5 - Primeira Pista

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Olhei de novo para o prato de comida na minha frente, era intervalo, era pra mim comer a comida que me deram, mas as palavras de meu pai não saiam da minha cabeça. "Vamos ter que dar um toque de recolher". Foi o que ele me disse depois que seus parceiros examinaram o local e o corpo da vítima. Mas nada era suficiente pra mim, e esse toque de recolher me parece um grande problema. Olhei de soslaio para o ser que estava sentado ao meu lado e o vi passar a língua nos lábios e depois morde-los de uma forma sedutora. Isso vai acabar tirando minha concentração, preciso focar no caso do Gap Dong, eu preciso evitar a próxima morte, mais gente inocente vai morrer se eu ficar parada e não tentar descobrir pelo menos uma pista de quem é o assassino.
- Você vai me perseguir até quando garoto? - Indaguei virando o rosto para encarar o suposto garoto que auto-se-intitula Taehyung.
- Eu vou te perseguir pra te proteger. - Retrucou ele parecendo entediado, mas o sorriso perigoso ainda estava em seus lábios, não parecia ser um sorriso cheio de malícia, apenas um sorriso divertido, como se ele estivesse se divertindo, mesmo com cara de entediado.
- Não precisa se preocupar o Gap Dong não vai me matar, eu vou prender ele antes que ele consiga fazer qualquer coisa contra mim. - Expliquei voltando a encarar meu prato de comida, eu não gosto de desperdiçar alimentos, mas realmente não sinto que vou conseguir comer aquilo. Mesmo que parecesse delicioso. Peguei o garfo e cutuquei o arroz e o feijão tentando despertar minha fome, mas não obtive sucesso.
- Não me importo com um serial killer de quinta categoria dessa cidade idiota. Me importo em manter você segura. - Disse ele seriamente, e eu pensei na probabilidade de acerto caso eu furasse a mão de Taehyung com meu garfo, eu estou tentando pensar em coisas úteis e a presença dele não está me ajudando.
- Você é um tremendo imbecil, não é? - Perguntei com desinteresse e recebi um olhar reprovador do rapaz, mesmo eu não olhando na cara dele, podoa sentir o peso de seu olhar sobre mim.
- Deveria se sentir agradecida por eu estar cuidando de você... - Começou ele e eu o interrompi indignada.
- Eu não quero que cuide de mim, eu não preciso de escolta masculina pra sobreviver! E você só está me perturbando! - Desabafei alterada e senti o olhar de alguns alunos que estavam perto da minha mesa me olharam com aquele olhar de diferença eminente. Ótimo, agora vou ser considerada uma estranha maluca também! Cada minha amiga falando nisso. Não que ela seja maluca, mas eu nao a vejo desde que bateu o sinal do intervalo. Será que ela está abordando algum detetive do meu pai pra ver se descobre algo?
- Você não vai conseguir se defender de um ser sobrenatural sua humana imbecil. - Rebateu Taehyung me tirando bruscamente de meus devaneios. Depois dessa, eu fiz questão de olhar pra cara dele para o fulminar com um olhar mortal.
- E você é um ser sobrenatural? - Indaguei sentindo meu sangue ferver e ele assentiu.
- Sim. Um anjo caído, buscando perdão dos céus pra poder voltar para casa. E por isso estou fazendo uma boa ação cuidando de você.
- Tabom, vou fingir que acredito - Falei abrindo um sorriso de desconforto e então coloquei o garfo sobre o pulso de Taehyung que estava com a mão pousada na mesa, com os dentes do garfo apontados para as veias dele. - Então você não passa de um golpista, achando que se fizer uma boa ação me protegendo de um demônio ou sei lá o que, o papai do céu vai te perdoar e deixar voltar para a casinha tocar arpa com os irmãozinhos? - Indaguei ameaçando furar o pulso dele e Taehyung abriu um sorriso, pegou na minha mão que eu estava segurando o garfo, e então olhou dentro dos meus olhos.
- Acredita no sobrenatural Alícia? - Ele me perguntou, eu percebi que alguém chegou na mesa, bem próximo e então ele impulsionou minha mão pra baixo, afundando os dentes do garfo dentro do pulso. Meu máxilar enrijeceu. Eu arregalei os olhos perplexa, escutei a pessoa que se aproximou arfar e então Taehyung tirou o garfo do pulso, começou a escorrer sangue, eu não disse nada, ele ainda olhava dentro dos meus olhos, os olhos escuros de Taehyung mudaram de cor, para um cinza diferente do que um dia eu já vi, eu olhei para o pulso dele e o sangue vermelho começou a se dissolver no ar, como se fosse areia, e então a pele que foi furada, se fechou. Como se ele tivesse se regenerado. Na verdade, ele se regenerou.
- Isso foi interessante palhacinho imbecil - Disse a pessoa que havia assitido àquele... Sei lá como dar um nome pra atitude mazoquista que Taehyung fez. Mas sei que ela me deu um chocolate. Era Mallya. Minha amiga. A única que não me acha louca, nem uma emo gótica das trevas, e a única que veria uma cena daquelas sem gritar. Além de mim.
- Oi.
- Oi Alícia. - Disse ela me entregando um caderno de anotações - Trouxe um chocolate porque eu sabia que você não ia conseguir comer a comida da escola, tudo culpa do Gap Dong, e... nesse caderno. - Ela continuou dizendo enquanto abria o caderno de anotações, que agora estava repousado em cima da mesa enquanto eu abria meu chocolate - Temos uma pista.

 - Ela continuou dizendo enquanto abria o caderno de anotações, que agora estava repousado em cima da mesa enquanto eu abria meu chocolate - Temos uma pista

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"Ah e Jeniferfang, obrigada pela capa maravilhosa"

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