7 - Detetive vs Psiquiatra

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  Finalmente o período de aula acabou! Agora eu vou ter internet e vou pesquisar mais pra saber mais sobre o caso do Gap Dong, e também vou precisar juntar as últimas informações do primeiro padrão com o novo padrão do assassino. Tenho muito a fazer, e to ansiosa pra almoçar, meu estômago tá roncando. E ainda bem que o Taehyung sumiu, aquele garoto estava deixando os nervos da Mallya à flor da pele.
  - As duas e meia você vai pra minha casa? - Perguntou Mallya andando ao meu lado enquanto nos dirigiamos pra fora da escola, BamBam já estava à caminho para nos encontrarmos nos portões.
  - Sim. - Confirmei pescando meu celular no bolso para verificar o horário atual:
12:35
  - Ok, eu vou colocar as anotações junto ao nosso mural dos crimes que a gente já investigou do Gap Dong. - Avisou Mallya e BamBam esbarrou em mim, no mesmo instante que Jaebum esbarrou na Mallya, esses irmãos que a gente tem não batem muito bem da cabeça.
  - Por que vocês estavam correndo? - Indaguei nervosa, as vezes até parece que sou eu a irmã mais velha e o BamBam o caçula. Mallya entregou a mochila pro Jaebum, seu irmão e então voltamos a percorrer o caminho de sair da escola enquanto BamBam explicava ofegante o porque dele estar correndo.
  - É que eu e o Jaebum provocamos alguns pirralhos do primeiro ano na semana passada, e daí eles trouxeram os valentões que nem são da escola pra acertar as contas com a gente hoje. - Respondeu BamBam dando risada, Jaebum estava ofegante mas mesmo assim estava rindo.
  - Eles eram tão gigantes que nem mesmo aguentaram correr alguns quilômetros pra nos alcançar! - Jaebum exclamou rindo e eu e Mallya nos entreolhamos, em seguida fizemos o que sempre fazemos quando esses dois aprontam esses tipos de coisa. Os pegamos pelas orelhas e arrastamos até o carro de nossos pais. No portão da escola, Mallya e Jaebum foram pra um lado e eu e BamBam fomos pro outro. Até o carro da nossa mãe.
  - Vê se não perturba mais os pestinhas do primeiro ano! - Repreendi-o e então soltei sua orelha, BamBam entrou no carro resmungando e eu entrei logo a seguir.

No almoço

  Coloquei mais uma colher de comida na boca esperando meu pai continuar a contar as coisas que descobriu sobre a vítima do terceiro assassinato, bem no fim era tudo a mesma coisa, meu pai parecia exausto e inconformado, mamãe ficava me repreendendo por querer saber sobre isso, dizendo que isso só geraria mais noites de sono ruim, mas eu não me limitei às informações, eu precisava de mais, alguma coisa que fosse fundamental, talvez até mesmo a chave pra abrir a porta das revelações e acabar com o caso. Mas estava tudo na mesma, os detetives não encontraram nada de diferente, e nem mesmo um rastro de um possível DNA. Nada.
  - Pai, e se... - Eu vou contar pra ele o fato sobre as flores, quem sabe ele por ser mais experiente consegue pensar em mais coisas, do que eu e a Mallya já concluímos - E se dentro do padrão do Gap Dong, tivesse um outro padrão, um que o próprio assassino segue pra organizar suas mortes?
  - Como assim Alícia? - Indagou meu pai, já percebi que despertei a curiosidade dele, e do BamBam também já que ele largou o celular pra voltar a comer, enquanto me olhava atento.
  - Lá vem a futura detetive solucionando mais um caso impossível... - BamBam falou me dando um empurrãozinho no ombro.
  - Bem - Comecei, sentindo um frio se espalhar pela minha barriga - A Mallya analisou mais a fundo as cenas das três primeiras vítimas do Gap Dong, e chegou a uma conclusão de que, talvez o Gap Dong use as flores como algo simbólico pra fazer seus assassinatos.
  - Como assim minha filha? Como se o assassino estivesse fazendo sacrifícios com as vítimas? - Indagou meu pai mais curioso e minha mãe começou a fazer cara de horror.
  - Meu Deus do Céu, do que esse monstro é capaz de fazer! - Exclamou ela arregalando os olhos e eu lhe lançei um olhar de compreensão, eu sei que deve ser difícil encarar essas coisas tão diretamente.
  - Eu não tinha pensado na ideia do sacrifício - Continuei a explicar - Mas eu e a Mallya chegamos a entender que o significado das flores leva a descobrir-mos o local da morte.
  - Como assim? - Meu pai persistiu e eu voltei meus pensamentos nas anotações da Mallya, relembrando os fatos.
  - A flor do primeiro caso era uma rosa azul, pelas anotações que a Mallya fez, a flor azul significa haver um laço afetivo forte e está relacionado ao céu e ao mar. A primeira vítima foi encontrada na praia, perto do mar, e estava debaixo do céu aberto. Exposta para todos. A segunda flor que foi roxa está relacionada a mistério e a um estado de paz interior ao mesmo tempo. E a vítima foi encontrada no túnel do mistério, no parque da cidade.
  - E a terceira flor? - Indagou meu pai.
  - Essa é a única que ainda não teve uma solução. - Expliquei e meu pai coçou a nuca enquanto refletia.
  - Alícia, você e a Mallya tem razão nessas conclusões, se o psicopata for um louco mesmo, é bem capaz que esteja seguindo um próprio padrão determinado pelas flores. Eu vou falar com os detetives e vamos chamar uma psiquiatra pra nos dar mais informações.
  Uma psiquiatra?!!

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