44 - O Necromante

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ATENÇÃO: Este capítulo pode ser um pouco amedrontador para as pessoas mais sensíveis (e olha que eu dei uma aliviada, porque até eu me assustei com o que estava escrevendo), então se você for muito sensível ao terror, recomendo não ler. Aos que resolverem continuar recomendo ouvirem o áudio desse capítulo para ter uma melhor imersão, boa sorte!

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 O lustre insistia em continuar a balançar, sua dança provocava um assobio semelhante a um gemido lamentoso, era de dar arrepios em quem quer que se encontrasse sozinho naquele andar

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O lustre insistia em continuar a balançar, sua dança provocava um assobio semelhante a um gemido lamentoso, era de dar arrepios em quem quer que se encontrasse sozinho naquele andar. Mas o objeto não era o único a lamentar, havia uma garota na casa que também chorava, Isabel se via incapaz de segurar as lágrimas.

— E você vai saber sair daqui sem morrer? Lembra que Raum disse para tomar cuidado com os fantasmas da casa.

— A gente já vasculhou essa casa de cima a baixo e não encontrou nem os fantasmas e nem a porcaria do livro preto, que se dane se isso foi ordem do meu tio ou daquele esquisitão mascarado, eu tô fora. — Replicou Arseth indo para o corredor.

— De qualquer maneira, o garoto tem razão sobre uma coisa, a gente já vasculhou todas as salas, deixamos alguma coisa passar? — Indagou Franklin.

— Eu acho que aquele cara é louco. — Disse Rosemary. — Fala sério, fantasmas? Livro de magia? Isso é tudo lorota pra assustar crianças, Fulgur deve estar ranzinza por causa da idade, só assim para acreditar na baboseira do "espírito de Sagitário". Vamos sair logo daqui.

Rosemary empurrou Isabel que ainda estava assustada, ainda chorando. Os três encontraram Arseth no corredor.

— Dá pra fazer essa vadia calar a boca?

Arseth desferiu um soco contra a barriga de Isabel, fazendo-a engasgar com a extrema dor.

— Ei pirralho, o que você pensa que está fazendo?! — Rosemary se intromete. — Eu não me lembro de ter de dado permissão pra tocar na garota!

— Se não queria que eu fizesse isso então mandava ela calar a boca!

— Escuta aqui seu moleque! — Rosemary se pôs na frente de Arseth. — Vou dizer em alto e bom tom para que fique claro, a filha de Velkan é MINHA, entendeu?! Se ela morrer eu mato você como matei o irmão dela, não ligo eu e seu tio estamos do mesmo lado, fui clara?!

Arseth não respondeu, mas ele recuou um passo, foi o suficiente para Rosemary entender que o assustou. Pelo pouco que a mulher presenciou, Arseth era um valentão mimado que nunca foi contrariado antes, fosse porque tinham medo por ele ser um classe alfa ou o tio dele ser um criminoso notório. Ele era quase tão patético quanto o outro garoto que morreu lá atrás, e falando nele, Franklin de repente falou.

— Ei, por que foi que eu não transformei o cadáver do garoto em um dos meus servos? — O doutor tinha uma expressão confusa no rosto, parece que nem ele estava acreditando na própria demência. — Me esperem um pouco, volto logo.

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