Perigosa em Seu Passado

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Sophia jogava dominó com um dos filhos de Lidiane, estava triste, cansada. Queria sua cama e seu namorado, apenas!

Até que a campainha tocou.

— Eu atendo. — Lidiane correu até a porta. — Pensei que estivesse com chave.

— Eu não tenho a chave da mamãe a anos, esqueceu? — Micael entrou, sorriu quando viu Sophia. — Oi amor, como foi seu dia?

Ele logo entendeu por sua cara.

— Ela quis ficar sozinha, eu entendi perfeitamente. — Lidiane suspirou. — Sabe quem está aí?

— Quem? — Encarou a irmã.

— Chamberling. — Micael arregalou os olhos, por cinco minutos conseguiu ficar branco. — Não sei de onde saiu.

— Essa louca não tinha ido embora? — Franziu o cenho. — Ela não pode se juntar com a mamãe, vão fazer o regaço. Como faziam!

— Estão na área fumando maconha. Eu não falo mais nada! — Lidiane cruzou os braços, Micael ia até lá mas Sophia o parou.

— Chocolate, vamos embora! — Pediu, educadamente. — Eu estou exausta, quero dormir um pouco.

— Nós já vamos, só preciso tirar a minha mãe de lá. — Respirou fundo, estava bravo.

Antônia apareceu com Chamberling, estavam risonhas, Micael sabia que era o efeito do álcool, ou da maconha.

— Meu Deus, olha só pra você! — Chamberling sorriu. — Está um homem.

— Olá, Chamberling. — Ficou sério. — Por que não ficou na sua casa? Do outro lado do mundo!

— Eu me mudei recentemente, vim fazer uma visita.

— Saiu do inferno.

— Não diga isso, você gostava muito do meu inferno. — Sorriu, em tom de vitória. — Fiquei feliz pela menina grávida, já estão casados?

— Não é da sua conta.

— Micael, modos com a Chamberling. — Antônia reprimiu.

— Deixa que eu me viro com ele, aliás, já me virei muito.

— Por que você não vai embora? — Trincou o maxilar. — Desaparece da vida da minha mãe.

— Antônia é minha amiga, e sabemos do passado dela. Você sabe muito bem!

— Você só afundou a minha mãe.

— E você acha que não teve culpa?

— Eu não tive culpa alguma.

— Teve sim, e se quiser...

— Chamberling! — Lidiane entrou no meio. — A Sophia precisa descansar, Micael tem que ir. — Tocou o ombro do irmão. — Vá.

— Eu vou, e espero não encontrar essa mulher aqui de novo.

— Sinto muito, mas irá! — Antônia estava furiosa no momento. — Leve a sua agregada, só deu desprezo o dia todo. — Deu de ombros.

Sophia andou até a porta, saiu da casa de Antônia, triste, chorando, não queria voltar mais lá, queria sumir, queria voltar pro seu antigo apartamento, junto com Karl. Por um momento, desejou por nunca ter nascido. Era cruel!

— Amor, me desculpa. — Micael apareceu, ofegante. Estava triste pela namorada.

— Eu amo você mas... A sua mãe, ela é cruel! — Soluçou.

— A minha mãe é louca, você sabe disso.

— Não, ela não é! — Fungou. — E essa mulher? Micael, que conversa era aquela? — Secou suas lágrimas.

— Uma conversa idiota, aquela mulher só levou a minha mãe pro fundo do poço.

— Eu odeio a sua família, me desculpa, mas a única que posso aceitar é a Lidiane. — Estava chorando, muito. — Só quero ir embora e sumir. — Botou as mãos na cabeça.

— Vem cá. — Abraçou a namorada, fazendo carinho em seus cabelos. — Me desculpe, eu prometo que ela irá melhorar! Prometo que tudo vai ficar bem. — Beijou seus lábios.

— Não quero que me prometa nada, só quero que me deixe longe da sua família. Apenas isso. — Apertou os braços fortes de Micael, se protegendo. — Vamos pra nossa casinha? — Os olhos caídos fizeram Micael sorrir, estava cansada.

— Vamos, meu amor! — Entraram no carro. Micael deu partida até seu condomínio.

Sophia apoiou a cabeça no vidro do carro, a conversa que teve com Micael não tinha desligado sua mente, de que a tal de Chamberling era uma coisa muito perigosa.

Perigosa em seu passado.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Where stories live. Discover now