63 - Pondo As Cartas Na Mesa

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Sabe aqueles capítulos que você demora pra escrever e quando termina percebe que tava uma merda, aí você apaga tudo e escreve de novo? Bem, foi o caso deste aqui :\

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Lykania não sabia o que esperar desta conversa, apenas aceitou vir porque não parece que havia outra opção exceto confiar na mulher que tentou apagar sua memória não uma, mas duas vezes. A garota só confiava porque Ângelo estaria ao seu lado o tempo todo.

A cara que a mulher fez ao lhe ver em sua sala foi engraçada, o susto que ela levou foi um pouco cômico.

— Ângelo, ela...

— Ela se lembra do que aconteceu na mansão, e não é só isso, tem coisas estranhas acontecendo com ela também.

— Ela lembra?!

Foi ainda mais engraçado ver a cara dela quando não sabia o que fazer, provavelmente pensando "droga, como vou lidar com essa pirralha agora"?

— Isso é estranho, ilógico, não faz o menor...

— Você não vai apagar minha memória de novo, vai?

Alucarda suspirou, não sabia se dava para confiar nessa garota e quanto menos pessoas soubessem de seu segredo melhor. Porém, já era a segunda vez que ela se recupera de uma lavagem cerebral, e se considerar que ela também foi capaz de resistir à possessão de Granfalloon, não é preciso muito para saber que uma terceira tentativa seria insistir no erro.

— Não vou insistir no erro, mas...

Por tudo o que é mais sagrado, o que ela deveria fazer agora?

— Não é porque ela resistiu ao feitiço que isso signifique uma presença sobrenatural, ela pode só ser resistente ou sei lá, nunca vi um lobisomem na minha vida.

— Tá, mas não é só isso, tem acontecido outras coisas também.

— Tipo?

Os dois jovens se entreolham por um instante, parecendo guardar um segredo vergonhoso de ser contado, ou que tinham medo de ela não achar que seria um problema relevante.

— Além dos pesadelos... Além disso eu comecei a ter sede de sangue.

— E o que seria isso?

— É o significado literal da frase, ela começou a ter vontade de beber sangue. — Ângelo completou.

— E isso não é normal?

— Não em um lobisomem.

Franzindo uns olhos, Alucarda mais uma vez puxa um gole de ar enquanto massageia as têmporas, provavelmente achando que os dois estavam fazendo tempestade em copo d'água. Mas é compreensível considerando que ela não sabe de quase nada sobre este mundo.

Lykania ouviu de Ângelo que esta mulher veio de outra dimensão, outro mundo igual um alienígena, ao menos é que o ela sempre diz. Isso era muito difícil de acreditar, mas vendo-a de perto errar coisas que são consideradas senso comum confirma a sua narrativa, por mais inacreditável que seja.

— Olha, eu não entendo nada sobre "sede de sangue" ou qualquer coisa parecida, o máximo que eu posso fazer é observar se há algum vestígio de magia nela.

— Pode fazer isso?

— Posso, mas não agora, preciso fazer toda uma preparação antes, além de que estamos cercados de gente aqui. Sábado nós dois vamos começar aquele ritual que eu mencionei antes, aí eu aproveito e vejo se tem algo errado com sua amiga.

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