25 - Eu Sombrio

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Então pessoas, o capítulo demorou um pouco para sair, isso porque eu estava ocupado com o enem desta semana, fora alguns probleminhas pressão baixa que tive. Além disso eu comprei uma mesa digitalizadora para tentar aprender desenho (lembram que no prefácio eu mencionei que planejava escrever esta história como uma webcomic? Pois é, hora de aprender a desenhar), por causa disso eu estive meio ocupado essa semana. Mas aqui está o capítulo, pessoalmente acho que ele ficou bem legal!

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Já era véspera do final de semana e Ângelo estava coberto de ansiedades e preocupações. Aconteceu algo na noite anterior que o incomoda até agora, algo que o acompanhou até a cama. Mesmo quando acordou seus pensamentos e até seus sentidos ainda estavam presos ao momento em que seus lábios tocaram os de Dominik. A mera lembrança do acontecido era suficiente para estremecer sua espinha.

Ele quase podia sentir o beijo acontecendo novamente, mas além disso, havia também a sensação causada pelo sangue que bebera da garota, faz tanto tempo que ele não bebe sangue de outra pessoa que até havia esquecido de como é bem mais saboroso que o de um animal.

Aquela foi a primeira vez em muito tempo que Ângelo bebia o sangue de uma pessoa, a última vez que se lembra de feito isso foi quando seus pais ainda tinham esperança que ele despertasse algum poder vampiro, deram para ele todo o tipo de sangue para o garoto tentar assimilar, mas sem sucesso.

Os principais poderes de um vampiro da subespécie Strigoi são, além dos cinco sentidos e atributos físicos extremamente acima da média, são a metamorfose e a assimilação sanguínea.

O primeiro tipo tem haver com a capacidade de transformar o próprio corpo em outras coisas, seja em uma ou várias criaturas ao mesmo tempo ou até mesmo coisas inorgânicas como névoa ou se fundir com a terra. O segundo tipo acontece ao beber o sangue, seja ele de animal ou de pessoa, o strigoi é capaz de se metamorfosear e até mesmo imitar os poderes da criatura cujo sangue ingeriu. Não é como se vampiros nascessem sabendo se transformar em lobos ou morcegos, a forma mais fácil de aprender é assimilando ao beber o sangue destas criaturas.

Ele não sentia que havia assimilado o sangue de Dominik, o que já era esperado, o problema é que depois disso sua sede parecia ter aumentado. Seu corpo clamava por mais daquele líquido, e não era pelo sangue rançoso que sempre bebia no desjejum do colégio, era específico aquele encontrado em Dominik, um que tinha gosto de vinho e não de animal morto. Isso o preocupava tanto quanto o os problemas que surgiriam caso ele acabasse se envolvendo ainda mais com ela.

Ao chegar no castelo o garoto foi direto para o salão de jantar, sua sede estava em um nível inexplicavelmente alto, sem qualquer cerimônia ele encheu um copo com sangue e o esvaziou em um gole. Mas não foi o suficiente e sua boca logo viu outra rodada da bebida descendo garganta a dentro.

Depois de dois copos a sede finalmente alcançou um nível aceitável de alívio, considerando que um vampiro nunca estará plenamente saciado. Mesmo após terminar seu desjejum o garoto continuou parado diante do ponche com dois filetes vermelhos escorrendo pelos cantos dos lábios, o paladar ainda sentia o gosto do sangue. Apesar de ter diminuído sua fome Ângelo sentia que faltava algo em sua fonte de alimentação.

Ele passou o dedo no líquido que escorria de sua boca e depois o lambeu, o sabor parecia diferente, como se tivesse ficado mais fraco. Não, não é que o sabor tenha enfraquecido, mas na noite quando bebeu o sangue de Domink sua língua e seu corpo inteiro entraram em contato com algo muito bom, algo sem comparação com a ração rançosa que ele acabou de beber. Na verdade, nem mesmo em sua casa cuja bebida não era servida de um animal qualquer se comparava àquele sabor.

— Ei fantasma!

Ângelo escapou de seu transe quando ouviu Lykania lhe chamar, ela estava sentada em uma das mesas com seu grupo de amigas.

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