E pelo resto do ano Aurora e Draco estudaram juntos nas horas vagas, treinavam juntos e se preparavam para os testes anuais. Na maioria das vezes iam para perto do lago, se sentavam contra uma arvore, espalhavam livros ao entorno deles e ficavam estudando o dia todo.
Em um destes dias, estavam mais uma vez estudando perto do lago quando uma cobra verde os encontrou. Era magrinha, nem muito grande, e parecia muito curiosa em ver o que eles estavam fazendo ali. O primeiro a perceber a terceira presença foi Draco.
- Aurora, cuidado, tem uma cobra vindo pro seu pé. - Ele avisou.
Aurora deu uma espiada, sorriu para a cobra.
- Oi! - Ela estende a mão para a cobra, que desliza sobre seus dedos no mesmo momento. - Tudo bem. - Disse a Draco. - Cobras gostam de mim.
- Ah é?
- Por conta de Salazar. - Ela trás o animal para seu colo, o deixando deslizar por suas pernas. - Ele era ofidioglota, podia falar com cobras. Nossa família toda pode. Quer ver algo legal?
E enquanto Draco deixava os livros de lado, Aurora olhou para a cobra e começou a falar em outra lingua, era indecifrável para Draco, completamente estranho, mas no momento em que ela começou, a cobra se virou para ela, a ouvindo com atenção. Então, se esticou no ar, na direção de Draco, seu corpinho balançava de um lado para o outro, em uma dancinha boba que fez o garoto dar risada.
- Que incrível! - Draco se anima. - Tem como aprender essa lingua?
- Não, tem que nascer sabendo mesmo. - Aurora ri, mas a cobra sibilou para ela, e ela concordou. - Vou levar ela de volta para o lago, ela é uma cobra d'água, quer voltar a nadar.
- Como sabe disso? - Draco perguntou enquanto ela se levantava.
- Ela me disse!
E aquilo foi tão incrível que ficou na cabeça de Draco por semanas.
Pelo resto do ano Draco e Aurora se esforçaram ao máximo para não se meterem em encrencas e simplesmente estudarem como deveriam fazer. Ouve empecilhos, claro, Draco se envolveu em contar sobre um filhote de Dragão e acabou em detenção, e Aurora foi pega no meio da noite voltando de uma visitinha não autorizada na cozinha.
Tinham ganhado pontos imensos para Sonserina, a ponto de que eram quase venerados pelos corredores, sendo os melhores e responsáveis pela maioria dos pontos. No fim do ano, tinham passado com notas exemplares, e nos entraram no salão decorado de verde e prata.
- Ganhamos a Taça das Casas! - Draco se anima.
- Oitavo ano seguido. - Aurora se orgulha.
A alegria durou pouco, Dumbledore quis dar pontos de ultima hora, que causou que Grifinoria, a ultima Casa do ranking, subisse para primeira e os ultrapassassem.
- Trapaça! O ano já acabou! Isso é trapaça! - Aurora reclamou em voz alta.
Nada adiantou, todas as outras Casas estavam comemorando a vitória de Grifinoria, menos os Sonserinos, é claro, que se permaneciam quietos em seus lugares.
- Não ligue para eles. - Draco murmurou para Aurora. - Eles morrem de inveja que vencemos por sete anos seguidos, vão comemorar qualquer queda nossa que eles puderem.
- Aqueles ratos traiçoeiros. - Aurora bufa, tirando o chapéu pontudo e jogando na mesa. Olhou para Draco, extremamente irritada. - Ano que vem iremos dar um jeito neles.
E com aquela promessa o ano acabou, e quando menos esperavam eles saiam das masmorras e iam para a estação de trem na carruagem. Dentro da carruagem ia Aurora, Draco, e mais duas crianças da Sonserina, um menino chamado Oliver e um garoto chamado Blasio.
Oliver e Blasio eram ate legais, eram todos amigos, não muito próximos, mas amigos. Os Parknson eram uma família influente, o que fazia de Oliver um amigo da família de ambos, ele tinha uma irmã chamada Pansy que também pertencia a Sonserina, e mesmo ela sendo amiga deles, não era tanto quanto o irmão, e os Zabini, famosos por suas riquezas, fazia Blasio ser um aliado poderoso. Draco e Aurora, que de bobos não tinham absolutamente nada, assim que souberam foram atrás de uma amizade, e claro que sendo quem são, e tendo a família que tinham, eles foram muitíssimos bem recebidos.
- Que pretendem fazer nas ferias? - Oliver pergunta.
- Eu irei treinar poções e feitiços o máximo que posso. - Aurora diz. - A tempo para o ano que vem eu serei a melhor dessa escola, nunca mais vou deixar aqueles Grifinorios me passarem.
- E eu vou treinar Quadribol. - Draco diz. - Falarei com meu pai, ele tem alguns contatos por ai. Marquem minhas palavras, da próxima vez que eu pisar nessa escola, as coisas vão ser bem diferentes para a Sonserina.
- Não fiquem enchendo muito a cabeça, todos nós ja sabemos que Potter é o novo preferido de todos os professores. - Blasio lembra. - Se formos vencer da Grifinoria vamos ter que passar por cima dele primeiro.
- Então assim seja. - Aurora resmunga, olhando para fora da janela da carruagem. - Este ano nosso nome foi jogado na lama, foi humilhante. Não podemos deixar isso acontecer de novo.
- Bem, sabemos um professor que podemos contar. - Oliver lembra, fazendo todos olharem para ele. - Vocês sabem, Snape! Ele não suporta o Potter, o único pelo jeito. Se quisermos vencer, precisamos de Snape.
Aurora se anima, um sorrisinho surgiu em seu rosto:
- Ano que vem, nós quatro iremos ser os melhores alunos que Snape poderia sonhar em ter. Iremos ter ele do nosso lado, e com sorte, ele vai nos ajudar a vencer.
Todos concordam animados, o gostinho da vitória ainda não tinha sumido deles. E mesmo quando se separaram cada um para ir para suas casas, acenando animados para os outros, eles mantinham a ideia em suas mentes sobre a vitória que os esperavam no ano que vem. Seria o ano da vitória, nada poderia os tirar disso.
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Na maioria das fics a Pansy é uma pessoa ruim, ate eu já a fiz como vilã. Aqui, nesta historia, faremos diferente, aqui ela é uma amiga.
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Slytherin Heir - Draco Malfoy
FanfictionPela primeira vez em séculos o nome Slytherin foi ouvido mais uma vez. Uma das famílias mais antigas, uma família fundadora, estava de volta ao olho do público, com sua herdeira sendo Aurora, ela estava pronta para trazer honra ao nome mais uma vez...