Senhorita Chamberling

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— Micael? — Chay o parou. — Com tempo?

— Sempre. — Sorriu. — Que foi? Tá com dúvida em qual site pornô assistir enquanto trabalhamos de verdade? — Brincou com o amigo.

— É sério! — Pausou. — Dinah e Sophia brigaram?

— Sim, brigaram. As notícias correm! — Arregalou os olhos rapidamente. — BOTTIN SABE?

— Ainda não, mas se souber, vai ficar uma fera. — Cruzou os braços. — Por que Sophia bateu em Dinah?

— Sei lá... Deve ter sido raiva acumulada. — Deu de ombros. — Nem eu estou entendendo a Sophia, muito chata!

— É a gravidez. — Deu um riso. — Falando nisso, como tá o bebê?

— Bem, muito bem! Eu ainda não contei a surpresa que quero fazer, Sophia vai adorar.

— Surpresa? — Chay franziu o cenho.

— É! Eu não quero descobrir o sexo do bebê, quero descobrir na hora do parto.

— Cara, ficou maluco? Você tá montando um quarto no seu apartamento, Sophia precisa saber!

— E qual o problema?

— E se nascer um moleque e o quarto estiver pintado de rosa?

— Ele não vai poder dormir? — Não via problema. — Abra sua mente!

— Abra você a sua mente. — Apontou à Micael. — Depois o garoto sobre bullying e ainda somos os errados.

— Chay, esse é um dos mínimos problemas que preciso resolver. — Pegou alguns papéis. — E a Dinah?

— O que tem ela?

— Tudo certo com o bebê? — Lia as letras miúdas.

— Ah, estamos seguindo. Só a Sophia que entrou no caminho dela, está bem brava!

— Me desculpe pela Sophia. Ela não está em estado normal.

Ficaram em silêncio.

— Aí. — Deu um tapa no ombro de Micael, que se assustou. — Vai ficar muito estranho se eu te perguntar uma coisa?

— Depende da coisa. — Largou o papel.

— As grávidas gostam de fazer sexo, não é? — Fez uma careta sexy. — Eu devo confessar que tá difícil de segurar a Dinah.

— Olha Chay... — Remexeu os lábios. — Eu até poderia responder a sua pergunta, se ela não fosse tão idiota e estúpida. — Sorriu falso.

— Por que estúpida?

— Comemos a mesma mulher!

— Pode crer. — Coçou a nuca. — Eu vou... Trabalhar, tá certo? Nos vemos mais tarde. Vou precisar de uma carona!

Chay saiu das vistas de Micael, que quase agradeceu de joelhos.


— Garota, eu não vou com a sua cara. — Antônia bebeu um pouco de seu vinho.

— Por que não? Eu não fiz nada pra... Senhora!

— Senhora é a sua avó. — Pausou. — Você tem uma cara de quem chupa pau por setenta dólares.

— Assim você me ofende.

— É pra te ofender mesmo. — Passou o polegar na taça.

— Você pode contar um pouco da sua vida pra mim, o que acha? — Sorriu, querendo ser simpática.

— A minha vida ou a vida do Micael?

— A sua gravidez. — Pausou. — Pode me tranquilizar.

— Micael demorou cinco horas pra nascer, a cabeça dele ficou entalada. — Fez uma careta. — Quando nasceu, só me deu trabalho. Eu tive que pagar um ano de ginecologista pra uma garotinha da escola.

— Por que?

— Porque o Micael fez o imenso prazer de machucar a garota, é um filho da puta! Nem transar sem machucar consegue. — Bufou. — E pra quem sobrou? Pra mim!

— Ele sempre foi assim?

— Só na época da escola, na faculdade ele sossegou, um pouco. Eu pensei que seria avó antes do previsto, mas aí veio a Lidiane.

— Lidiane é casada?

— Eu nem sei o status dessa coisa. — Balançou a cabeça. — Só quero que meus filhos aprendam, principalmente o Micael.

— Por que xinga tanto ele? Foi culpado por alguma coisa?

— Garota, você não sabe da metade das coisas que Micael faz! E quando souber, vai saber que não é nenhum santo.

— Até entendo. — Ficou quieta. — São adolescentes.

— Eram adolescentes. — A campainha havia tocado. — LIDIANE! — Deu um berro. — Atenda pra mamãe, estou bebendo vinho e com dor na bunda.

Lidiane correu até a porta, abriu rapidamente.

— Mãe? É a senhorita Chamberling. — A mulher entrou, deveria ser um pouco mais nova que Antônia.

— OH MEU DEUS! Você tá viva, mulher! — Abraçou a amiga. — Quanto tempo, onde estava?

— Procurando homens e me divertindo. — Gargalhou. — Não me contou que teve outra filha. — Encarou Sophia que estava quieta.

— Ah, essa é a agregada do Micael. Está grávida!

— Micael vai ser pai? Oh, meu Deus. — Ela sorriu. — Olá, sortuda.

— Oi. — Sophia sorriu.

— Venha comigo, vamos tomar cerveja e fumar maconha. — Antônia chamou a amiga que seguiu.

E Sophia, estava perdida naquela multidão de doidos.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang