CAPÍTULO NOVENTA

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Luna.

O Rafael chegou aqui e conversamos sobre muita coisa, ele até me falou que estava se envolvendo com uma menina lá, mas que não me esqueceu. Falei pra ele que a gente foi apenas um momento, ele até ficou de boa, mas falou que não ia desistir. Fiquei nervosa demais quando Igor chegou, morrendo de medo dele fazer algo com Rafael, mas vi que ele se controlou muito e gostei disso.

Parece que todas as vezes que nos encontramos rola briga entre nós, é inevitável. Agora que vamos morar juntos, talvez isso mude um pouco. Estou fazendo isso por ele e por Alice, sei que ele vai se sentir mais próximo dela e ela dele. Meu pai não sabe disso ainda, eu preciso contar pra ele de alguma forma que não o faça ficar nervoso.

Subo o morro logo atrás de Igor e algumas pessoas nos olham, tento desligar minha cabeça pra não dar a voltar e ficar na minha casa mesmo. Paramos na porta da sua casa e ele abre o portão, tiro Alice da cadeirinha e travo o carro, dou a chave pra Igor e entro sentando no sofá. Vejo eles carregando as coisas para dentro e fico observando enquanto fica sentada mais Alice. Depois de uns minutos, já estava tudo lá em cima, Flavinho me deu tchau e saiu. Logo depois vejo Igor carregar as malas para cima, não fala nada comigo, mas me olha as vezes. Ele desce mais uma vez e pega as ferramentas, me levanto e subo a escada, entro no quarto e vejo as malas perto do guarda roupa, o colchão em cima da cama que tem no quarto e o berço desarmado do chão.

— Você quer ajuda? – perguntei.

— Precisa não, fica com ela aí.

— Se precisar eu tô aqui. – me sento na cama.

Ele começa a armar e parece que o tempo passou tão rápido porque ele montou em minutos. Ele colocou o colchão e falou:

— Tu pode dormir na minha cama.

— An? – o olho sem entender.

— Tu pode ficar no meu quarto, eu posso dormir na sala ou aqui nessa cama.

— Ah, não, obrigada. Pode ficar no seu quarto mesmo, eu durmo aqui. É até melhor porque se ela chorar ou algo do tipo, eu tô aqui.

— Tu que sabe, meu quarto tá lá, se mudar de ideia pode me dizer que deixo você ficar lá.

— Não, tudo bem.

— Quer ajuda com as malas? Eu tô aqui pra ajudar se quiser, porque tirei a manhã pra ajudar tu.

— Se quiser ajudar, mas é muita coisa. – rir.

— Tem nada não, tô aqui pra ajudar.

Ajeitei o berço de Alice e a coloquei dentro, eu e Igor começamos a arrumar tudo, ele arrumada as coisas de Alice e eu a minha, dois guarda roupas no quarto, um é embutido, o bom é que aqui é espaçoso. O que eu trouxe para Alice vou usar e o embutido, vou deixar para ela. Parece que ele pensou em tudo, o quarto tá com uma pintura nova, as janelas estão com fechaduras novas, o piso parece novo, o teto forrado e até o banheiro tá arrumado.

Ficamos arrumando e eu o ajudava no que precisava, pra falar a verdade Igor tá sendo um fofo pra cacete. Só de ver com a roupinha dela na mão e me perguntando aonde coloca, da vontade de voar pra cima dele e encher seu corpo de beijo.

— Isso cansa demais. – diz ele respirando fundo.

— Sim. – rir. – Deixa que eu faço o resto, pode ir.

— De boa então, vou ter que ir pra boca agora, mas depois venho pra casa.

— Viu, tudo bem. – falei.

Ele me entrega a roupa que estava em sua mão e eu olho para o guarda roupa, nem foi a metade e ele cansou. Dei risada olhando.

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A GAROTA DE DREADS E O DONO DO MORRO (GDDM 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora