Você Vai me Agradecer

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Micael trabalhou durante meio período, discutiu com Bottin, o normal. Descontou em Chay que o zoou o dia inteiro, por estar namorando a garota do suco. O zoou também por Sophia ter passado química no cabelo, definitivamente hoje, Micael teria que ter uma colher de chá!

Já em seu apartamento Sophia tentava ler as palavras difíceis, tentou procurar no MacBook de Micael mas mexeu em configurações erradas. Resultado: A tela ficou preta e Micael teria que pagar uma manutenção. Voltou ao seu livro, riscou as palavras difíceis, iria perguntar a ele quando chegasse.

— Os bebês demoram nove meses pra nascer? Que horrível! — Chocou-se com as fotos. — Mas o que que é isso? É uma... — A campainha tocou. — JÁ VAI. — Largou o livro e foi até a porta, saltitante.

Tinha as sobrancelhas franzidas, não sabia quem era, só sabia que parecia alguém.

— Oi, você é amiga do Micael?

— Oi, Sophia! Eu sou a irmã dele. — Lidiane sorriu. — Eu vim tomar contar de você, quer dizer, saber como estão as coisas.

— Tá bom, entra. — Deu passagem. — Eu não sabia que ele tinha uma irmã, quer dizer, eu até sabia mas devo ter esquecido.

— Acontece. — Sorriu, tímida. — Faz tempo que ele saiu? — Observou o apartamento, até que estava normal, algumas bagunças mas nada exagerado.

— Faz um tempo. Eu fiquei lendo os livros que ele comprou.

— Ah, que ótimo! É bom ler um pouco.

— Você tem filhos?

— Tenho dois. — Lidiane sorriu. — Eu achei legal o fato do Micael ter te achado, ele era louco pra ter filhos.

— Olha, eu sei que você é irmã dele e tudo mais. — Gesticulou. — Mas não estamos nos dando bem, o seu irmão é mandão demais!

— Micael é bem certo, ele não deve ter se acostumado com a bagunça.

— Ele brigou comigo.

— Você passou química no cabelo. Até eu brigaria com você.

— Poxa, ninguém me entende? — Sentou-se no sofá, triste. — Eu sei que sou burra mas quero melhorar meu conceito, eu quero... Eu quero que Micael me veja como uma pessoa...

— Uma pessoa inteligente? Só precisa mudar seus hábitos. — Mexeu os ombros. — Ser uma mulher educada e com senso.

— Eu tenho senso.

— Posso ser sincera? Você se veste como a Fergie em 2006. Como pode se achar no senso? — Lidiane foi sincera, até demais. — Eu acredito que Micael esteja pronto pra... Pra conversar com você.

— Conversar sobre o que?

— Pra dizer sobre seu jeito, suas manias, sabe que agora não mora mais no Brooklyn, não é?

— Vocês são preconceituoso! Só porque eu morava no Brooklyn? Bando de idiotas. — Bufou. — Quer saber? Me paga uma casa e eu ficarei grávida até o bebê nascer. — Óbvio, né Sophia? — Quando o bebê nascer eu dou pra ele, simples.

— E você acha que ele vai deixar? Micael quer acompanhar toda a sua gestação.

— Mas acontece que ele não gosta de mim, então, como vamos ter uma relação amigável?

— Só mude o seu conceito.

— Eu sou assim e vocês vão ter que me engolir.

— Eu sei, eu sei. Mas olhe só pra você. — Lidiane chegou mais perto. — Quantos anos você tem? Vou chutar uns 23. — Torceu o nariz. — Mas tem aparência de 27, usando essas roupas. E seu jeito de falar? Fora a bagunça. Você quer ser uma mulher independente ou uma mulher em seu mundinho? Sendo zoada por todos os homens?

— Eu quero ficar na minha.

— Eu sei que você quer mudar, porque acha o Micael um cara bacana. — Pausou. — É só você mudar isso, eu posso te ajudar.

— Você? Nem morta!

— Por que não? Eu sei que você vai me agradecer.

— Olha aqui, eu cuido de mim, eu não preciso que você venha até aqui me dar lição de moral.

— Abaixe as armas, eu posso te ajudar!

Tinha razão. Lidiane poderia ajudá-la, só bastava Sophia querer.

— E então? Você topa?

Uma Mãe Para o Meu Bebê Where stories live. Discover now