Uma Mãe Para o Meu Bebê

Precisava ou Não?

— Então você se separou de Micael Borges. — Amber adoçou o café. — Isso é muito convincente.

— Obrigada. — Comeu seu donut recheado com chocolate. — O que você faz da vida?

— Vejo catálogos, nada mais. — Deu de ombros. — Agora eu sei que você é uma caixinha de surpresa.

— Apenas acho que sou. — Deu um sorriso. — Estou magoada com tudo isso que aconteceu.

— Não fique, eu estou aqui! — Na lata.

Sorriu corou.

— Você é gentil, Amber. — Piscou, rápida.

— Eu sou um amor de pessoa, deveria me conhecer melhor. — Bebeu seu café.

— Bom, posso considerar esse café como um: conhecer melhor? — Achou graça.

— Acho que não. — Torceu o nariz. — Preciso conhecer bem mais.

— Ok, então... Te conhecerei mais à frente. — Se entreolharam. — Pode me levar de volta ao trabalho?

Amber iria responder mas foi interrompido pelo celular de Sophia, tocando irritante. A loira buscou em sua bolsa e atendeu às pressas.

— Alô?

— Olá Sophia, sou eu, Michelle. — Ah não. — Preciso conversar com você.

— Michelle, por que você não liga pro meu ex-marido e fala tudo o que você sente. — Sorriu falsa. — O meu guichê está fechado!

— Por favor, isso foi um grande mal entendido. — Estava desesperada do outro lado da linha. — Só quero que me escute.

Sophia encarou Amber na busca de procurar uma resposta, o homem apenas assentiu, ligeiro.

— Dá uma chance pra garota. — Silabou, ainda bebia seu café.

— Eu volto já. — Sophia saiu da mesa, andou até o banheiro da cafeteria. — Pode falar, Michelle! — Encarou-se no espelho.

— Eu não dormi com Micael, em hipótese alguma! Se você acha que isso aconteceu, está enganada.

— Conheço o marido que tenho. — Não era ex-marido?

— Então deveria conhecer mais! — Um tom de ameaça nasceu. — Eu só usei o cartão porque realmente estava precisando, foi um erro.

— Ainda bem que você sabe. — Pausou. — O que você quer com ele, Michelle?

— Quero que ele seja muito feliz!

O silêncio reinou.

— Espero que não faça nenhuma besteira. Até mais! Felicidades com o bebê. — Disse antes de desligar a ligação.

Sophia abaixou o aparelho da orelha, encarou-se no espelho e só conseguia ver a imagem de Micael e Michelle se possuindo.

Talvez pudesse estar ficando louca.

Voltou à mesa vendo Amber morder alguns palitos de madeira, foi engraçado.

— O que está fazendo? — Tinha um tom engraçado na voz.

— Resolveu com a garota? — Retirou um palito amassado da boca.

— Isso não vale a conta. — Ficou triste.

— Esse seu casamento deve ser um porre. — Observou Sophia. — O seu marido deve ser um porre!

— Ele é mesmo. — Sentiu o coração apertar. Odiava falar mal de Micael.

— Está pronta pra viver a vida como uma pessoa normal?

— Está dizendo que eu não sou normal? — Riu.

— Você é, e muito atraente também. — Sophia corou. — Desculpe!

— Vamos com calma, tá bem? — Ele assentiu. — Agora... Eu preciso ir, já passei tempo demais com você.

— Vou pagar a conta! — Amber levantou-se e foi até o caixa, Sophia suspirou.

Estava ficando louca.

Quatro horas depois.

Micael tinha saído do trabalho, buscou Annora na escola e voltaram para casa. Sophia ainda não tinha chego, o que deixou ele mais revoltado.

Estava fazendo o jantar quando a mesma havia chegado, Annora brincava na sala com suas bonecas, andou até a filha enchendo ela de beijos.

— Como foi seu dia? — Annora sorriu. — Conta pra mamãe! — Sentaram no sofá.

[Sinais Annora] — O papai está triste!

— Eu perguntei como foi o seu dia, filha. — Seu sorriso morreu. — Tudo bem, a mamãe vai trocar de roupa e tomar um banho. Estou cansada!

Sophia deixou Annora brincando, subiu as escadas e tomou seu banho de banheira. Relaxante! Estava sendo rude com Micael, mas por uma parte, precisava.

Ou não.