCIEM! +18| Luna não é nada fácil. Ela é marrenta, abusada, fria, calculista. Igor é um home...