Impermanência (PT-BR) PARTE I

Capítulo 124

Capítulo explícito. Contém cenas R18 (estupro, violência, linguagem grosseira)

Pá!

Zong Zi Heng deu um tapa firme no rosto de Zong Zi Xiao. Várias marcas vermelhas apareceram de repente no rosto pálido e bonito, que eram mais deslumbrantes do que o sangue em seu corpo.

"Você..." Zong Zi Heng estava com tanta raiva que tremia, "Não importa o quão absurdo você seja, como você pode abusar da humanidade..."

"Humanidade? Você e eu não somos irmãos de sangue, que humanidade?" Zong Zi Xiao usou o polegar para acariciar levianamente sua bochecha esbofeteada: "Além disso, um pecador que matou seu pai e irmãos também é digno de mencionar 'humanidade'?"

O rosto de Zong Zi Heng ficou vermelho e branco. Pelo olhar arrogante de Zong Zi Xiao, ele podia ver que esse homem estava falando sério. O irmão mais novo que ele criou com uma mão, de um garotinho coquete em seus braços desde a infância, agora havia se tornado um homem completamente desconhecido, forte e poderoso, e até queria...

Quando ele ouviu que o Demônio Supremo entrou no mundo de cultivo imortal do nada, ele nunca teve medo. Quando os dois lutaram desesperadamente, ele nunca teve medo. Mesmo quando ele acabou de enfrentar o momento de vida ou morte, ele ainda não estava com medo. Mas agora, ele estava com medo.

Ele já estava exausto. Com o corpo cheio de feridas, ele ainda recuou com esforço inútil, até que suas costas estavam contra o espaldar da cadeira, que era esculpida com dragões e fênix. Sentado no topo desse trono, que simbolizava poder e honra, deveria estar o predador e o portador da espada, porém, a situação se inverteu completamente. Ele se tornou um peixe na tábua de cortar.

Zong Zi Xiao o arrastou de volta, agarrou sua mandíbula com uma mão e usou seu olhar para traçar esse rosto pálido, desarrumado, mas ainda extraordinariamente bonito. Um desejo reprimido por 10 anos e que não tinha para onde escoar clamava em seu peito naquele momento. Seu coração batia forte e ele disse com voz rouca: "Irmão mais velho, você nunca deve ter pensado nisso. Quando finalmente entendi essa coisa, me aliviei secretamente à noite pensando em você." Durante sua juventude ignorante, ele não escondeu mais sua possessividade em relação a essa pessoa. Uma vez em sua mente, seu irmão mais velho era a pessoa mais perfeita deste mundo. As coisas eram diferentes agora. Seu carinho se transformou em ódio, mas ele ainda queria possuí-lo.

Olhando para a expressão horrorizada de Zong Zi Heng, suas emoções ficaram ainda mais prazerosas em um estado mórbido: "Ainda bem que sua noiva naquela época morreu cedo, caso contrário, eu a teria matado com minhas próprias mãos agora."

"...Suma!" Zong Zi Heng recusou com todas as suas forças. Ele pôs a mão naquele peito duro e robusto, como se resistisse a uma parede que não se movia nem um pouco.

Zong Zi Xiao fixou seu olhar, olhou para a pessoa abaixo dele e soltou um suspiro leve e caloroso, como se estivesse torcendo implicitamente pelo tesouro que obteve com inúmeras dificuldades. Depois disso, ele virou violentamente a pessoa e rasgou aquele luxuoso manto imperial.

"Seu bastardo, besta!" Zong Zi Heng empalideceu de medo. Ele nunca sofreu esse tipo de humilhação. Ele exerceu toda a sua força e começou a lutar. Esse movimento agravou suas feridas internas e externas. A seda dourada e a almofada bordada com nuvens estavam pingando sangue por toda parte, deixando-o ainda mais fraco.

Zong Zi Xiao tirou o cinto de jade em volta da cintura e amarrou suas duas mãos no braço do trono. Aquele manto imperial estava esfarrapado com o duelo e foi incapaz de suportar o rasgo de Zong Zi Xiao. Logo, não conseguiu cobrir o corpo.

Ambas as mãos de Zong Zi Heng foram amarradas e ele foi forçado a se ajoelhar sob Zong Zi Xiao com suas roupas desgrenhadas. Seu cabelo preto estava solto, uma grande parte de suas costas brancas como a neve estava exposta pelas roupas rasgadas e suas bochechas estavam vermelhas até a raiz das orelhas. Um par de olhos negros estava cheio de vergonha e terror, como um cervo trêmulo sob as presas de uma fera.