Paranoia

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— Pedação de chocolate! — Sophia correu até Micael, dando um abraço.

Mas não recebeu um de volta.

— O que houve? — Seu semblante mudou.

— Eu vou te contar mas... — Sentou-se no sofá, com sua companhia. — Não surta, ou pelo menos não tenta surtar.

— Se você me contar, ficaria mais fácil. — Encarou o moreno.

Ele ficou em silêncio.

— Dinah está grávida. — Observou a reação de Sophia, o corpo gelou.

Não teve o que fazer, só conseguiu vomitar no vaso de plantas que havia em cima da mesinha de centro.

Grávidas!

— Calma, Sophia. — Segurou seus cabelos. — EI, EI, CALMA!

— Calma? — Respirou fundo. — Eu tô passando mal.

— Aí meu Deus, eu acabei de voltar do hospital. Não quero ir pra lá de novo.

— Como soube disso? Ela te contou? Ela foi pro hospital? — Teve desprezo em seu olhar.

— Me ligaram na empresa e disseram que ela passou mal no trabalho, eu fui correndo pra lá. Descobri e ainda desmaiei. — Estava nervoso, era difícil de acreditar. — Eu só queria entender: Por que meu Deus?

— Vocês não usaram camisinha? Sei lá... AINDA MAIS VOCÊ! — Bateu as mãos nos joelhos.

Micael ficou quieto, encarando o rodapé da sala.

— Então é isso? Vai ficar olhando o chão ao invés de dizer alguma coisa? — Sophia estava ficando nervosa, não podia ficar nervosa.

— Calma. — Andou de um lado para o outro.

Momento paranoia!

— Eu tô calma mas ver você assim, não me deixa nada calma. — Mexeu os ombros.

— Eu só transei com a Dinah duas vezes. — Explicou pra Sophia. — E eu sou precavido com isso, uso camisinha, faço exames. Eu nunca transei com ela sem camisinha!

— Ok então, ela engravidou do Espírito Santo?

— É por isso que ela tá estranha. — Estalou os dedos.

— Ela tá estranha com você?

— Super! E descobriu que a gente foi viajar, juntos.

— Essa garota é uma vaca. — Micael aproximou-se de Sophia. — Então quer dizer que você transou com ela só de camisinha? — Sorriu.

— Aham, só de camisinha. — Sussurrou enquanto beijava Sophia, segurando seu rosto, calmamente. — Com você eu transo sem, porque não tem como você ficar grávida duas vezes. — Riram.

Os beijos ficaram fervorosos, Sophia o parou.

— O que foi, meu amor?

— Eu... Eu... — Abaixou a cabeça. — Vamos fazer isso mais tarde.

— Se você não cair no sono.

— Estou grávida!

— Eu sei. — Deu um selinho rápido. — Mas eu fico muito triste quando isso acontece, o seu pedação de chocolate. — Fez uma careta.

Sophia o beijou.

— Hum. — Encarou ele. — Voltando ao assunto da Dinah.

— Se eu transei com ela só de camisinha...

— O filho não é seu. — Sophia sorriu. — Ela te traiu, Micael! Por isso tá estranha.

— E agora tá fazendo um joguinho contra mim, disse que precisamos ficar juntos, que eu preciso morar com ela, que somos uma família.

— E agora? Como você vai parar essa garota?

— Parando do jeito certo. — Pensou rápido. — Tive um plano.

— E qual vai ser?

— Eu vou deixar ela acreditar que eu caí, como um doce muito mole. — Voltou a andar de um lado para o outro. — Vou proporcionar a ela todos os momentos, vou ser praticamente como um pai presente. — Explicou.

— E depois?

— Vou arrancar o mal pela raiz. — Sorriu, simples. — Preciso da sua ajuda nisso.

— Claro!

— Vamos investigar ela, saber de tudo o que faz. E então, eu irei saber quem é o pai dessa criança.

— Será que isso vai dar certo? — Mordeu a ponta dos dedos.

— Tem que dar! A Dinah não é tão idiota assim, então, temos que ser muito sorrateiros. — Pausou. — Qualquer deslize e tudo sairá errado.

— Tem razão! — Abraçou ele novamente. — Você estava no hospital então?

— Eu desmaiei, como uma bichinha. — Sophia riu.

— O meu pedação de chocolate desmaiando? Essa eu queria ver.

— Não queria ver não. — Voltaram a se beijar. — Eu sei que você quer ver outra coisa.

— O que? — Teve malícia em seus sorrisos.

— Vem cá que eu te mostro. — Chamou Sophia até o quarto.

Já sabemos que iria acabar em...

Uma Mãe Para o Meu Bebê Donde viven las historias. Descúbrelo ahora