Você Quer?

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Sete meses depois.

— Um, dois, um, dois. — Sophia sorria enquanto tinha os braços de Liam em suas mãos. Optou por caminhar na areia da praia, o pôr do sol estava lindo! — Muito bem, filho! — Encheu o pequeno de beijos.

Annora apareceu ao seu lado, abriu a palma da mão com diversas conchas.

— Uau, que lindas! — Sophia sorriu à filha. — Estavam perto ou longe do mar?

[Sinais Annora] — Perto. Essa é pra você, mamãe! — Entregou a concha para Sophia.

— Eu adorei, querida. — Guardou a concha no bolso do shorts. — Vamos voltar? Onde está seu pai? — O vento balançava seus cabelos e os de Annora, loiros.

[Sinais Annora] — O papai fez um castelo de areia pra mim, depois, destruiu. Eu corri dele porque... Ele queria me molhar, mamãe! — A cara de Annora foi cômica.

— O seu pai precisa ficar de castigo pra aprender. — E o castigo seria ficar sem sexo.

Mas Sophia não aguentaria esse castigo.

— Vamos pra dentro, o tempo parece estar virando. — Encarou o sol se pôr com Liam no colo, a aliança reluziu no dedo anelar, Sophia estava linda, sua beleza natural tinha realçado depois que ganhou o segundo filho.

Pegou nas mãos de Annora para atravessar a rua, chegaram no gramado de casa onde bateram os pés antes de entrar, tirando toda a areia. A pequena foi ágil ao abrir a porta e se deparar com seu pai, arruinando a cozinha.

— Ora, ora! — Flambou algo na frigideira, o fogo aumentou deixando Annora de olhos arregalados. — Quem quer comer sorvete flambado? — Ou queimado no caso.

— Micael, você destruiu a minha frigideira. — Sentou Liam no carro. — Me deve outra, da mesma marca, da mesma cor. — Pegou um lenço umedecido limpando os pés do pequeno. — Já vamos tomar banho, meu amor! — O beijou.

— Ah, obrigado amor! Eu estava mesmo precisando de um banho. — Largou a frigideira no balcão, pegou duas taças e suas colheres.

— Eu falei com o Liam. — Foi a vez de Annora gargalhar.

— Está vendo, filha? Sua mãe é muito má comigo. — Serviu Annora em uma taça. — Nutella e chantilly? Prometo que tem farofa de paçoca, direto do Brasil! — Piscou à menina que riu, mais uma vez.

[Sinais Annora] — Papai, conta a história da princesa que fugiu. Conta! — Estava alegre ao pedir o conto, apoiou a cabeça nas mãozinhas encarando o pai, que se preparava.

— De novo? Você já sabe o final! — Deu uma colherada no sorvete. — Sua mãe tem uma ótima pra contar. — Encarou Sophia que ia até a frigideira, o sorvete estava com uma cara péssima.

Nem era considerado um sorvete, tinha apenas o creme derretido acrescentado com chantilly.

— Eu? — Roubou a colher de Micael. — Isso está horrível, Micael!

— Você tirou o dia pra me criticar, é? — Annora e Sophia riram. — Ela pediu uma história.

— Ela pediu à você, aliás, a mesma história. — Provou mais uma vez. — Pode ser que com Nutella fique mais gostoso. — Zombou do marido que estava com uma cara de desgosto. — Só estou dando um palpite! — Rendeu as mãos.

[Sinais Annora] — Mamãe, conta a história que você sabe. — Annora se lambuzava toda com o sorvete.

— A história que eu sei? — Se fez de surpresa. — Bom, como posso começar? — Pensou rápido. — Em um reino vivia um jovem príncipe que, todos os anos, anunciava um baile de gala para promover a sua futura esposa. Era filho único, exalava poder e junto com seu pai não deixava nada de mal acontecer no pequeno vilarejo onde habitava.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Where stories live. Discover now