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Estavam todos juntos no quarto de Aurora, a porta trancada e com feitiço de barreira de som, como sempre. Pansy tinha tomado a cama de Aurora, mas a menina tinha desistido de dormir com a amiga e estava no colchão no chão com Draco ao seu lado, os outros ao seu redor.

- Que faremos? - Pansy pergunta esfregando as mãos, nervosa.

- E temos alguma opção? - Oliver suspira pensativo. - Que é que podemos fazer? Dizer não? Vão nos arrastar de um jeito ou de outro.

- Não temos opção nenhuma. - Blasio diz imerso em pensamentos, ele era o que sempre tinha um planinho, e agora parecia sem nada. - Eles tem se preparado para isso a tempos, aposto que eles tem planos para nós fazer ir até lá mesmo se tentarmos resistir. E nós treinamos duro esse tempo, mas não foi o bastante, não para uma luta, muito menos contra eles.

Eles pensaram, e sabiam que Blasio estava certo.

- E o que fazemos quando chegarmos lá? Somente vamos indo com o que acontece? - Aurora se preocupa.

- Acho que sim. - Draco concordou. - É o que temos a fazer, vamos la, ficamos na nossa o máximo possível, não compramos briga com ninguém, e tentemos não ser muito vistos.

- E rezamos pra o Lorde não vir pro nosso lado ou querer algo da gente. - Oliver concorda.

Era um plano de merda, se é que se pode chamar aquilo de plano, mas era o que tinham no momento.

Sentindo que o dia seguinte seria longo, eles decidiram tentar dormir logo. Aurora levantou, apagou a luz e foi para o colchão com Draco, se deitando com ele.

- Você trocou uma cama quentinha pra dormir com o Draco no colchão no chão? - Pansy pergunta, os olhos estreitos.

- Com toda a certeza, ele não me chuta de noite. - Provocou.

Pansy bufa, ofendida:

- Pois é, ele faz outras coisas pra você de noite né...

Oliver e Blasio caíram na risada, Aurora deixou o queixo cair aberto em um perfeito "O", enquanto ouvia a amiga dar risadinhas e se deitar, já Draco, resolveu revidar por Aurora:

- Ah Pansy, você não deixa nada passar né? Quero dizer, menos quando deixou alguém passar na noite do baile. Como está o Vinícius?

O nome foi dito perfeitamente, e o sarcasmo escorrendo, Pansy, Aurora e Blasio sabiam que ele não estava querendo dizer aquele nome. Oliver, por outro lado, sem saber do ocorrido real, deu risada da irmã.

- Cala a boca, Draco. - Murmurou, o rosto vermelho.

Draco deu uma risadinha, enrolando os braços ao redor do corpo de Aurora e a trazendo pra perto em seu abraço. Ela foi de bom grado, estalando um beijinho em seus lábios quando chegou em seu alcance, o fazendo sorrir.

A noite foi passada calmamente em sonos profundos, mas quando a manhã chegou, os nervos voltaram a se agitarem com a promessa silenciosa do que estava a frente.

Em todos passava o mesmo medo silencioso da Marca Negra, mas Draco estava levemente mais confiante. Ele não achava que Voldemort iria os marcar assim, logo de cara, mas não queria dizer nada por que não tinha nenhum fundamento para provar seu ponto.

Ele pensava em sua mãe, ela nunca ganhou a Marca e era um deles do mesmo jeito que seu pai era. Pessoas pensavam que Narcisa era melhor do que Lúcio simplesmente por não ter a Marca em sua pele, mas Draco entendia a verdade. Não era a Marca Negra que faz um Comensal, e sim seus atos e o que ele prega, neste caso, Narcisa sempre foi um Comensal antes mesmo de se tornar parte do meio deles, ela foi criada com os mesmos ideais, das irmãs Black, a única que não tinha aceitado está vida era Andrômeda.

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora