40 - Uma Voz Atrás de Mim

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Amo essa música, ela tocava sempre que eu jogava vampire hunters no roblox.

(mano que capítulo grande)

By the way, estou bem empolgado porque os próximos três/quatro capítulos são o quase clímax do arco, vulgo segunda parte mais tensa e importante antes do próprio clímax, então finamente algumas perguntas serão respondidas.

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Não havia testemunhas, não havia por quem chamar, estava escuro, silencioso exceto pelas risadas de escárnio.

No meio do beco escuro onde ninguém se atrevia a entrar um grupo de sete adolescentes formavam um círculo, chutando fervorosamente um outro jovem que estava caído no chão. Estava encolhido com os braços protegendo a cabeça dos pontapés violentos.

— Certo, já chega.

O grupo parou de atacar, afastando-se em seguida para que seu líder pudesse se aproximar do garoto caído. Arseth observou o jovem tremer pateticamente com a dor e o medo.

— Que decepção, não esperava que o filho do homem que matou o meu pai fosse um verme fracote! — Arseth cuspiu no garoto e grupo começou a rir.

Ângelo não entendia nada que estava acontecendo, porque do nada ele se via preso na noite em que encontrou Arseth pela primeira vez? Isso tudo já aconteceu antes, isso era um pesadelo?

"Já faz um bom tempo desde que isso aconteceu não é?"

De repente tudo congelou, os delinquentes foram petrificados com a expressão de riso em seus rostos, parecia que o tempo havia parado.

"Essa também não é a primeira vez que fomos humilhados"

A luz começou a se esvair lentamente até desaparecer por completo. Quando tudo já estava na escuridão completa ele conseguiu ouvir as risadas de novo, começaram baixas, mas lentamente ganharam volume à medida que a luz tornava o ambiente mais nítido.

Ângelo ainda estava caído com o corpo todo sujo e cheio de arranhões, mas agora não estava mais em um beco escuro, mas sim em uma sala do colégio. Em vez de delinquentes, os algozes agora eram seus colegas de classe.

Três garotos estavam batendo nele enquanto um grupo de quatro garotas assistia dando risadas.

— Ei William, trás o rosto dele aqui pra perto. — Ordenou uma das garotas.

William fez como pedido e puxou o cabelo de Ângelo, forçando-o a encarar Felícia.

— Olha só que frouxo, tá até chorando! — Ela riu. — Deixem ele aí, já foi o bastante por hoje.

O grupo começou a deixar a sala, Felícia também deu as costas, mas antes de sair ela deu um leve chute de calcanhar no garoto, lançando-o um olhar de nojo por cima do ombro.

Mesmo que eles já tenham saído Ângelo precisou de um tempo para se reerguer, essa situação era humilhante demais. Ele caminhou até as tralhas jogadas no canto da sala, onde encontrou um espelho oval, encarou a criatura patética refletida nele e uma lágrima escorreu de seu olho.

— Por que eu estou revivendo isso? Eu não quero lembrar...

Isso também era uma memória, na verdade, tudo isso pareceu ser uma reprise de algo que aconteceu no início do ano passado. Foi logo no primeiro mês de aula quando Ângelo era calouro na academia e ele não conhecia ninguém, em uma noite ele estava passando pelo corredor quando uma garota pediu ajuda para levar alguns livros para outra sala, não aconteceu nada demais, ela a ajudou com os livros e depois seguiu caminho, o problema mesmo veio depois.

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