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Ficar sentada não era lá a melhor coisa do mundo, Aurora sentia que agora sem o apoio do travesseiro, sua cabeça estava muito pesada, se sentia mais tonta, mas tinha que ficar assim para poder comer, e segundo Ponfrey, era bom para ela ir voltando ao normal.

- Quanto tempo acha que vai ficar aqui? - Aurora pergunta para Harry.

- Acho que uns dois dias, no máximo. Madame Ponfrey quer me manter em observação, mas sei que não preciso de tudo isso, o ataque deles não foi assim tão feio.

- Como é a sensação? - Ela se interessa. - Você sabe... Como é que é ter um Dementador tão perto?

Harry suspira, pensando em como descrever:

- Tudo fica gelado, e aparece uma sensação estranha. Quando eles realmente te pegam, é como se estivessem sugando todos os seus sentimentos, as coisas boas e os momentos bons. É como se nunca mais fosse possível ser feliz de novo.

A menina fica em silencio, pensando. Nunca queria chegar perto de um Dementador, nunca mesmo, sabia que não iria conseguir fazer o Patrono para se proteger, estaria condenada.

- Sinto muito por eles gostarem tanto de você.

O menino da de ombros:

- É uma merda mesmo, mas ok. Sabe, você não é assim tão ruim como pessoa.

Aurora cai na risada, e mesmo que isso fizesse sua cabeça doer ainda mais, ela ainda riu.

- É por que eu to com dor, se estivesse normal eu poderia ser pior.

- Não, não iria ser. - Ele da risada. - Você não foi ruim quando Gina estava na Camara. Foi péssima quando me acusou, mas eu também estava desconfiando de você então acho que estamos quites.

- Ah, eu agarrei no seu pescoço né? - Aurora se lembra, dando uma risadinha.

- Sim, você apertou bastante pra falar a verdade.

- Foi mal por isso, as vezes eu me empolgo. - Da de ombros.

- Tudo bem, já foi. - Então, ele abaixou a voz pra ninguém mais ouvir alem deles dois. - Se empolga tanto que joga alguém no Lago Negro?

Aurora deu uma espiada, no final do imenso salão que era a enfermaria, em uma das ultimas camas, Antony estava deitado de lado, virado para a parede.

- Acredite em mim, eu faria tudo de novo mesmo sem estra empolgada. - Olhou para Harry. - Por que ele esta aqui?

- Eu estava apagado quando aconteceu também, mas parece que quando o time da Grifinoria chegou, o da Sonserina já estava aqui com você. Malfoy partiu pra cima dele, Hermione e Rony me contaram que foi bem ruim, ele já estava machucado por que Draco bateu contra a vassoura dele no final do jogo, por causa da sua pancada.

- Ah... Foi ele que me atirou o balaço pelas costas, não foi?

- Foi.

- Uhm...

E mesmo se sentindo toda tonta, Aurora jogou as cobertas pro lado e levantou.

- Aurora! - Harry repreende. - Você não pode fazer isso!

- Não enche meu saco, Potter.

Agarrou-se na mesinha ao seu lado, e juntando toda a sua força e sua vontade, levantou seu corpo da cama.

Ideias ruins sempre foram o forte de Aurora, mas até ela sabia que tinha chegado ao topo delas bem ali. Sentiu sua pressão cair, sua cabeça latejava ainda mais, e pode sentir a parte de trás de sua cabeça molhando com o sangue que voltou a descer.

Agarrou sua varinha, perto da porta aonde ficava a sala pessoal de Madame Ponfrey, havia um armário grande com muletas, andadores e tudo mais, com um movimento de varinha Aurora fez o armário se abrir e uma muleta voou para ela, que agarrou-a e se apoiou.

- Aurora...

- Fica na sua. - Ela resmungou para Harry. - Eu resolvo isso.

Começou a andar, estava muito lenta e a cada passo parecia ficar cada vez pior, mas se obrigou a chegar pertinho da cama de Antony. Quando chegou perto, viu as ataduras no lado de seu rosto, e enfiou um tapa bem encima delas.

- Ai!

Ele acorda em um pulo, se sentando rapidamente, sentindo o machucado voltar a sangrar com o tapa que levou. Olhou Aurora ali e arregalou os olhos.

- Não deveria estar de pé...

- E você não deveria estar vivo, moral da historia, nem sempre a gente consegue o que quer. - Ela murmura, então enfia a varinha na cara dele. - Agora você vai calar a boca e me ouvir, é melhor você nunca mais se enfiar no meu caminho, ou no dos meus amigos, por que se fizer, eu vou amaldiçoar você com o pior feitiço que eu puder pensar, e eu vou te deixar tão mal, mas tão mal, que vão ter que te trazer pra enfermaria em um pote de geleia, um trasgo não vai querer chegar perto de você por nojo de como eu vou te deixar. E se tentar alguma coisa contra mim, ou contra o Draco por ter estourado essa sua cara, eu mesma vou me encarregar de te dar sua próxima surra, e acredite, se eu te pego na porrada, eu vou estragar você inteirinho.

Sentiu mãos segurando seus ombros, olhou, Harry estava ali, tentando a tirar dali.

- Ok, vem. - Ele pede.

Aurora bufa para Antony, então segue Harry, mas no meio do caminho, ela lembrou de algo e olhou para trás:

- E talvez você não tenha entendido isso ainda, tendo em mente do grão de arroz que você chama de cérebro, mas isso foi eu terminando com você.

Aurora fez o caminho de volta para a cama pensando se não podia ter dito tudo aquilo dali mesmo, agora pensava sobre suas ações já que sua cabeça doía mais do que antes. Sentou-se de novo em sua cama, cobrindo um pouco do corpo, Harry a ajudou e depois levou a muleta de volta para o armário, voltando para a própria cama.

- Existem outros jeitos de falar tudo isso. - Ele reclama.

- Mas nunca o mesmo impacto. - Deu de ombros.

O barulho da porta chamou a atenção, por ali entrava Rony mais a frente com uma cara nada boa de quem tinha acabado de sair de uma discussão, e logo atrás, alguém que Aurora sabia que tinha sido a razão do mau humor do ruivo, Draco vinha com as mãos nos bolsos e um sorrisinho de quem tinha implicado com alguém.

Enquanto Rony ia direto para perto de Harry, Draco parou no meio do caminho ao ver Aurora acordada, um sorriso maior se alastrou por seu rosto, um dos maiores e mais brilhantes sorrisos que já tinha sido visto em Draco Malfoy.

- Você ainda vai me matar do coração, garota.

Aurora so pode sorrir, nada mais era importante.

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Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora