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Aurora tinha os olhos espertos, escaneando todo o lugar, procurando pelo o que seria sua chave da liberdade.

Para continuar seu treinamento ela precisava andar pela escola sem ser pega e sem ser questionada, para isso, ela precisava de Dolores ao seu lado, mas antes de dizer que tinha, ela precisava provar sua lealdade.

Aurora nunca foi fã de muita gente naquela escola, seu grupo de amigos era fechado, e ela não conversava com quase ninguém além disso, não era chegada as outras Casas, e não dava a mínima para nenhum deles. Mas ela não era uma traidora, e nem uma dedo duro.

Sua moral ainda falava em seu ouvido que era errado, mas não tinha mais opções. Tinha que fazer isso se quisesse treinar e ficar poderosa, e nada podia se manter em seu caminho ao poder. Queria sobreviver, e fracos não sobrevivem.

Draco parecia muito firme ao se lado, se mantinha de rosto fechado e olhos atentos, e nada passava por sua face. Quem olhava pensava que ele não ligava por estar dedurando colegas da escola, mas Aurora o conhecia bem de mais pra cair na cara de marra. Draco ligava, claro que ligava, mas Draco era o único dali que tinha a família com Marcas Negas, ele sabia que seu destino era o mais próximo do que o de todos, ele sabia os horrores da Magia Negra em mãos maldosas, e sabia que nenhum deles estava pronto para enfrentar aquilo. Sendo assim, ele tinha aderido a frase "o fim justifica os meios".

Ele sabia o que tinha que fazer, podia lidar com sua consciência depois, quando estivesse forte e vivo.

- Como vamos pegar alguém? - Pansy pergunta.

- Vamos nós separar e cobrir mais espaço, qualquer coisa que virmos, mesmo se for mínimo, vamos pegar. - Draco diz firme. - O trabalho sujo tem que ser feito, vamos só acabar com isso logo.

Eles concordaram, e logo depois se separaram.

Era jantar, então logo seria toque de recolher, a melhor hora pra achar alunos fora da cama, ou fazendo o que não devem. Seria o momento de caçar.

Aurora tinha o passo leve pelos corredores, tudo era iluminado por tochas de fogo nos cantos, e ela presava muita atenção em tudo ao seu redor. Estava tudo muito silencioso, e cada passo que Aurora dava parecia assustador na quietude.

Suspirou, já fazia vinte minutos que estava andando, e nada. Se continuasse assim não iria conseguir nada.

Foi quando uma idea acertou sua mente. Puxou a varinha e se abaixou:

- Serpentaria.

Várias serpentes apareceram ali, com várias cores e tamanhos, todas se amontoando na frente de Aurora.

- Preciso da ajuda de vocês. - Aurora disse. - Precisamos achar alunos pelos corredores, ou fazendo qualquer bobagem. Podem me ajudar? Tudo o que tem que fazer é se enrolar nas pernas deles e os derrubar, me chamem e eu vou correndo. Certo?

Eles nunca tinham visto Aurora, eram somente cobras feitas por magia nada a mais, mesmo assim aquela era sua mestre falando, todas as cobras concordaram, e logo sairam rapidamente. Aurora voltou a andar, agora mantendo seus ouvidos sempre ligados ao redor.

Sua ideia deu certo rapidamente, e antes mesmo que Aurora pudesse ficar irritada por não estar achando nada, foi quando ouviu:

- Mestre! Mestre eu peguei!

Disparou no mesmo momento, varinha na mão, correndo em direção de onde ouviu o som. A cobra continuava a chama-la, então Aurora logo conseguiu a achar. Parou no corredor, achando sua presa.

Um garoto do terceiro ano da Grifinoria estava no chão, cobras se enrolando em seus pés e pernas, um monte de bolinhos roubados da cozinha ao redor dele.

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora