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Barão Sangrento agradeceu imensamente por Aurora ter o levado de volta lá, e não fez perguntas sobre o que a menina tinha visto ali dentro. Ele realmente respeitava muito a privacidade que Salazar tinha imposto a anos e anos atrás.

Mas assim que saíram dali, Aurora se despediu dele, e sorrindo, saiu correndo atrás de seus amigos. Percebeu que estava quase anoitecendo, tinha passado o dia mexendo nas coisas de Salazar, e pelo tempo, Aurora sabia aonde encontrar seus amigos.

Mal chegou ao Salão Comunal e já os viu sentados perto do fogo, todos juntos, como sempre. Quando eles a viram, deram um suspiro aliviado.

- Olha quem resolveu aparecer! - Pansy brinca.

- Aurora! - Draco pula de pé, segurando a menina pelos ombros. A olhou de cima a baixo, vendo que ela estava coberta em pó e algumas teias de aranha. - O que ouve com você? Sumiu o dia todo, procuramos você por todo o canto.

- Eu descobri a coisa mais legal do mundo! - Aurora se anima, nem ligando pro rosto preocupado a sua frente. - Vocês tem que ver!

- Aonde você estava? - Blasio pergunta.

- E por que você tá tão suja? - Oliver completa.

Aurora nem responde. Tirou a mochila dos ombros, enfiou a mão ali dentro, pegando o caderno de capa negra e mostrando a eles.

- Apresento a vocês, o diário de Salazar Slytherin. Dêem uma olhada!

Oliver é o primeiro que pega rapidamente, interessado. Os outros se juntam atrás dele, espiando também. O garoto abre na primeira página.

- "A construção da escola foi um sucesso absoluto. Deveras, ambos nos quatro aplicamos trabalho duro, magia incansável, e meses a fim em somente um projeto, que agora está terminado. Ainda não temos um nome para a escola, pensamos em juntar nossas linhagens para cria-lo, mas eles temem que isso seja um erro ao deixar as coisas pessoais em nossas famílias. Acho que, pessoalmente, a escola deveria ter nossos nomes, como honra por termos a criado.

Os fundadores continuam em suas tolas ideias de admissão a nascidos trouxas, temo que esse seja o ponto fraco de nosso castelo. A caça as bruxas tem sido cada vez mais forte, somente nesta semana mais de vinte pessoas foram queimadas, sendo indicadas por praticarem magia, três deles eram trouxas praticantes de medicina atravéz de ervas.

Temo que mesmo com todos os nossos feitiços de proteção, e nossa magia, ainda possamos ser vulneráveis a perda de estudantes pelas ferias se alguém descobrir nossa essência. Os outros, como sempre, não me dão ouvidos, mas não estou disposto a por meus alunos em perigo por erros nossos..."

- Isso daqui é um tesouro! - Draco ofega, impressionado. - Aonde você achou isso?

- Vocês vão amar o lugar! Venham comigo, eu tenho que mostrar.

E esquecendo do jantar, ela saiu arrastando seus amigos para fora dali.

Quando chegaram de volta a Câmara Secreta, todos já estavam perguntando o que tinha ali de novo, e Pansy odiou o fato de que o basilisco ainda estava ali se decompondo, mas os outros não ligaram muito, Aurora menos ainda, estava animada de mais. Fez a escada diretamente para a boca de Salazar, e subiu correndo já fazendo feitiços para as tochas se reascenderem, dando luz ao lugar. Quando seus amigos chegaram, os queixos caíram.

- Aonde é que nós estamos? - Blasio murmurou, embasbacado com cada detalhe do lugar.

- Barão Sangrento me contou que era um aluno de Salazar, e Salazar vinha aqui muitas vezes, as vezes para pegar coisas para as aulas e tudo mais. Olhem. - Ela aponta. - Foi aqui que o basilisco ficou.

Eles espiaram a sala imensa e vazia, escura e meio macabra, preferiram nem entrar, as peles mortas de cobra estavam pelo chão. Aurora os arrastou para um tur pelo lugar, mostrando o que tinha achado animadamente, e seus amigos, mais animados ainda por poderem ver tudo aquilo, fuçavam cada cantinho do lugar a procura de qualquer coisa.

- Com isso daqui, vamos ser os melhores alunos que Hogwarts já teve. - Blasio diz, andando pela biblioteca, olhando os títulos. - Os feitiços que tem aqui... Não me surpreende Salazar ter sido tão forte.

- Esperem ate ver o escritório dele. - Aurora diz. - O lugar é uma mina de ouro, professor Bins teria um ataque cardíaco e morreria de novo.

- Vai contar para alguém sobre o lugar? - Draco pergunta, folheando um livro de azarações, assoprando poeira.

- Não. Este era um lugar sagrado para Salazar, não quero que ninguém manche essa memoria vindo aqui sem permissão. Salazar não iria gostar.

- Não mesmo, se eu tivesse um lugar assim, eu também não ia querer o resto do povo enchendo o meu saco. - Oliver concorda.

Todos eles concordaram, aquele lugar era bom de mais para ser compartilhado com o resto da escola. Voltaram a andar, passaram pelo banheiro e pelo quarto, e Pansy se encantou com as roupas de época e os pequenos detalhes que faziam o lugar realmente parecer de um Sonserino, o criador.

- São cobras pra todo o canto. - Ela comenta, sorrindo. - Pequenas estatuas de cobras, quadros de cobras, pantanais, e tem o verde e os detalhes... Tudo é tão pessoal, é incrível.

- É como entrar em uma máquina do tempo. - Blasio sorri. - É quase com um santuário.

Quando chegaram no escritório de Salazar, todos eles se enfiaram a ver os papéis e livros encima das mesas. Aurora e Draco andavam de um lado para o outro, lendo, Pansy tinha conseguido achar um lugarzinho para sentar no cantinho da mesa, empurrando uns papéis pro lado, Blasio estava encostado em uma parede, e Oliver, ignorando a poeira, se jogou encima da poltrona.

- É incrível. - Draco sorri. - Completamente incrível. Ele passou tanto tempo criando tudo isso, ele fez feitiços, azarações, experimentos... Ele fez rotas de fuga! Uau!

- Ninguém nunca pode falar que Salazar não era um homem responsável. - Aurora se orgulhou em dizer. - Vejam isso, ele deve ter passado décadas e mais décadas trabalhando em tudo isso.

- E quando nos vemos nas palavras dele é tão mais fácil de entender. - Oliver diz, impressionado. - É claro que ele não queria nenhum nascido trouxa aqui, a caça as bruxas estava no auge!

- Que é isso aqui?

Blasio, que estava de pé, somente encostado na parede, percebeu algo diferente. Havia uma gaveta de metal na parede, bem no canto, fechada e trancada, um cofre.

Todos pularam de pé, correndo pra ver mais perto. De fato, era um cofre, mas não havia lugar para colocar números, e nem mesmo chaves.

- Que acham que tem aí dentro? - Aurora se anima.

- Jóias. - Pansy garante. - Você falou que seu pai não achou tanta coisa de Salazar, aposto que é por que ele enfiou as jóias todas dele aí dentro.

- Talvez uma chave pro Gringotes, ou até ouro. - Oliver comenta.

- Talvez ele tenha guardado instruções pra onde ele deixou os tesouros dele. - Draco completa.

- Como vamos abrir? - Blasio pergunta.
Aí nasceu o problema. Como é que iam abrir?

Todos saíram correndo pelo lugar, procurando alguma pista sobre aquilo, mexendo nos livros de feitiços procurando algum que ajudasse, lendo rapidamente os cadernos de Salazar tentando achar a resposta.

No fim, o cofre continuou fechado.

🐉

Oi pessoal!
Lembrem de curtir e comentar se estão gostando.

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora