Fique Calma e Me Escute

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Micael gargalhou, riu tanto mas tanto que Sophia pensou que ele poderia ter um troço.

— Por que tá rindo? — Queria saber.

— Você... Acha mesmo... Que eu vou ir embora, largar o meu trabalho? Claro que não, Sophia.

— Pelo jeito que você disse, parecia.

— Pois é, parecia! — Encarou a mulher. — Viu só? A sua assessora veio aqui e fez a gente brigar, por nada!

— Eu não quero ir embora!

— Seja autoritária então.

— Como? Você viu o que aconteceu?

— Sophia, escuta uma coisa. — Aproximou-se da loira. — Você é dona dos seus próprios direitos. Ela é apenas uma mulher que cuida do seu trabalho. — Pausou. — Quer saber? Fala com o seu assessor.

— Ele já me deu uma resposta.

— Então não precisa gritar ao sete ventos. Tá tudo certo!

— Não quero sair de perto de vocês. — Abraçou Micael. — Enquanto à Laurel?

— Ficou no quarto pedindo desculpa pra Annora.

Sophia franziu o cenho.

— É seguro deixar elas lá?

— Acredito que sim. — Deu de ombros.

Deixaram as duas brincarem, afinal, teriam o dia todo para se preocuparem.

Já em Los Angeles, as coisas iam fluindo...

— Jéssica? — Gregori entrou em uma sala. — Eu preciso do book da Sophia.

— De novo? A LIFE só exige ela no currículo? — Bufou.

— É uma transferência. — Sentou-se na poltrona. Tinha uma bolinha de borracha nas mãos. — Ela me pediu pra que eu transferisse ela.

— Local? — Estava interessada.

— Nova Iorque. — Jogou a bolinha na parede. — Ela acha que eu sou idiota. — Riu, sarcástico.

— Idiota você é mas... Ela faz o que quer com você.

— Vejamos. — Gregori abriu uma gaveta, tirou uma revista. — Olhe essa manchete. — Apontou para a foto de Sophia e Micael. — Dois jovens, belíssimos, em trajes importados que ninguém conseguiria comprar. Você também sente o cheiro? — Encarou Jéssica com um sorriso no rosto.

— Claro que eu sinto! Você quer trazer ele pro ramo publicitário?

— Eu quero fazer um futuro pra esse homem. — Circulou o rosto de Micael. — O dinheiro chama ele, dá pra sentir. — Sorriu.

— Ele não vai querer virar um modelo do dia pra noite.

— Vai sim! Se ele perder o emprego dele. — Voltou a apertar a bolinha. — Soube de leve o caso com Sophia, parece que ela foi a Barriga de Aluguel dele.

— Barriga de Aluguel? Quem em sã consciência faz isso? — Achou graça.

— Alguém como: Micael Borges. — Folheou a revista. — O propósito é trazer ele para nós, uma campanha com esse cara de capa me dará rios de dinheiro.

— O difícil é convencer ele.

— Bottin Castamare. — Encarou Jéssica, sentindo orgulho da própria pessoa. — Dono da empresa, mantém o cargo de Micael lá em cima, no topo, um braço direito. — Contou.

— E você quer tirar esse homem de lá como?

— Você nunca ouviu falar do "Daremos um Fim"? — Cerrou os olhos.

— NÃO! Você não será capaz disso. — Balançou a cabeça. — Isso é crime, isso... Isso, isso é ilegal!

— Minha empresa é uma piada pra você? Preste atenção! — Apontou. — Eu irei conversar com Bottin, pessoalmente, e se ele não aceitar a minha proposta: Adeus!

— Seu doente.

— O dinheiro está na minha mão, eu não posso perder.

— A Sophia já é um bom dinheiro pra você. — Cerrou os dentes.

— A Sophia está achando que eu sou um gnomo engraçado. — Jogou a bolinha na parede, novamente. — Ela me usa, e depois joga fora. Mas não é bem assim. — Continuava jogando. — Eu arrumei à ela um lugar na SEXY, e o que ela fez? Jogou fora! — Ficou bravo. — Eu não dou o meu suor pra menininhas mimadas!

— Então ligue pra Eli e diga que Sophia não irá ser transferida à Nova Iorque.

— EU JÁ TRANSFERI ELA! — Gritou. Tacou a bolinha longe. — Eu tenho um plano mas você tem que me ajudar.

— E como? — Jéssica cruzou os braços.

— Só me escute e dará tudo certo!

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