A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)

CAPÍTULO CINQUENTA E SETE

Igão.

A desgraça da Gabriela não entende que não quero papo com ela, mas quando ela disse que tá doente, eu dei uma chance pra ela falar, tomara que esteja morrendo, Deus me perdoe, mas séria uma noticia boa.

Tô sentado na minha cadeira esperando o vapor trazer a vagabunda da Gabriela, meu celular começa a tocar e eu vejo quem é. Minha loirinha.

— Fala, gostosa. – falei atendendo.

— Oi. – ela rir. – Sair cedo demais hoje do trabalho, Rose vai sair e disse que podia fechar.

— Melhor ainda, vem pra cá.

— Acabei de chegar em casa e estou pegando uma roupa e vou.

— Tá bom, vou resolver...

Quando eu estava acabando de falar, Gabriela entra na sala de braços cruzados e o vapor segurando seu braço, ela fica me olhando e eu continuo falando com Luna no celular:

— Vou resolver uma parada e depois eu falo contigo, loirinha, fica na Nicole enquanto isso.

Eu estava olhando sério para Gabriela que continuava em pé com o vapor, apontei mandando o vapor sair e Gabriela ainda ficou em pé.

— Tudo bem, beijos.

— Beijo, minha gostosa.

Desliguei e coloquei o celular na mesa, Gabriela veio se sentar e ficou me olhando.

— Minha gostosa? É sério? Que nojo.

— Vamo logo, fala o que tu quer falar e vaza, te dou 5 minutos. – falei apoiando meu braço no apoio da poltrona.

Gabriela.

Ver ele chamando aquela puta de gostosa me deixou intrigada, será que ele gosta mesmo dela ou é só um passa tempo mesmo?

Ver ele na minha frente dessa forma me deixa excitada, quanto tempo não transo com um homem de verdade como ele? Seu corpo musculoso e tatuado, esse cabelo, essa barba, essa boca... saudades de tudo isso.

Ele estava sentado na minha frente, seu braço apoiado no braço da poltrona e o dedão apoiado no queixo e o indicador passando no lábio inferior, essa é a cena mais excitante depois de anos longe dele.

— Vai ficar aqui calada, porra? Diz logo que tenho coisa pra fazer. – diz ele.

Continua bruto como sempre!

— Igão, eu estou muito doen...

— Resume! – disse me interrompendo.

O que eu vou inventar? Eu falei aquilo do nada, não estava nos meus planos, eu pensei que ele iria aceitar falar comigo, eu iria pra sua casa e pronto.

— Eu estou com câncer. – falei.

Deus me a defenda.

Ele ficou calado por uns segundos e falou logo em seguida:

— E eu com isso?

— Nossa, Igor. – me levantei. – E você com isso? É sério? A gente se ama, tivemos um namoro... quase um casamento. – falei enquanto andava pela sala dele.

Olhei para Igão e ele ainda estava sentado do mesmo jeito, não mostrava nenhum sentimento.

— A gente teve um rolo que tu estrago, e eu agradeço você por ter feito isso. – ele se levanta. – Eu nem deveria ter deixado tu vim, meus planos contigo é outros.