CAPÍTULO SETENTA E NOVE

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Luna.

Estou em minha casa nova faz dois dias, estou arrumando tudo ainda. O quarto da Alice foi o primeiro a ser arrumado por conta dela ser mais importante. Julia está comigo aqui me ajudando com tudo, ela foi ver sua mãe e logo no outro dia veio me ajudar, pra falar a verdade, ela vem me ajudando muito desde que a minha filha nasceu e agradeço todos os dias por ela ser essa amiga incrível que é.

— Essa casa é maravilhosa, mulher, meu marido tem bom gosto. – diz ela.

— Marido?

— Teu pai.

— Ah, tá. Não te digo mais nada, Julia, aquele beijo lá já foi demais, não acha não?

— Claro que não, eu queria fazer coisa melhor, mas como não deu, deixa pra outro dia.

— Para menina, ele é meu pai.

— Quem vai fazer sou eu e não você.

— Para de fazer e abre logo essa caixa.

Logo quando cheguei fui para o meu antigo apartamento pegar minhas coisas que estavam lá e pagar o que precisa. Seu João me contou do ocorrido que houve do Igor ir lá e ameaçar ele com uma arma, pedi tantas desculpas para seu João, mas o senhor disse eu não tenho culpa de nada, mas claro que me sinto culpada por isso, Igor foi atrás de mim e claro que ia ameaçar alguém, bem a cara dele. Conversei com dona Rose também.

Ouço a babá eletrônica.

— Tua filha tá chorando, quer que eu vá? – Julia perguntou.

— Não, tudo bem, eu a vejo. – respondo.

Subo as escadas correndo e vou direto para o seu quarto.

— Calma, meu amor, estou aqui.

Tento acamá-la a pegando no colo balançando levemente. Alice continua chorando, mas logo vai se acalmando aos poucos.

— Calma, meu bem... – digo a ela. – Está com fome?

Alice dá um sorrisinho e já entendo ela. Me sento na poltrona e apoio meus pés no apoio que fica a frente, levanto a blusa e ela começa a mamar.

— Acho que de hoje em diante sua vida vai mudar, Alice. Não sei quando, mas você vai conhecer o seu pai, logo, logo. Não posso falar que ele vai ser um homem bom de primeira, mas posso ter certeza que ele vai te amar, meu amor. Você é um bebê maravilhoso. – falo alisando o seu rosto e ela logo sorrir colocando sua mão em minha boca. Sorrir.

Fico no quarto com ela por uns minutos, depois desço com Alice no colo e a coloco em sua cadeira.

— Preciso arrumar as coisas, fica quietinha. Toma aqui. – entrego o seu urso.

Continuo arrumando as coisas, mas fico de olho nela a cada segundo. Julia toda hora vai nela e dá um beijo em seu rosto ou brinca com ela, Alice só sabe sorrir com ela.

— Julia? – a chamo.

— Oi, loira. – ela aparece na sala.

— Tem como você cuidar da Alice? Preciso ir no morro do Vidigal.

— O que? Vai ir encontrar o traficante da voz gostosa?

— Não, Julia. – reviro os olhos. – Vou ir ver a Nicole.

— Ah, sua amiguinha daqui. – ela se senta no sofá. – Mas e o traficante, você vai se encontrar com ele de qualquer forma.

— Eu espero que não, talvez ele esteja ocupado com a boca ou fodendo alguma puta. – olho para a minha filha. – Nunca repita essas palavras, Alice.

A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora