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Achar Aurora foi fácil. Draco foi rapidinho direto para o Salão Comunal da Sonserina, e não demorou para ver umas duas meninas correndo pra fora do dormitório feminino, coisas pareciam quebrar lá encima.

- É a Aurora? - Ele pergunta pra uma delas.

- Sim! Ela quase acertou uma taça de vidro na gente!

E saíram apressadas dali. Draco subiu para o dormitório feminino, dando graças a Merlin que a Sonserina não mantinha feitiços nas escadas para impedir o sexo oposto a entrar em outros dormitórios. Quando abriu a porta do dormitório feminino, deu uma espiada
Aurora estava andando de um lado para o outro, resmungava insultos enquanto bradava um pequeno pratinho de porcelana decorativo, com uma mulher pintada que girava e girava enquanto era sacodida nas mãos de Aurora.

- Ei...

- Mandei sair!

O pratinho voou, acertando a parede ao lado de Draco. O garoto deu um pulo, se protegendo dos estilhaços que voaram. Aurora bufou:

- Foi mal, achei que era alguma das meninas voltando. Que é que você quer?

- Vim ver como você esta. - Entrou, fechando a porta atrás de si. - Falei com Anna.

- Que bom pra você. - Cruzou os braços, olhando pela janela, para o fundo do Lago Negro. As vezes Aurora sentia vontade de quebrar aquele vidro e alagar aquele lugar todinho. Se fosse fazer, imaginava que iria prender Anna ali dentro antes.

- Ela me disse sobre você ter atacado ela, sabe... - Se aproximou.

Aurora girou nos calcanhares, encarando Draco muito seria, os braços cruzados firmes.

- Ela estava na minha frente. - Levantou uma sobrancelha, como se aquilo fosse um motivo bom o bastante.

- Sei, sei... - Concordou, chegando um pouco mais perto, desviando de mais estilhaços de vidro e porcelana que estavam espalhados pelo quarto, imaginando quantas taças, pratos e o que mais foi quebrado ali. - E por isso você atacou ela?

- Não ataquei ela, que exagero. Ela estava na minha frente, eu mandei ela cair fora, ela tentou me peitar, então enfiei a varinha na garganta dela e disse algumas coisinhas. - Revirou os olhos. - Não é como se eu tivesse marcado ela de morte, manda ela parar de ser emocionada.

E voltou a andar.

Draco a olhou por um momento, imaginando o que tinha deixado Aurora daquele jeito. Se sentou na beirada de uma cama, a observando.

- Quer me contar por que esta nervosa?

- Nervosa? Eu não estou nervosa. Eu estou furiosa, é isso que estou! - Exclamou, parando na frente de Draco. - Qual é o problema com os homens?

O garoto não soube responder. Coçou a nuca, parecendo meio perdido:

- Não sei... Talvez...

- Não, é serio! - Ela cortou, um dedo acusador apareceu. - Eu não entendo, e parece ser algo universal! Hosh acha que ele sabe sobre tudo e todos, acha que por eu ser a garota do nosso trio eu tenho que sempre estar acompanhada com alguns de vocês para fazer sucesso, não acha que sou boa o bastante sozinha. Meu pai acha que por eu ser uma garota, não posso escolher meu próprio futuro, ele planeja cada passo por que acha que eu sozinha não sou o bastante para fazer escolhas certas. E não me diga sobre o seu pai! - Exclamou ao ver a boca de Draco abrir, mas ele fechou rapidamente. - Com o seu pai é diferente! Ele quer que você faça algumas coisas, espera de você coisas grandes e tudo mais, mas o seu pai ainda te ouve sobre o que você quer para você, e sobre suas conquistas, pro meu pai, nada do que eu faço é o bastante! E então, como se não fosse o bastante, Antony acha que só por que eu sou a garota da relação, ele pode querer mandar em mim ou dizer o que eu faço ou não faço! Mas vou dizer algo pra você, não é assim que as coisas deveriam acontecer! Esta me ouvindo?

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora