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Quanto mais o tempo passava, mais as palavras de Pansy faziam sentido. Era mesmo o ano dos casais em Hogwarts. Talvez seja pela menção do baile, mas para todo o lado em que se olhava, havia alguém se arranjando com um par, e outras pessoas pareciam muito preocupadas com o mísero pensamento de fazer isso. Aurora dava graças a Merlin para não ter que se preocupar.

Estava com Draco como seu par, tinha mandado uma carta para casa alguns dias atrás falando sobre o baile, e sua mãe a havia mandado de volta uma carta com algumas fotos de vestidos diferentes, para ela escolher um para o dia, e graças as diversas Festas de Contatos, ela sabia exatamente como se portar e como dançar. Não tinha jeito de alguma coisa dar errado.
Faltava dois dias para o primeiro desafio do torneiro, e Aurora estava tão animada quanto todos os outros. Era um mistério sobre o que seria, e ela estava louquinha para descobrir.

Estava andando apressada para uma aula, tinha esquecido um livro no dormitório e teve que voltar, seus amigos já tinham ido na frente. Foi quando viu o fantasma do Barão Sangrento passando, e ela estranhou. Barão Sangrento nunca gosta de ficar andando por ai, principalmente de dia, muito menos quando tem ainda mais alunos por ai.

- Bom dia, senhor Sangrento. - Aurora se aproxima. - Como vai?

- Bom dia, senhorita Slytherin. - Ele a olha, tão firme como sempre. - Vou mortalmente bem, e a senhorita?

- To bem, animada para o torneio, você não? - A esse ponto ela já não ligava mais para a aula, era classe de Historia da Magia, com o fantasma do professor Bins, era chato de mais.

- Não sei se irei participar. - Ele olhou o sol, incomodo.

- Por que não? Vai ser algo bem legal, a primeira edição em anos!

- Eu estive na ultima edição, foi um bom campeonato, mesmo que tenha deixado... Cicatrizes morais, devo assim dizer. É algo perigoso.

- Bem, magia sempre é perigosa se não souber usar. - Se aproximou um pouco mais. - O senhor sente falta? De fazer magia, digo.

Um sorrisinho apareceu no rosto transparente, era um sorrisinho de lado, maldoso e sonhador.

- Ah, sim! Eu era o melhor da Sonserina. - A olhou. - Salazar foi meu professor, sabia? Fui das turmas mais antigas, morri um pouco antes de ele mesmo morrer.

- Oh, eu nunca tinha pensado sobre isso. - Ela se interessa. - Você se lembra bem dele? De Salazar?

- Claro que me lembro, era um grande homem! - Garante. - Era, como deve imaginar, extremamente ambicioso, poderoso, forte, e muitíssimo astuto. Nada passava por ele sem ele saber, ninguém mentia em sua presença, ele tinha um senso de instintos imenso. Mas era mais do que isso senhorita, era um homem muito inteligente em tudo, e se comprometia com tudo o que fazia. Me orgulho muito em dizer que fui um de seus alunos escolhidos.

Os alunos escolhidos. Salazar escolhia alunos da Sonserina, os melhores dos melhores, e eles se juntavam na Câmara Secreta para estudar Artes das Trevas. Os olhos de Aurora brilharam so de pensar o fantasma em sua frente la dentro, com Salazar e os outros.

- Esteve na Câmara Secreta com ele?

- Naquele tempo não chamávamos de Câmara Secreta. - Barão Sangrento disse. - Era um lugar quase sagrado a nós, os escolhidos, um lugar aonde podíamos aprender, errar, tentar de novo, até virarmos as melhores e mais fortes versões de nós mesmos. Era muito importante o respeito pelo lugar, nunca falávamos sobre ele por ai, e nem dávamos a entender que ele pudesse existir. Para os outros, todos os alunos da Sonserina simplesmente praticavam magia negra no Salão Comunal, o que é ridículo, teríamos feito muito dano desnecessário se fosse assim. Salazar não era idiota.

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora