Se Esconda

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— Algum problema com a ligação? — Micael tinha os braços cruzados, já sabia quem era.

Só estava montando seu jogo.

— Era só a minha mãe, chata como sempre. — Sorriu falso. — Vou ir trabalhar, daqui a pouco o nosso turno acaba e... Não fiz nada!

Foi até seu computador, se perdendo em alguma coisa por lá.

Duas horas depois.

— Karl, você precisa ir! — Sophia amarrou o roupão, observava Karl vestir sua roupa.

— Eu sei que preciso ir. — Revirou os olhos. — O seu mauricinho tá chegando!

— E se ele te pegar aqui, acabou plano, acabou dinheiro, acabou tudo.

— Aí volta a morar comigo?

— Cala a boca, Karl! — Deu de ombros. — Agora vá, desça pela saída de emergência. — Empurrou o ex-namorado pela porta, que saiu, sem ao menos dar tchau.

Tomou um banho, Micael iria chegar em minutos, se não passasse em algum lugar.

Sophia terminou seu banho e foi até a cozinha, caçou alguns bolinhos que Micael guardava quando queria comer, retirou quatro, colocando tudo na boca enquanto comia em frente ao espelho. Derrotou ao todo quatro bolinhos, quase se entalando com a massa.

Não satisfeita fez brigadeiro, comendo dois pratos do doce, mudou para o modo salgado, abrindo três pacotes de salgadinho. Estava se entupindo! Precisava engordar, precisava usar aquela barriga falsa.

Precisava que sua idéia desse certo!

Comeu tanta coisa que estava cheia, e sobrou pro banheiro.

Micael guardou o carro na garagem, cumprimentou Ken quando entrou no elevador. Estava cansado, começava uma dor de cabeça terrível, queria chegar em casa logo.

Agradeceu por estar em frente à sua porta, destrancou, entrando por ela.

— Soph? — A procurou. — Cheguei, amor!

Encarou Sophia no sofá, passava mal.

— Oi, amor. — Tinha as mãos na barriga.

— O que houve? Você tá com dor? Quer ajuda?

— Eu comi demais, agora não consigo pensar em nada. — Reclamou. — Minha barriga tá doendo.

— O que você comeu? — Sentou ao seu lado.

— O que eu como sempre? — Franziu o cenho.

— Isso foi uma pergunta ou uma resposta?

— Foi uma resposta. — Respirou fundo. — Não posso pensar em comida, se eu pensar em comida eu vou.... Acabar... Você sabe como.

— Amor, você não pode exagerar desse jeito. Sabe disso, não sabe?

— Eu sei, é que... — Pensou rápido. — Eu tava com vontade de comer aí eu comi, eu tô grávida, você sabe disso.

— Eu sei. — Beijou suas mãos. — Já que você tá passando mal, não vai querer sentir cheiro de nada. Correto? — Sophia assentiu. — Eu vou buscar algo.

— Não demora, tá?

— Pode deixar, vou passar na farmácia depois e comprar alguma coisa pra você. Só fique bem!

— Ok, eu te amo.

— Também. — Beijou Sophia nos lábios e saiu.

Não iria arrumar algum lugar pra comer, iria caçar confusão, ou melhor, verificar como estaria a confusão.

Estacionou em frente ao estabelecimento de Dinah, avistou o carro de Chay e as cortinas abaixadas. Ele estava lá! Se encontrando com ela. Micael saiu do carro indo até lá.

— Estamos fechados! — Dinah apareceu, mudou sua figura quando Micael sorriu. — Amor? Que surpresa boa, não esperava você... Aqui.

— Nem eu. — Escorou no balcão. — Cortinas abaixadas? De quem é esse carro na frente? — Leu o cardápio.

— Deve ser de alguém, que gosta de estacionar na frente do estabelecimento. Você sabe que não paga estacionamento, né? — Riu, sem graça.

— Sei sim, eu estacionava muito! — Pausou. — O que tava fazendo?

— Separando ingredientes. — Estava muito sem graça. — Eu preciso ir lá pra dentro, verificar mais coisas. Só um minuto...

— Eu posso ir com você? Não to querendo ficar sozinho, to sentindo saudade de você. — Estava jogando sujo com Dinah.

— Você quer ir? Não quer olhar a loja pra mim? Sabe... — Coçou a nuca, não estava conseguindo achar mentiras.

— Dinah, quem tá aí? — Chay apareceu, arrumando sua calça. Arregalou os olhos quando viu o amigo.

Fudeu!

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