Dueto Amoroso Musical

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Sophia saiu dos braços de Micael, tinha as mãos na boca, aquilo tinha que parar, o mais urgente.

— Isso é errado.

— Ela não tá aqui.

— Mas você tá traindo ela!

— Traindo? Eu não fiz nada com você, só estou aqui.

— Mas ia trair! — Pausou. — É melhor termos distância, e é melhor você contar pra ela.

— É melhor você ficar quietinha, Dinah não pode saber, se souber, ela me mata junto com você.

— Tanta mulher em Nova Iorque e você foi arrumar justo ela? — Micael riu. — É sério!

— Tanto cara legal e você foi justo arrumar o Karl?

— Ei! Eu não tô mais com o Karl. — Sentou-se na cama, as molas fizeram seu corpo mexer. — Ele é chato, até eu fico pensando como eu pude ficar com aquele monstro.

— Ele é um monstro mesmo. — Pausou. — Mas e então? Vai continuar a arrumar as malas?

— Vou sim! Tem algo mais importante pra fazer?

Tinha sim! Ficar de amasso com Micael.

— Eu estava pensando em a gente pedir pizza e... Cantar Karaokê. — Oi?

— Oi? Você? Jogar o videogame da sua sobrinha?

— Era da minha sobrinha, você fez o favor de abrir e não ser mais dela.

— Ok, ok! — Rendeu. — Eu primeiro, já tenho a boneca exata pra escolher.

— Aí meu Deus do céu! — Micael riu quando Sophia correu até a sala, ligou a TV e o videogame, a boneca que Sophia sempre jogava apareceu, entregou um microfone para Micael.

Ele realmente não sabia o que fazer.

— Como que se joga isso? — Encarava o objeto nas mãos.

— Escolhe uma música. — Deu pulinhos.

— Tem tanta música...

— Escolhe uma, vai, isso vai ser muito divertido!

— Essa aqui. — Selecionou com o controle. — Vamos ver se eu vou conseguir cantar.

— Vai sim, eu consigo. — Conseguia sim, errando todas as letras e tons.

A música começou, Micael se preparou para cantar.

Aquilo não terminaria nada bem.

— AAAAH, MINHA VEZ! VOCÊ TIROU OITA E SETE.

— Eu sou muito bom, dá licença. — Brincou com Sophia. — Vamos cantar outra.

— Essa aqui, que tal? — Apontou.

— Essa? Mas é lenta.

— Aparece em alguns filmes com Romance de Chorar.

— Tá bom, tá bom. A gente canta. — Se preparou. — No três.

— Ok.

— Um, dois e três... — Tinha o microfone nas mãos. — I know your eyes in the morning sun
I feel you touch me in the pouring rain

— And the moment that you wander far from me
I want to feel you in my arms again

— And you come to me on a summer breeze
Keep me warm in your love, then you softly leave
And it's me you need to show

How deep is your love, how deep is your love
How deep is your love?
I really mean to learn
'Cause we're living in a world of fools
Breaking us down when they all should let us be
We belong to you and me
I believe in you

Micael e Sophia se entreolharam, estavam se saindo perfeitamente bem, o moreno tinha os olhos fixados nos lábios delicados de Sophia.

— Sabe, eu adoro as canções dos Bee Gees. — Micael sorriu.

— Eu não faço a mínima idéia de quem é. — Ele riu. — Só, vamos continuar ou se não, você irá perder.

Já estavam perdendo, se encarando uns aos outros, a música rolava mas o som de suas vozes tinha desaparecido. Era como ter entrado em transe infinito.

— A música acabou de acabar. — Sophia o avisou, piscando rápido.

— Eu... Eu... Chega de cantar, eu vou pedir uma pizza pra gente, já está anoitecendo. — Saiu da sala, foi em busca de seu celular.

— Vai pedir um suco também? — Sophia mordeu a ponta dos dedos.

— NÃO! — Arregalou os olhos, ela gargalhou.

— Eu vou fazer, é bem melhor.

— Muito melhor! Eu aprovo muito essa idéia.

Sophia negou com a cabeça, ainda rindo. Lógico que ele aprovava essa idéia, ele a queria, e muito.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Donde viven las historias. Descúbrelo ahora