Enorme Felicidade

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Aeroporto Internacional de Nova Iorque.
07h40 AM.
Sophia com enjoos e Micael correndo contra o tempo.
Tudo.
Normal.
Ou não.

— Parece que eu vou morrer. — Aconchegaram na poltrona do avião, na primeira classe. Sophia segurava a barriga, impaciente.

— Eu trouxe tudo que você precisa. — Estava ofegante, tinha corrido aquele aeroporto inteiro. — Aqui tem saco, revistas e...

— Seu perfume. — O avisou.

— O que tem o meu perfume? Tá te enjoando? — Se preocupou.

— Não! Seu perfume tá passando o meu enjoo. — Sorriu, aproximou-se de Micael fungando seu pescoço, ele adorou a atitude. Teve Sophia em seus braços. — Que delícia, eu não quero sair daqui. — Enlaçou as mãos no pescoço do moreno.

A aeromoça passou.

— Tudo certo por aqui?

— Ah, tudo sim. Ela estava com enjoos mas agora passou. — Estava sorrindo tanto que a aeromoça riu, como podia estar tão feliz? Ah, claro!

Tinha Sophia pendurada em seu pescoço, cheirando o perfume.

— Você vai ficar o voo todo desse jeito?

— Se for preciso, sim. — Explicou. Ele já tinha entendido, ela iria passar o voo todo daquele jeito. Grudada em seu pescoço... Tanto que até dormiu.


— Sophia? — Tocou o braço de leve. — Sophia?

— Hum, para de me acordar.

— Chegamos! — Sussurrou, ainda sorria.

— Já chegamos? Que rápido, nem deu tempo de sonhar direito.

— Você dormiu a viagem toda, como que não deu tempo de sonhar? — Observou Sophia que levantava, a cara de sono era cômica.

— É que... Ah, não sei. Deve ser coisa de grávida. — Levantou-se.

— Oi, eu escutei que você tá grávida, de quantos meses você está? — Uma mulher, atrás de Sophia, a perguntou.

— Eu não sei direito. — Franziu o cenho.

— Que sortuda! Nenhum rastro da barriga. — Riu leve antes de sair, também estava grávida.

Por que grávidas gostam de deixar outras grávidas sem graça?

— Não liga, tem mulheres que são chatas. — Micael disse, saiu do avião junto com Sophia.

— Eu li que é super normal, quanto mais você emagrece mais o bebê fica grande. — Andavam de braços enlaçados, nem perceberam.

— Então você anda lendo o livro? — Esperaram a bagagem.

— Eu leio sim, de tanto você me obrigar a ler! — Ele riu.

— É bom a gente ler, isso aumenta a nossa inteligência. Sabia que quando eu estava na faculdade tive que ler vários livros?

— Por isso você é mauricinho. — Tirou sarro de Micael.

— Por que você acha isso? Não tem graça.

— Oh, tá bom! Eu vou parar de brigar com o bebê. — Os dois riram, foram até a porta do aeroporto. — Alá, aquele cara tá com seu nome escrito na placa, tá apontando pra gente, será que é ladrão?

— É o homem que vai levar a gente pro hotel.

— Aaaaah, não sabia. — Era lógico que não sabia.

Sophia entrou dentro do veículo junto com Micael, foram direcionados ao hotel pelo motorista que os levava. Um incrível hotel, rústico, de frente ao Grande Canal de Veneza, onde os barcos passavam.

A loira adorou onde estava, Micael deixou sua mala no chão do quarto.

— Aqui é muito lindo. — Foi até a varanda. — Sério, você tem muito dinheiro, garoto!

— Eu fico feliz com a sua felicidade. — Sorriu.

— Saca só isso, é muita felicidade. — Encarou a enorme cama de casal. — Onde você vai ficar?

— Aqui. — Respondeu, simples.

— Aqui? Comigo? — O sorriso de Sophia nasceu.

— Algum problema?

— Não, quer dizer, se a sua namoradinha do suco não chegar e estragar tudo. — Ele riu. — Nenhum problema pra mim.

— Nenhum problema, então? — Aproximou-se de Sophia. — Quieta, eu tô querendo fazer isso há tempos. — Sorriram.

Micael tinha a mão no maxilar de Sophia, o puxando pra si, estavam em milímetros de distância.

— Pode fazer, eu deixo. — Sussurrou.

— Chega de sofrer por isso. — Deram sorrisos, Micael deu impulso.

Mas teve que parar por uma convulsão de vômito de Sophia.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Où les histoires vivent. Découvrez maintenant