Reforços! Repito, Reforços!

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— Eu vou encher a sua cara de porrada! — Micael sentou-se em cima de Karl, o enchendo de socos. Chay conseguiu chegar até lá e tentar separar o amigo.

Em duas tentativas conseguiu fazer isso. A primeira não tinha conseguido.

— MICAEL, CARA, CALMA! — Segurou o amigo.

— ESSE BABACA. — Cuspiu as palavras. — ELE FICA INDO NO MEU APARTAMENTO, MEXENDO COM A SOPHIA.

— VOCÊ É O VACILÃO IDIOTA. TÁ ACHANDO QUE ESTÁ MEXENDO COM QUEM? — Partiu pra cima de Micael, que com um empurro, o derrubou.

— FICA LONGE DA SOPHIA. — Meteu o dedo em sua cara. — Tá me ouvindo?

— Ainda não tô surdo! — Debochou à Micael.

Escutaram o barulho da sirene, um policial parou com sua viatura, desceu do carro vendo o alvoroço na calçada.

— Tudo certo por aqui? — Encarou os três.

— Esse babaca bateu em mim, eu tava andando de boa e ele bateu em mim. — Karl disse.

— Por que bateu nesse rapaz? — Encarou Micael.

— Porque ele fica dando em cima da minha namorada.

— Seu polícia, é o seguinte. — Chay interviu. — Os dois são babacas, não vale a pena o senhor estar aqui brigando com dois barbudos ao invés de resolver crimes na cidade.

— Os dois, agora, pra dentro do carro. — O policial pegou seu walk-talk. Apertou o botão. — Estou com dois suspeitos perto de um café, repito, dois suspeitos perto de um café. Estou levando pra delegacia. Motivo: Briga. — Deixou o pequeno rádio de lado.

Micael respirou fundo, entrou dentro do carro junto com Karl, tinha algemas nas mãos agora, era ridículo.

Foi apenas uma briga!

— Eu posso acompanhar? — Chay estava junto com eles, na delegacia. O policial respirou fundo.

— Fique aí, já tem confusão demais. — Levou Karl e Micael para dentro.

Os dois se fuzilaram com o olhar.

— Qual o motivo da visita? — O delegado os olhou.

— Briga de rua. Parece que esse homem aqui pulou em cima desse, eu ainda não entendi o motivo e nem quero saber. — O policial gesticulou.

— Não estão grandes demais pra uma briga de rua?

— Estamos sim. — Micael pausou. — Mas ele está me atormentando, pode pegar a ficha dele e verá as coisas erradas que fez.

— Eu sou só um homem honesto, não faço nada demais. — Karl se defendeu. — Eu era namorado da namorada dele, agora não sou mais. Ele que foi louco e pulou em cima de mim.

— E essa jaqueta? — O delegado andou até Karl. — Você precisa tirar a etiqueta quando for sair. — Puxou a etiqueta da jaqueta.

— Eu sempre esqueço, senhor policial! — Karl disse. — Como disse, sou muito honesto e trabalhador. Só estava saindo do trabalho e esqueci de tirar a etiqueta, quando esse monstro me atacou.

— Agora eu sou um monstro? — Micael virou-se a ele. — Eu acabei de sair do trabalho, cansado, acabei de descobrir que minha ex-namorada vai ter um filho com o meu amigo, que tá lá fora. Você acha que eu estou como?

O delegado e o policial franziram seus cenhos. Parecia um programa de TV!

— Onde você trabalha? — O delegado quis saber.

— Com Bottin, você deve conhecer. Já vi seu rosto na empresa. — O delegado assentiu.

— Tire as algemas dele, está liberado! — Micael assentiu em agradecimento, foi solto pelo o policial que o trouxe. — E você. — Olhou Karl. — Irei te soltar também, não quero mais confusão na rua. Estou certo? — Karl assentiu.

— Roubo na Street perto do Starbucks. Um homem alto, furtando uma jaqueta. Repito! Homem alto que furtou uma jaqueta na Street, perto do Starbucks. Mandem reforços, mandem reforços! — O walk-talk do policial avisou.

O delegado encarou Karl que sorriu falso. Nem tinha soltado o homem, apenas o levou para a cela.

— Vocês não podem me prender! Eu vou devolver a jaqueta. — Ficou desesperado.

— Você vai devolver sim, e vai ficar preso até aprender a ser gente!

Uma Mãe Para o Meu Bebê Where stories live. Discover now