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E tão rápido assim, o ano finalmente terminou.

Pegaram o trem de volta com suspiros cansados, aquele tinha sido um ano e tanto, tinha sido o ano que mais estudaram e treinaram na vida. Tinham tido ótimos resultados, mesmo que soubessem que ainda não era o bastante. Sinceramente, não estavam surpresos, seus pais tinham anos e anos de magia negra muito avançada, eles não podiam achar que iriam os ultrapassar em um ano e boas intenções.

Sendo assim, as férias começaram mais uma vez, e com elas, o medo voltou.

Assim que desceram do trem e viram seus pais ali os esperando, todos de roupas negras e detalhes esverdeados, muito elegantes e muito parados, juntinhos em um canto. Os cinco amigos deram um longo suspiro, então se juntaram a eles.

Aurora achou estranho ver Narcisa sozinha, sem Lucio ao seu lado. Podia ver como aquilo tinha afetado a mulher, ela tinha olheiras escuras embaixo dos olhos, parecia até mesmo mais magra e pálida, mas deu um largo sorriso ao ver Draco chegando. Draco não era de abraçar os pais, muito menos em publico, mas deu um abraço em sua mãe quando chegou perto, sabendo que ela precisava.

- Oi meu menino. - Narcisa acariciou os cabelos de Draco com cuidado e apreço. - Como você esta?

- Bem. E você?

- Estou bem. - Um sorriso leve.

Aurora se aproximou dos pais calada, e eles se encararam por um momento.

- Ola querida. - Tereza chegou perto de Aurora, e arrumou a mesma mexa de cabelo de sempre. - Você me parece cansada.

- Não dormi direito. - Disse simplesmente.

- Pode descansar quando chegar em casa. - Dante disse. - Vamos, temos muito o que fazer.

- Temos? - Aurora se assustou.

- Vamos ter... - Sr. Zabini procurou as palavras certas. - Uma reunião importante logo, sobre a atual situação.

Ninguém precisava dizer mais nada. Estavam indo se encontrar com Voldemort logo, para discutir sobre o que aconteceu no Ministério, e sobre Lucio em Azkaban.

- Sua tia esta em casa. - Narcisa deu um sorrisinho leve a Draco. - Você não deve se lembrar dela, era tão pequeno quando ela foi... De qualquer modo, vamos, ela esta a nossa espera.

Draco engoliu em seco ao pensar em Bellatrix Lestrange em sua casa, ele não estava animado para aquilo. Sendo assim, eles todos se despediram mais uma vez, Draco deu um selinho casto nos lábios de Aurora, e um abraço apertado. O abraço disse mais do que eles iriam poder dizer ali, era um abraço que dizia que sentiriam saudades, que iriam se ver logo, que tinham que continuar fortes.

Eles sabiam que as coisas iriam ficar mais difíceis agora, a cada momento em que o Lorde crescia, mais difícil seria para eles. Era exatamente por isso que tinham criado bolsos secretos em seus malões, e agora levavam livros da biblioteca pessoal de Salazar, livros de magia negra que eles iriam estudar pelas ferias. Nenhum dia poderia ser perdido de agora em diante.

Eles estavam certos quando diziam que as coisas iriam ficar difíceis, mal tinham chegado em suas casas e já poderiam perceber a diferença. Tudo parecia mais fechado, mais recluso, até mesmo a Mansão Slytherin, que era sempre tão aberta e clara, agora tinha suas grandes cortinas negras fechadas a todo o momento, e tudo parecia ter um senso mais escuro e pesado. Tudo sempre preparado para o caso do Lorde aparecer de supetão.

No jantar daquela noite, Aurora reparou em algo que não tinha reparado antes. Sua mãe estava com um vestido de alcinhas, e seu pai estava com uma camisa de mangas medias. Em seus braços esquerdos agora estava marcada a tatuagem dos Comensais da Morte.

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora