Xiiii... Ferrou!

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— Por que eu sempre fico com a parte da comida? — Chay arrumou suas coisas.

— Porque você gosta de comida? — Micael mexeu em seu celular.

— É um bom argumento. — Balançou a cabeça. — Devemos falar de Dinah?

O moreno parou de mexer em seu celular.

— Você quer falar? Porque eu estou bem, na verdade, eu estou ótimo!

— Eu gostaria de conversar com você sobre isso, é que... Ficou um clima péssimo entre eu e você.

— Você acha? — Mexeu os lábios. — Eu não acho! Você gosta dela cara, e vai ser pai! Nós vamos ser pais.

— E você um louco que cacetou o ex-namorado da Sophia.

— Nem me fala, aquele cara é um folgado.

— Ele roubou uma jaqueta, tinha que ser folgado. — Saíram os dois, juntos!

Desceram as escadas.

— Eu queria saber o que a Sophia achou naquele cara, porque dinheiro ele não tem, muito menos educação.

— Ela também não era nada educada. — Se chocou ao ver Sophia, sentada na poltrona confortável de espera, na recepção. — Soph?

— Oi amor. — Levantou-se. Tinha a mão na barriga falsa. — Eu decidi esperar aqui, não queria te atrapalhar.

— Por que não subiu? — Beijou os lábios delicados de Sophia. — Agora eu fiquei preocupado. Ficou a tarde toda aí?

— Eu cheguei faz uns vinte minutos, estava no shopping. — Sorriu, doce. — Como foi o trabalho?

— Foi bem, estávamos conversando sobre a XXTD. — Virou-se para ver Chay. — Chay? Onde tá o Chay?

— Acho que ele já foi. — Sophia riu. — E então? Vamos?

— Vamos. — Ficaram de mãos dadas. — Como chegou até aqui?

— Táxi, conhece? — Gargalhou.

— Ah, mocinha. Então é assim? — Andaram até o carro.

— É! Eu gosto de visitar você, aquele seu chefe é um tremendo doido. — Entrou no carro.

Micael fez o mesmo, colocando a chave no contato.

— Ele não te parou? Sempre faz isso quando você chega!

— Ele não me viu, ainda bem. — Sorriu. — Amor?

— Sim? — Teve uma mão na barriga de Sophia.

Ela gelou.

— O que foi? Tá tensa! — Tinha a atenção ao dirigir.

— Você tá com a mão na minha barriga.

— Estou. — Riu. — Você não gosta de carinho?

— Gosto, é que... — Tinha que achar desculpas, rápido! — Sua mão tá gelada! — Mentiu.

— Sério, amor? Eu não acho, tá em temperatura ambiente.

— Vai ver, ah não sei. Eu realmente não sei o por quê. — Deixou.

Se ele não tinha se tocado até agora, não iria se tocar depois.

— Eu queria conversar com você sobre a obra no apartamento. — Cruzou os braços.

— Hum, você viu os caras? Eles são demais! Os melhores de Nova Iorque.

— Micael, e a minha privacidade fica aonde? — O que?

O que?

O que?

O que?

— Ainda continua no apartamento?

— Tem seis homens no seu apartamento, seis homens! Eu sou uma mulher, estou grávida e tem seis homens no seu apartamento.

— Isso te incomoda tanto? — Encarou Sophia, rápido.

— Você não me avisou nada, Micael! Eu abri a porta e dei de cara com seis homens no seu apartamento. Tem noção disso?

— Você tava pelada?

— Não.

— Tava com a blusa da Nike?

— Também não.

— Tava só de calcinha?

— Não.

— Tava usando o que?

— A camisola que eu dormi ontem.

— Eu não vejo nada demais. — Deu de ombros. — Eu precisava contratar os serviços, o bebê vai nascer e não tem quarto, muito menos uma decoração. Eu trabalho, não tenho tempo de administrar isso. — Virou o volante.

— Ah, você não tem? — Estava arrumando briga. — Quando você quer, você consegue tirar folga! Você chamou seis homens por preguiça.

— Vem cá, por que você tá reclamando tanto? — Esbraveceu.

— Minha privacidade!

— É só se comportar como uma mulher normal. — Pausou. — Eles vão ficar no apartamento por um mês, até terminar tudo. E quando estiver pronto... Sem problema nenhum.

— Assim espero. — Também estava brava.

O silêncio reinou.

— Tenho algo pra te dizer. — Se preparou. — Amanhã eu vou acompanhar você na consulta com a obstetra, vamos ver esse bebê que tá se escondendo demais. — Sorriu ao lembrar.

Ok, agora tinha que se desesperar!

Uma Mãe Para o Meu Bebê Donde viven las historias. Descúbrelo ahora