Prostituto

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— Por que a sua mãe é tão chata, hein? — Sophia entrou no apartamento, junto de Micael.

— Ela simplesmente acha que ninguém liga pra nada. — Largou a chave do carro em cima da mesinha. — O que vamos comer?

— De verdade? Por mim, tanto faz. — Se jogou no sofá. — Eu só quero dormir, e esquecer que a sua mãe não gosta de mim.

— Minha mãe é louca. — Deu de ombros. A campainha tocou. — Pediu alguma coisa?

— Como iria pedir? A gente acabou de chegar. — Disse óbvia.

Micael foi atender, avistou Ken com uma caixa enorme.

— Boa noite, família. — Entrou no apartamento. Micael achou muita audácia.

Mas adorava Ken, não podia mentir.

— Oi, Ken! — Sophia abraçou o porteiro. — Como vai? O que é isso? — Apontou para a caixa.

— Deixaram na portaria, pelo que parece é alguma coisa de bebê. — Franziu o cenho tentando explicar.

— Quem deixou? — Micael foi até a cozinha, pegando uma faca. Abriu a imensa caixa.

— O entregador, pelo nome da pessoa, parece que foi aquela sua tia. — Ken sorriu para Sophia. — Então a barriga finalmente apareceu?

— E só tem a crescer. — Sophia suspirou. — Amor, quer uma ajuda?

— Não precisa. — Tirou da caixa um brinquedo, que deveria montar. Micael sorriu, não via a hora de ver o seu bebê ali dentro.

Ou melhor, o bebê de Sophia ali dentro.

— Que bonitinho. — Sophia tocou no objeto. — Amor, vamos montar?

— Agora não, amor! — Suspirou. — Temos que ler os manuais e... Vamos terminar super tarde.

— Bom, já fiz o meu trabalho, vou descer. — Ken ia saindo.

— Obrigado mais uma vez, Ken. — Micael deu as mãos para o porteiro.

— Precisando, estou às ordens. — Saiu do apartamento, Micael trancou a porta em seguida.

Sophia o encarava.

— Algum problema? — Cruzou os braços.

— Vem aqui. — O puxou pela blusa, foram até o quarto. Sophia tirou sua roupa, ficando de trajes íntimos.

Micael sorriu.

— Eu preciso te contar uma coisa. — Seu tom de voz estava sério.

— Tá mas, vamos transar primeiro? — Apontou para a cama.

— Melhor eu te contar primeiro. — Puxou Sophia pra que sentasse na cama.

— Você tá me deixando... Com medo. — Piscou rápido.

Micael se preparou pra dizer.

— Meu pai deixou a gente quando éramos mais novos, antes da minha mãe ganhar uma causa na justiça nós... Passamos dificuldade. — Lembrou-se. — Lidiane não entendia muito bem, eu era jovem, namorava, estava terminando o ensino médio. — Pausou. — Até que... Eu aceitei uma proposta idiota, pra salvar a minha mãe.

— E que proposta? — Franziu o cenho.

— Chamberling era muito amiga da minha mãe, faziam de tudo, ela era casada com o mais cobiçado de empresas. Ela cresceu o olho em mim quando fomos jantar em sua casa, e eu, tão indefeso e sem entender, acabei aceitando o que ela queria. — Suspirou. — Eu fui amante da Chamberling por dois anos seguidos, nós transávamos, eu fazia as vontades dela, e ela, me enchia de mimos. Como um garoto...

— Eu já entendi. — Sophia estava perplexa. — E por que você aceitou isso?

— Pra tirar a minha mãe da merda, ela se afundou, Chamberling pagou quase todas as dívidas. Cada relógio meu era uma grana preta. — Remexeu os lábios. — Eu me odeio por isso, hoje em dia. Chamberling não deveria ter voltado, e eu sei porquê ela voltou!

— E por que?

— Pra fazer a minha vida um inferno. Ela me quer de volta, como aquele garotinho que ela só abusava. — Pensou. — Vai ficar jogando na cara que eu dormia com ela, por causa de dinheiro.

— Sua mãe sabe disso?

— Sabe. Mas finge que não sabe. — Explicou. — Pra ela, Chamberling era uma boa amiga, e sempre foi. Sempre vai ser assim.

— Essa sua família é um circo. Eu me recuso a aceitar que a Lidiane é a única normal. — Levantou-se, ficou na frente de Micael.

— Eu queria mesmo que você soubesse, por mim, e não por aquela manipuladora barata. — Puxou Sophia pra si, segurando em seu quadril.

— Sempre vou estar do seu lado, meu amor. — Sorriu ao namorado. — Mas, fiquei curiosa com o que você disse. — Mexeu nos cabelos de Micael.

— Com o que exatamente? — Tinha um olhar sedutor.

— Então você fazia as vontades da velha? — Ele riu, negando com a cabeça em seguida.

— Tá pensando que eu sou o que? Um saco de batata? — Deitou Sophia que riu.

— Quero ver mesmo se você sabe fazer as vontades de uma mulher. — Se ajeitou nos travesseiros, recebeu os lábios de Micael nos seus.

— Ah, é? — Ficou surpreso. — Eu vou te mostrar como se faz as vontades de uma mulher.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Where stories live. Discover now