Ódio Mortal da Minha Sogra

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Sophia estava saindo do galpão quando pegou suas coisas, cumprimentou todos e foi embora. Se assustou quando Micael buzinou, feliz, muito feliz.

Não parecia o Micael. Estava muito diferente.

— GOSTOSA! — Buzinou mais uma vez. Ela entrou no carro.

— Micael, que isso? — Recebeu um beijo demorado.

— Tô feliz, muito feliz! — Esfregou as mãos.

— Você pode me contar o motivo da sua felicidade?

— Subi de cargo na empresa. — Sophia ficou boquiaberta. — Eu sou praticamente o braço direito do Bottin.

— Eu pensei que já era. — Remexeu os lábios. — Meu amor, meus parabéns. — O beijou novamente. — Eu tô muito feliz, sério!

— Não parece. — Encarou a namorada. — Aconteceu alguma coisa?

— Eu só tô muito cansada. — Respirou fundo. — Deve ser normal, minhas costas estão doendo demais, eu só quero a minha cama. — Reclamou.

Micael deu partida no carro, indo até o apartamento.

— O que vai querer comer? — Micael largou a chave do carro no mesmo lugar.

— Eu comi anéis de cebola com a garota do trabalho, tô sem fome. — Tomou sua vitamina, que já estava acabando.

— Você tá com raiva pela semana passada? — Esperou uma resposta de Sophia.

— Por que eu estaria, amor? Você não quis saber o sexo do bebê, eu compreendo perfeitamente. — Bebeu sua água. — Eu estou bem.

— Você ficou estranha depois que a Chamberling foi embora.

— Amor, ela foi embora à uns dois meses atrás. Eu fiquei bem feliz, acredite. — Tirou seu casaco indo até o banheiro, encarou-se no espelho. — Vou preparar a banheira pra você. — Sorriu doce.

Realmente, estava com muita dor nas costas, sua barriga era peso puro, fora as vontades loucas que queria fazer com Micael, mas não podia arriscar.

— Tem algo a mais que queira me contar? — Escorou no batente da porta, retirou sua blusa, logo após a calça.

— Fora minha barriga estar imensa? Acho que não tem mais nada. — Verificou a temperatura da água, entrou na banheira. — Paz. — Fechou os olhos.

Micael entrou em seguida, hospedou atrás de Sophia fazendo uma bela massagem em suas costas.

— O final é sempre complicado. — Pressionou os dedões na nuca de Sophia.

— Já me disseram isso. — Respirou fundo. — Não tira o dedo daí nunca mais? — Micael riu.

— Vou colar o meu dedo, bem aqui. — Desceu a espinha de Sophia, massageando em círculos. — Preciso te contar uma coisa.

— Pode dizer. — Cerrou os dentes, aquilo estava saindo bem melhor do que ela havia pensado.

— Minha mãe e Lidiane protagonizaram um chá de bebê surpresa. — Soltou, por fim.

Sophia virou-se para Micael, um pouco embravecida.

— É o que?

— Um chá de bebê supresa, não tão surpresa assim.

— Sua mãe? — Assentiu. — Chá de bebê surpresa? Ela ficou maluca?

— Claro que não, é o neto dela, ela está bem feliz com a vinda.

— Não parecia a dois meses atrás.

— As coisas mudam, Sophia! Eu achei legal o gesto que ela quer fazer, uma festa vai ser boa. Você vai conhecer os meus amigos, gente nova, pode chamar as suas amigas do trabalho também. — Pausou. — Eu não vejo nada demais nisso.

— Ah, você não vê? — Levantou-se. — Você nunca vê as coisas Micael, é um cego perto da sua mãe. — Enrolou-se na toalha. Micael a seguiu. — Eu nunca... Nunca, nunca, nunca gostei da sua mãe, ela me humilha quando está perto das amigas dela, ela me humilha à todo o momento, e agora ela quer fazer uma festa surpresa pra mim? Eu sei que já se passou quatro meses mas a sua mãe nunca vai descer pela minha goela. — Procurou sua camisola nas gavetas.

— Voltamos a estaca zero? — Cruzou os braços. — Você xinga a minha mãe, surta e depois pede desculpas?

— Eu não tô sabendo falar por mim, precisa entender isso.

— Então precisa parar de colocar a culpa na minha mãe, ela só quer o seu bem.

— Me diga, como? — Esperou uma resposta.

— Aceite ela, não tem como voltar atrás.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Where stories live. Discover now