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Aurora estava em uma sala vazia, a antiga sala de Trelawney, como sempre, a sua frente estava Draco, Oliver e Blasio, os três andando de um lado para o outro, pensando, enquanto ela os olhava, sentada encima da mesa maior.

- Eu estou ferrada, todo mundo vai pensar que fui eu que fiz isso. - Ela reclama. - E eu não fiz!

- A gente sabe que não. - Draco murmura ainda pensando. - Mas isso quer dizer que tem outro herdeiro de Salazar aqui.

- Impossível! Olhem pra esses idiotas da nossa Casa, acha mesmo que algum deles teria o sangue de Salazar? - Ela torceu o nariz.

- Talvez seja um primo distante seu. - Oliver da de ombros.

- A Câmara não abriu sozinha, alguém fez, só temos que descobrir quem. - Blasio diz. - E outra, se for um herdeiro de Salazar vai ser ofidioglota como você.

- Então você poderia sussurrar algo na lingua de cobra, se alguém olhar entendendo... - Draco sorri para ela.

- Todo mundo me ouve falando lingua de cobra, Draco, mas pra vocês parece um chiado. Como que vamos saber que estão entendendo?

- Pergunta algo. - Ele da de ombros. - Uma pergunta rápida, ou chama o nome da pessoa... Isso! Chama o nome da pessoa, se ela responder é por que entendeu.

Aurora concorda, valia a pena tentar.

- Ok pessoal, mas se acharmos o herdeiro...

- Eu sou a herdeira! - Aurora reclama. - Estamos procurando o farsante!

- Ok, se acharmos o herdeiro farsante... - Oliver concorda. - Que faremos?

Eles pensam, mas foi Aurora quem respondeu:

- Metemos uma porrada na cara e obrigamos a mostrar aonde é a Câmara. Se o monstro estiver lá, ele vai ter que me obedecer, não é? Eu sou a verdadeira herdeira.

- E o que você vai fazer com ele? - Draco pergunta.

- Enfio ele dentro do lugar aonde ele esteve por todo esse tempo e mando não sair. - Da de ombros. - Eu não sei! Vou mandar uma carta para meu pai, talvez ele saiba mais do que a gente sobre isso.

- Mandarei um para o meu também, meu pai sempre sabe sobre essas coisas. - Draco garante.

E com a ideia de ir para o jardim escrever as cartas, eles saíram da sala. Aurora se sentia mais uma vez no olho do povo, mas agora era do modo ruim. Todos estavam olhando para ela, a historia já tinha se espalhado e agora todo mundo tinha certeza de que ela era a culpada.

Mas as coisas estavam prestes a ficar mais serias, principalmente quando um garoto do segundo ano da Grifinoria parou na frente dela. Aurora nunca tinha visto ele em sua vida, mas atrás dele vinha um pequeno grupo de alunos.

- Que pensa que esta fazendo hein? - Ele perguntou.

- Sai fora da minha frente, idiota. - Aurora mandou, mas o garoto não se mexeu.

- Você acha que pode matar todos os nascidos trouxas da escola so por que não gosta? - Ele continuou. - Aonde esta o monstro?

- Olhe no espelho e vai encontrar. - Ela levantou uma sobrancelha. - Agora sai da minha frente, ou eu vou passar por cima de você.

- Nós sabemos que foi você, Slytherin... - O garoto estufou o peito. - Sabemos que foi você quem abriu a Câmara.

- Ela mandou você sair da frente. - Draco se enfiou no meio, colocando Aurora para trás de si. - Melhor obedecer.

- É claro que você esta do lado dela. - Bufou. - Vocês são todos assassinos em treinamento. Mas eu não tenho medo de vocês e nem do monstro de vocês! Não tenho vergonha de ser nascido trouxa, e não vou deixar que você ande por ai impune enquanto tenta nos matar!

- Eu não fiz nada! - Aurora exclama, já ficando irritada com aquele idiota.

- Mentirosa! Você é um monstro Slytherin! E você e seu monstrinho vão pagar!
E era o fim das ameaças. No próximo momento, Draco tinha enfiado o punho em um soco bem dado na boca do garoto nascido trouxa.

Ambos caíram no chão enquanto todos que estavam envolta davam gritinhos e exclamações. Oliver e Blasio, no calor do momento, caíram encima dos dois, aproveitando a chance para se juntar a Draco e socar o menino, os amigos dele vieram para cima dos dois, para a briga ficar justa, o que deu algo a fazer para Blasio e Oliver que entraram na briga contra eles. Aurora viu um menino puxando uma varinha, iria jogar um feitiço pelas costas, o que a fez puxar sua própria varinha:

- Petrificus Totalus!

O garoto caiu duro no chão, petrificado, enquanto Aurora se enfiava no meio da briga, tentando tirar os três amigos dali.

- Já chega! Já chega! - Ela exclamava.

- CHEGA!

A voz grave fez todos paralisarem e levantarem os rostos. Ali, parado entre os alunos, os olhos arregalados, estava Severo Snape.

- Saiam de cima desse menino agora mesmo! - Ele exclama, os quatro pulam de pé, vendo o estrago. O garoto estava todo roxo e sangrava, os outros dois amigos estavam machucados mas nem tanto. - Argh! Alguém leve esse menino para a enfermaria. - Os amigos dele chegaram perto, levantando o garoto e o arrastando dali. - Vocês quatro, venham comigo, agora!

Snape saiu rapidamente, a capa voando atrás dele, não antes de despetrificar o outro menino. Os quatro seguiram muito quietos, tinham acabado de perder qualquer aliança que pensavam em ter com Snape.

Snape os liderou direto para as masmorras, entrou em sua sala e deixou os outros passarem, quando a porta se fechou ele começou:

- O que é que estavam pensando? - Exclamou, a voz grave e fria os fez tremer. - Brigar no corredor! Atacar outros alunos! O que foi aquilo?

- Professor eles começaram! - Draco exclamou, um corte na boca fazia cuspir sangue quando falava. - Aquele garoto começou a acusar a Aurora de ser a causadora do ataque e da Câmara, estava indo pra cima dela!

- E você achou melhor brigar? Melhor do que simplesmente ignorar? Eu pensei que meus alunos fossem superiores a isso.

- E nos somos! - Aurora foi para defesa, devia isso a seus amigos. - Professor, aquele garoto estava quase encima de mim, eles só tentaram me defender! Somos melhores sim senhor, mas também não somos sacos de pancada! - Snape estreitou os olhos para ela, a menina abaixou a voz no mesmo momento. - Senhor, com todo o respeito, mas eles só me defenderam.

Snape suspira, os olhando. Draco tinha um lábio cortado, Blasio tinha a sobrancelha meio roxa por uma porrada, e Oliver tinha arranhado a bochecha do lado direito.

- Eu vou acreditar na palavra de vocês. - Snape murmura, fazendo os alunos sorrirem. - Vou acreditar por que confio nos meus alunos. Mas isso não pode ficar assim, Minerva ira nos cobrar isso.

- Pois ela que controle aqueles brutamontes que ela cria como estudantes. - Blasio resmunga. - O garoto ia bater nela, senhor, eu tenho certeza. De uma Casa que se diz honrosa, isso não me parece nada com honra.

- Salve suas palavras para o diretor Dumbledore, senhor Zabini. - Snape pede. - Há regras nessa escola, se os senhores já se esqueceram. Quando há brigas entre os alunos e os responsáveis pela Casa não podem dar um ponto final, essa briga tem que ser resolvida pelo diretor.

- Mas senhor, Dumbledore vive passando pano para as coisas dos Grifinorios. - Oliver reclama.

- E isso deveria ser algo que vocês tem que ter em mente. - Snape reclama ainda mais. - Antes de entrar em brigas com eles sabendo que eles serão favoritados! Agora, já para a enfermaria dar um jeito nessas caras, vou chamar Minerva e levaremos vocês até o diretor.

E no caminho Aurora bufou, pensando que eles estavam muito ferrados. Mesmo assim, parte dela ficou feliz em ver seus amigos a protegendo. Deu uma olhadinha em Draco, ainda com a boca sangrando, e depois para Blasio e Oliver, roxos e arranhados.

Estufou o peito, sentindo-se mais protegida do que nunca.

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Oi pessoal!
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Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora