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Mesmo com todos os acontecimentos do dia, os cinco amigos ainda queriam conversar sobre o que exatamente tinha acontecido. Aproveitando que o quarto já estava a prova de som, eles se sentaram todos juntos e passaram mais uma vez sobre os acontecimentos, acrescentando as partes que eles não tinham entendido, somente Aurora, por sua ofidioglosia. A menina contou cada palavra, e a mesma questão foi feita mais uma vez:

Que é que Voldemort quis dizer com ver em Aurora algo de si mesmo?

Aquilo não parecia ser boa coisa, então os amigos decidiram dizer que ele disse isso por conta de serem parentes por parte de Salazar. Aquela era uma explicação melhor do que qualquer outra coisa, Aurora não queria ter nada haver com Voldemort.

As próximas horas se passaram vagarosas naquele quarto, e querendo ou não, tiveram que voltar para perto da família na hora do jantar. Foi desconfortável e quieto, como de esperado.

Aurora não via a hora de voltar para Hogwarts.

Sua hora demorou, mais chegou, e dando graças a Merlin, Aurora logo se viu embarcando novamente no Expresso Hogwarts, indo de volta para sua escola, e o mais importante, para longe de seus pais.

- Eu quero ir ver o Basilisco assim que chegarmos. - Oliver comenta. - Temos que ver como ele está.

Todos concordam, também estavam curiosos sobre como o Basilisco e as outras cobras tinham ficado em sua ausência pelas férias.

Quando chegaram na escola, foram logo para a mesa da Sonserina, se sentando com os outros.

- Vejam só, Potter não foi expulso. - Blasio comenta.

Eles olham, Potter estava ali, na mesa da Grifinoria com seus amigos.

- Por que ele seria expulso? - Aurora perguntou.

- Você não viu no jornal? - Pansy a olhou.

- Não. Jornal vem de manhã e eu não tenho tomado café com meus pais, pra evitar, então não tenho acompanhado nada. Que ouve?

- Dementadores. - Draco disse. - Encontraram Potter e um trouxa parente dele no meio de uma rua trouxa, aonde Potter vive. Ao que parece, os Dementadores atacaram e Potter usou um feitiço do Patrono pra se defender e foi dito expulso por ter feito feitiço na frente de trouxas.

- Teve uma audição no Ministério e tudo mais sobre isso. - Oliver concorda. - Dumbledore foi como um tipo de testemunha pro Potter, uma velha bruxa do lugar foi como testemunha ocular, deu todo uma bagunça.

- Agora Potter está em todos os jornais da manhã. - Blasio completa. - O Ministro não gostou que ele esteja falando sobre a volta do Lorde por aí, estão colocando ele como louco pra ninguém acreditar nele, nem em Dumbledore.

- Fim das contas, o Ministro está fazendo o trabalho dos Comensais mesmo sem saber. - Pansy abaixa a voz. - Desse jeito, Potter vai ser desacreditado por todo o povo bruxo, e sem ninguém ao lado dele, o Lorde vai poder o pegar mais fácil. Fudge nem é um Comensal e está fazendo um ótimo trabalho para o Lorde.

Aurora concordou levemente, pensando sobre o caso. Olhou ao redor da mesa da Grifinoria. Antes Potter era o todo poderoso, agora, parecia ser até mesmo evitado.

O Lorde mal tinha voltado e seus planos já estavam sendo concretizados de um jeito ou de outro, Aurora podia entender o por que de todos terem sofrido tanto anos atrás em sua primeira vinda. A discórdia era o primeiro sinal de sua chegada.

E para completar, um novo rosto estava entre os professores. Lá na bancada, uma mulher pequena de roupas rosas estava com um sorrisinho persistente. Todos tinham a visto ali, mas foi somente depois da cerimônia das Casas, quando Dumbledore foi fazer o discurso de entrada, que ela foi realmente notada:

- E este ano, temos uma presença ilustre de nossa nova professora de Defesa Contra a Arte das Trevas, palmas para a senhora, Dolores Umbridge!

Palminhas foram ouvidas, meio sem entusiasmo. Dumbledore quis continuar, mas algo nunca antes visto aconteceu. Alguém tinha o interrompido.

- Rem Rem.

A tosse falsa e aguda foi ouvida, e então, todos olharam para onde vinha. A pequena Dolores Umbridge tinha se levantado, e agora, andava para frente, como se tivesse os direitos de fazer aquilo. E contrariando tudo o que já existiu, ela mesma continuou o discurso.

O discurso de Umbridge foi longo, imenso mesmo, e muito maçante. Alunos davam cochilos, abafavam risadas, conversavam baixinho entre eles, Aurora porem, estava estática ouvindo cada palavra daquela mulher, entendendo as intenções por trás de cada palavra.

- Isso é ridículo, eu só quero comer. - Blasio bufa.

- Você não está entendendo? Isso é importante. - Aurora diz.

- O que é importante? Ela tá falando um bando de merda. - Oliver resmungou.

- Exato. Ela cortou o diretor, tomou conta do discurso, e ainda por cima está enchendo o saco, mas olhe... É importante. Ouçam.

Eles começaram a ouvir, e pelo resto do discurso eles prestaram atenção, e todos eles entenderam o que Aurora queria dizer.

- Ela é do Ministério. - Draco diz. - Nas poucas vezes que fui visitar meu pai no trabalho, eu a vi lá uma vez ou outra.

- Ela está aqui como espiã, não como professora! - Pansy acusa. - É sobre o lance de Dumbledore e Harry, de falarem de mais. Fudge não quer ninguém que fale sobre o que ouve.

- Tentou afastar o Potter da escola e agora vai tentar calar Dumbledore. - Aurora concorda. - Vão tirar o poder dele sobre a escola, assim ele não pode nos contar sobre o que realmente está acontecendo.

- Parece que a escola está sobre nova direção. O Ministério. - Draco concordou.

Pouco tempo depois, o jantar foi liberado, as pessoas comeram e logo saíram dali para dormir. Todos menos os cinco amigos da Sonserina, que ao invés que irem dormir, foram sorrateiros para o final das masmorras, aonde entraram mais uma vez na Câmara Secreta.

O lugar estava do jeitinho que eles deixaram, com a adição de algumas peles de cobra que estavam pelo chão, das trocas que ouveram pelo mês de férias. Entre as peles, havia uma bem maior.

A pele de cobra era grande, quase do tamanho de uma pessoa adulta bem alta, e para uma cobra isso quer dizer bem grande mesmo.

Subiram para dentro da estátua, aonde viram algumas cobras rastejando pelo lugar. Aurora decidiu chamar primeiro:

- Salazar? Somos nós, nós voltamos.

As cobras se agitaram, todos ouviram o movimento mais forte do Basilisco.

- Mestre! A senhora voltou! Pode entrar, eu estou com a mascara.

Aurora entrou, se surpreendendo por confiar que o animal realmente estaria com a máscara, e estava. Mesmo assim, assim que entraram, todos os cinco travaram no lugar, não por serem atacados e nem nada, mas pelo o que viam. O Basilisco tinha crescido nas férias, ele tinha crescido muito mesmo.

Agora estava grande, quase dois metros. Os chifres estavam curvados para trás, pontudos, e ele logo sentiu a presença dos humanos, levantou a parte da frente do corpo, sua língua bifurcada lambia o ar, sentindo os cheiros, eles podiam ver as imensas presas venenosas.

Aurora lembrou de Voldemort e seu pai falando sobre os Basiliscos estarem extintos, e ela poderia ser a próxima.

Sorriu ambiciosa, estava mais viva do que nunca.

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Oi pessoal! Lembrem de curtir e comentar bastante!

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora