Prima Distante

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Dinah estava concentrada quando cortou as bananas, colocou as no liquidificador e abriu um pote de mel, franziu o cenho. Iria ficar horrível!

Micael passou pela porta, era noite quando tinha saído da empresa, passado na biblioteca e mandando mensagens para Sophia, dizendo que iria demorar.

— Eu gostaria de um... Banana tô dentro. — Sorriu falso, estava com medo de falar com ela.

— Pra você é melhor o banana tô fora. — Bateu o copo descartável no balcão.

— Vamos conversar.

— Conversar? — Riu incrédula. — Você tá transando com ela, enquanto eu me... Humilho pra você.

— Dinah, pera aí. — Pausou. — Eu não tenho nada a ver com ela, Sophia é minha prima. Uma prima distante.

— E tava só de shorts na sua cama? Bom saber. — Estava com raiva. — Eu sei que tipo de cara você é, só que não vai conseguir me enganar.

— Eu não tenho nada a ver com você, e Sophia é minha prima. — Mentiu. — Você gosta de mim, é isso?

— Eu gosto.

— Ótimo. — Respirou fundo. — Porque eu também tô curtindo você.

Os dois ficaram em silêncio. Dinah saiu de trás do balcão.

— Eu gosto da sua companhia. — Abraçou Micael. — E do seu cheiro.

— Meu cheiro é irrecusável, por qualquer gatinha. — Selou os lábios com o de Dinah, ela sorriu.

Os dois riam, cúmplices.

— Então? — Encarou Micael. — Sophia é sua prima?

— Uma prima distante, mas sério que você quer falar da Sophia? — Torceu o nariz. — Eu prefiro falar da gente.

— Da gente? — Dinah sorria. — Então vamos falar da gente.

— Amanhã vou te levar pra jantar, fique bem linda, mais linda do que você já é. — Ela gargalhou. — Não tô achando a graça por aqui.

— Você é muito bobo. Mas eu irei sim, é surpresa?

— É. — Sorriu. — Te busco às 19h.

— Ok. — Se beijaram, novamente. — Você vai pra casa?

— Eu vou, não posso deixar Sophia sozinha por muito tempo. — Desviou a conversa. — Ela pode fazer um ataque nuclear no meu apartamento. — Dinah gargalhou. — Vai ficar bem aqui?

— Vou, pode ir tranquilo. — Sorriu. — Até amanhã!

— Até, gatinha! — Selaram os lábios e Micael saiu, feliz.

Tinha dado uma chance para o seu amor, quer dizer, tinha dado uma chance para Dinah. E queria que desse certo.

Só que não conseguia tirar o bumbum de Sophia da cabeça, era terrível!

Passou por Ken quando chegou ao condomínio, tinha quatro livros nas mãos, subiu até seu apartamento.

— Sophia? — Observou o local. A loira assistia TV.

— Oi, você demorou!

— Eu mandei mensagem pra você, dizendo que iria demorar. — Deixou os livros na mesa.

— Ah, eu vi mas esqueci. — Os cabelos estavam úmidos, Micael não ligou. — Você trouxe livros?

— Sim, você vai ler todos! É uma ordem. — Deu meio riso. — O que jantou?

— Aquela diarreia que você pediu pra jantar, que coisa horrível. — Ele riu mais ainda. — Aí, a gente podia comer pizza.

— Só nos finais de semana. — Voltou à sala. — Sophia, que cheiro é esse? — Abriu as narinas.

— Eu tô colorindo a minha raiz. — Micael arregalou os olhos, quase voou em cima de Sophia.

Levou a loira até o chuveiro, abrindo e jogando a mesma lá dentro.

— VOCÊ FICOU MALUCA? — Gritou. — ISSO É QUÍMICA!

—DESCULPA, EU ERREI. DESCULPA! — Estava engolindo água.

Micael não tinha o que discutir, ela era doida!

Uma Mãe Para o Meu Bebê Where stories live. Discover now