Parto Humanizado

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O parto. É essencial na vida de qualquer mulher.

Menos na de Sophia, por ela, poderia pular essa parte.

— Vamos, Sophia. Devagar! — A enfermeira que Micael havia contratado tinha chego, ajudou Sophia a sair do banheiro, com um biquíni.

Sim, ele ajudou Sophia! E pediu pra que o parto fosse humanizado, como tinha combinado com ela, antes de tudo acontecer.

Sophia estava aceitando qualquer idéia de Micael, na altura do campeonato.

— Você tem que relaxar. — A enfermeira massageou suas costas, a loira se apoiou no móvel, na sala.

Micael tinha montado uma piscina plástica com água morna, a pedido da enfermeira. Voltou ao local onde estavam as duas, Sophia sentia dor, as contrações eram de matar.

— Relaxar? Eu tô pagando todos os meus pecados. — Respirou fundo, tentando relaxar. — AAAAAH, MEU DEUS FAZ ISSO PARAR!

Agonizante, Micael estava agoniado de ver ela ali, curvada, pedindo pra que alguém parasse. Andou até Sophia pegando em suas mãos, deixou ela ereta de novo, encostando em seu corpo, se sentindo mais segura.

— Eu tô aqui, tá tudo bem. — Sussurrou em seu ouvido. — Não fique nervosa, você precisa relaxar. Espira e inspira.

— Tá doendo muito. — Outra contração, apertou forte as mãos de Micael. — Eu não consigo mais, eu quero ir pro hospital. — Negou com a cabeça, chorando.

Micael fez carinho em seus cabelos, retirou o suor de sua testa.

Encarou a enfermeira que estava esperando pelos dois.

— Pode deixar a gente sozinho? — Micael pediu, ela assentiu indo ao outro cômodo, sumindo no apartamento.

Eram os dois, a sós.

— Estamos sozinhos agora. — Ainda sussurrava. Tinha Sophia coladinha ao seu corpo.

— Você tá com raiva de mim. — Cerrou os dentes, outra contração lhe veio. — Não precisa sentir pena, você não me perdoa, eu entendo perfeitamente. — Respirou fundo, nem sabia como dizer o que estava sentindo.

— Por hoje, eu te perdoo. — Beijou o pescoço de Sophia.

Ela cerrou os olhos, apertando os braços de Micael para se manter firme.

— Isso tá me agoniando. — Grunhiu ao moreno que franziu o cenho, logo percebeu que ela estava falando do biquíni.

Micael desfez o laço dos dois lados do biquíni, fez a mesma coisa com a parte de cima, deixando Sophia nua, o mais livre possível. Ela sorriu, cansada, estava doendo mais do que tudo.

— Vem cá. — Trouxe ela até a piscina plástica no meio da sala, entrou com Sophia, ficando atrás de si.

Ótimo! Ela precisava relaxar. E Micael não sabia como fazer isso, até ele estava ficando nervoso.

— Fique calma, tá bem? — Não teve reposta. Jogou um pouco de água morna no corpo de Sophia, com as próprias mãos.

— Eu preciso ir pro hospital, eu não vou aguentar. — Limpou o suor de sua testa.

— Não precisa ir ao hospital, está bem aqui! — Advertiu. — Deixe vir, não faça força, deixe vir. — Jogou mais água em seu corpo, a água morna estava a relaxando.

Sophia fechou os olhos, deixou a cabeça cair no ombro de Micael, ele sorriu.

O moreno pôs uma mão em sua barriga redonda, massageando ao redor, alisou dos lados e desceu para as pernas, alisando novamente. Sophia teve as pernas abertas, esperando seu bebê.

— Me prometa uma coisa? — Sophia disse, por fim.

— Claro. Pode dizer! — Estava aflito esperando pela resposta.

— Me prometa que... Vai fazê-lo feliz!

— O que tá dizendo? — Franziu o cenho.

— Só me prometa, mesmo que estivermos separados. — Tinha os olhos fechados. — Vai fazê-lo feliz.

— Eu não posso.

— Claro que pode!

— Karl é o pai, precisará mais dele do que de mim.

— Você sempre será o pai de verdade, que me ajudou, que criou, que estava aqui todos os momentos. — Respirou fundo. — O Karl... Ele só é mais um humano sem criatividade no mundo. — Micael riu, bem leve.

Sophia ficou em silêncio.

— Micael, eu amo você. — Sussurrou.

Segurou nos braços de Micael e apertou os olhos, o moreno ficou boquiaberto quando viu o bebê aparecer debaixo da água, Sophia fez o mesmo.

E ele, fez questão de segurar. Um bebezão! Os olhinhos pequenininhos, meiga e cabeluda.

— É uma menina! — Micael segurava a bebê que se esperneou, dizendo ao mundo que havia chegado.

Beijou o topo de sua cabecinha.

— Bem vinda ao mundo, filha! — Disse por fim, deixando Sophia sorrir.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Where stories live. Discover now