61 - O Horror de Erich Zann

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Então pessoas, desculpa a demora, o capítulo estava ficando muito grande então eu resolvi dividi-lo em dois. Até porque eu ainda estou terminando de escrever a outra parte, então para evitar uma demora ainda maior vocês vão ficar com esse capítulo mais leve, mas ainda assim muito esclarecedor sobre uma "certa coisa".

Espero que gostem!

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— Verdade ou desafio?

Os olhos de Velkan piscam rapidamente antes de balançar a cabeça, confuso.

— O quê?

— Verdade ou desafio cara? — Repetiu Faraday.

O garoto olhou para a garrafa no meio do círculo que apontava em sua direção, seus amigos esperavam por uma escolha. Ele sentia como se tivesse acabado de acordar de um grande sonho que agora não conseguia mais lembrar, agora havia essa sensação de não pertencimento, de estar no lugar errado.

— Desafio.

— Muito bem, te desafio a dançar alguma coisa.

— Sério Faraday? Não conseguiu pensar em coisa melhor? — Intrometeu-se Ítalo.

— Cala a boca nerd, eu quero ver o que ele vai fazer.

Velkan ignorou esta sensação estranha de deslocamento, levantou-se do círculo e foi em direção a uma garota específica, os lábios dele formavam um sorriso sedutor e seu olhar felino focou totalmente em sua "presa".

— Quer dançar comigo? — Ele lança um sorriso sedutor enquanto estende a mão.

Nadesha o encara surpresa, mas não pensa muito antes de aceitar sua mão e os dois se juntarem em algum tipo de dança. Não era algo muito complexo, e nem precisava ser, os dois estavam se divertindo em seus passos desajeitados e só isso importava.

— Se pisarem em mim eu juro que mato vocês! — Regina ameaçou antes de se deitar mais perto do círculo de amigos. — E mato você também que deu a ideia pra eles! — Ameaçou apontando para Faraday.

A dança dos dois jovens continuou por mais um minuto antes de terminarem com um beijo apaixonado, profundo e demorado, algo de tirar o fôlego e despertar inveja nos solteiros que assistiam a cena.

— É por isso que eu odeio casais. — Ítalo reclamou, claramente sentindo inveja.

— Deixa de ser invejoso cara, um dia você consegue uma namorada. — Faraday envolve o braço por trás do pescoço da garota ao seu lado, beijando-a antes de voltar a dizer. — Quer dizer, pode parecer impossível, mas tenho certeza que ao menos uma garota vai gostar dessa coisa horrorosa que é a sua cara.

— Engraçado Faraday, muito engraçado, haha! — Ítalo responde com sarcasmo.

— Qual foi nerd? Erich também tá sozinho e tá de boa. — Respondeu Vicky, a namorada de Faraday.

— Erich tá tão de boa que eu já perdi a conta de quantas garrafas ele já bebeu!

Foi só tocar em seu nome que o garoto resolveu quebrar o silêncio no qual permanecera desde o início do jogo.

— Eu... Eu tenho que ir encontrar um amigo.

Ele estava se preparando para se levantar e sair quando sentiu uma mão agarrar seu braço, virou o rosto e encontrou os olhos castanhos de sua inimiga de infância fitando-o com seriedade.

— Nem tente fugir, cowboy. — Alertou Regina, sua voz demandava obediência.

Ela ainda se refere a ele pelo apelido de infância, algo que lhe foi dado apenas por ele gostar de andar de chapéu.

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