35 - Memento Mori

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Olá pessoal, desculpem se o capítulo demorou pra sair, essa semana foi meio complicadinha para a minha mente e tive que fazer algumas coisas, o que diminuiu meu tempo para escrever

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Ângelo não compareceu ao desjejum dessa vez, ainda estava com a mente presa ao sonho que teve mais cedo, foi de longe o sonho mais estranho que já teve. Ele se lembrava de tudo com uma grande riqueza de detalhes, as sensações que teve durante o sonho ainda eram bem vívidas em seu corpo, principalmente o sabor doce em sua boca. No final do sonho Anastácia deu um pouco de seu sangue para que ele bebesse, o gosto era simplesmente muito bom e difícil de esquecer.

O garoto estava muito confuso com tudo isso, foi real demais para ser apenas um sonho qualquer, fora que esta já é a segunda vez que ele sonha com a mesma mulher jovem de cabelos escuros vindo ao seu encontro. Anastácia era seu nome, ao que tudo indica é uma vampira ou algo parecido.

Nas duas vezes em que ela apareceu um sentimento estranho a acompanhou. Apesar do medo, da tristeza e da culpa sentida, este sentimento estranho sempre se sobressaía aos demais. Uma emoção que o fazia querer estar com Anastácia, de estar pensando nela o tempo inteiro, de ansiar para que ela apareça novamente quando for dormir.

Seria isso o que eles chamam de "paixão"? Ângelo estranhava essa emoção, nunca se apaixonara antes, nem mesmo por sua antiga noiva.

"Haha que maravilha, a primeira vez que me apaixono é logo por uma mulher que eu nem sei se existe, eu estar enlouquecendo de vez."

Mas claro, também houve outros elementos presentes no sonho que ele não conseguia ignorar, o principal deles era foi a frase que Anastácia disse:

"Não precisamos de luz, nós cuidamos de nós mesmos."

Essa frase, Ângelo já a ouviu antes, foi dita a ele por um dos irmãos Bloodfield no templo da lua negra. Pensando melhor, Anastácia havia dito que ela e seus amigos estavam o esperando, no total eram quatro. Anastácia, Vlaew, Barlowe e Annabeth; dois garotos e duas garotas assim como os irmãos do templo da lua negra. Os mesmos irmãos que manifestaram um interesse particular em Ângelo, querendo que ele se juntasse à irmandade.

Ele chacoalhou a cabeça para espalhar esses pensamentos estranhos, estava criando muitas teorias baseadas apenas em um sonho estranho que teve. Talvez mais tarde quando fosse conversar com Alucarda ele deva perguntar a ela se isso é algo para se preocupar, ela é a única pessoa que poderia lhe dar uma resposta agora.

E falando nela, hoje era a primeira noite em que Ângelo teria uma aula com ela. Quando deu o horário da aula de ciências o garoto ficou um pouco curioso para ver o que aquela humana faria para ensinar algo sobre um mundo que ela mal conhece.

Para a surpresa do garoto, Alucarda não se saiu tão mal quanto ele esperava, claro que ela se confundiu de vez em quando com alguns assuntos da aula, e de vez em quando eram os alunos quem se confundiam quando ela começava a falar de coisas que ninguém em Zenith sabia o significado. Como assim estrelas explodem? E o que diabos era um buraco negro? Sempre que alguém a perguntava algo ela dava uma resposta que criava ainda mais perguntas.

Quando todas as aulas acabaram Ângelo acompanhou Alucarda até um cômodo mais remoto do castelo onde poderiam discutir melhor sobre as "aulas de magia particulares".

— Qual o problema com esse mundo? Como assim existem peixes que voam? — Alucarda parecia indignada. — E por que colocaram física, química e biologia é uma matéria só? Isso só complica ainda mais as coisas!

Ângelo não pôde deixar de achar graça na situação, pelo visto a mulher saiu daquela aula de ciências mais confusa do que os próprios alunos.

Creature FeatureWhere stories live. Discover now