Hora do Rush

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Sophia acordou, um pouco suada pelas três cobertas que usou na noite anterior. Micael já estava de pé, fazia alguns bacons para o café, o que fez Sophia pirar! Sentiu uma dor na ponta do estômago, tudo lhe embrulhou e só se lembrou de sair correndo até o banheiro, assustando Micael, que largou o bacon na mesa.

— Ei, ei, ei. — Segurou em seus cabelos. Alisava suas costas. — Você tá legal?

— O Bacon. — Respirou fundo, sentou-se no chão. — O cheiro do bacon.

— É só não lembrar. — Fechou a porta, espirrou um aromatizador de ambiente, um cheiro bem agradável por sinal. — Quer... Mais?

— Não, não. Eu estou bem. — Respirava fundo. — Só achei estranho.

— Faz tempo que não vomita?

— Um pouco, eu pensei que já tinha passado dessa fase. — Apertou os olhos. — Eu já estou bem, não precisa se preocupar.

— Eu me preocupo sim. — Encarou Sophia. — Tome um banho, relaxe os ânimos. Você está melhor de ontem também?

— Eu tô, acordei suada até. — Passou a mão nos cabelos. — Volte pro seu bacon. — Sorriu, ainda sem forças.

— Eu vou deixar você tomar banho. — Assentiu, saiu do banheiro.

Foi até à cozinha jogando o bacon no lixo, optou por um cereal e leite. Tinha o celular nas mãos quando ligou para Chay.

— Chay?

— Fala, menino! O que manda?

— Eu não vou trabalhar hoje, Sophia está doente! Passando mal, muito ruim.

— Eita, cara! O bebê está bem?

— Acredito que sim. Não posso deixá-la sozinha, está passando mal no banheiro. Vou levá-la no médico, qualquer coisa.

— Leva sim. E fica tranquilo que eu seguro as pontas. Mas tá me devendo uma torta de frango.

— Tá bom, tá bom. — Pausou. — Até mais!

— Até! — Chay finalizou a ligação.

Sophia apareceu vinte minutos depois, tinha uma minúscula toalha no corpo, o que deixou Micael acordado quando encarou a loira. Passou pelo corredor e entrou no quarto que era dele, não iria ir lá, esperou alguns minutos até bater na porta. Queria a confirmação de Sophia.

— Posso entrar?

Pode. — Abriu a porta vendo Sophia, enrolada nos cobertores.

— E aí? Você tá legal?

— Tô bem sim, só não sei porque eu vomitei.

— Enjoo matinal. Meu bebê não gosta de bacon, já entendi. — Sophia riu.

— E você? Não tá atrasado pra trabalhar?

— Eu não vou hoje. Vou cuidar de você! — Sorriu. Tinha as mãos no rosto de Sophia, fazendo carinho na mesma.

— Ah, Micael! Você poderia ter ido, eu vou ficar bem.

— Vai nada, eu sei que você vai passar mal, e se eu não estivesse aqui? Eu estou aqui pra ajudar você.

— Você é um bobo! Mas tudo bem. — Suspirou. — O que vamos fazer?

— A gente pode assistir filmes, que tal?

— Na sala?

— Sophia, tem uma TV enorme na sua frente. — Apontou para a TV, a loira riu.

— Desculpa, eu...

— Não precisa se desculpar. — Riu leve. — Eu posso escolher o filme?

— Romance de chorar?

— Pode ser um ação com luta?

— Mas filme de ação sempre tem luta, não tem?

Era uma tremenda criança!

— Todos!

— Tá bom, a gente vai assistir ação com luta! — Vibrou, saiu da cama indo até a TV, Micael tinha os olhos na bundinha, a maldita bundinha, naquela camiseta Nike que usava pra dormir.

Sophia ficou na ponta dos pés para pegar alguns filmes que estavam na prateleira, Micael conseguiu ter uma visão privilegiada. A calcinha preta de renda, e a bundinha, ele gostaria tanto de pegar naquela bundinha. Estava tentado!

— Você pode me ajudar? Eu não consigo alcançar. — Sophia virou-se rápido, Micael foi até lá ficando atrás dela, encostou seu corpo com o de Sophia, foram os dez segundos mais emocionantes de sua vida.

— Aqui. — Tinha o DVD nas mãos. — Hora do Rush, pode ser? — Os rostos colados, conseguia sentir a respiração de Sophia.

— Pode. — Silabou, pertinho.

Um passo e estariam atracados!

Uma Mãe Para o Meu Bebê Where stories live. Discover now