129 - Perseguição

432 66 6
                                    

  Meu coração até parou ao ouvir aquilo, resolvi apertar a chave da moto com força dentro da minha mão na tentativa falha de manter minha respiração controlada, eu estava prestes a entrar em pânico, mas estava tão calma por fora que chegava a me assustar.
  - A gente precisa achar o Tae. - Falou Mallya pondo seu capacete enquanto eu colocava o meu - Se o Gap Dong armou tudo que fez pra incriminar o Tae durante as últimas semanas, quer dizer que hoje ele vai tentar dar o cheque-mate, e temos que impedir isso. - Disse ela e eu liguei os pontos.
  - É isso! - Falei eufórica - O Gap Dong ligou todas as vítimas com o Tae desde o início porque pretendia incrimina-lo em um dos assassinatos, pra poder limpar a própria barra. Ele vai usar o Tae, sem ele não há como o Gap Dong se safar!
  - Isso! - Concordou Mallya e eu senti adrenalina jorrar violentamente nas minhas veias.
  - Você sabe onde ele está? - Perguntei e a Mallya pegou o celular no bolso.
  - Ele disse que ia pra casa dele, mas eu vou rastrear o celular pra ver onde ele está. - Avisou ela e então subimos na moto, não esperei por mais nada, já que meu pai não atendia minhas chamadas, e agora já sabíamos o que fazer simplismente liguei a moto e sai cantando pneu.
  Mal passei duas quadras e a Mallya já começou a me informar sobre o paradeiro do Tae.
  - Ele está num bar, perto da casa dele, é o bar do Louis. - Avisou e eu parti em direção ao velho bar que beirava a praia, era um estabelecimento bem antigo, o mais antigo da cidade, e os únicos que iam até lá eram bêbedos que sofreram muito durante a vida, o que o Tae está fazendo num bar desses?
  - O Tae está andando? Ou simplismente parado no bar? - Perguntei fazendo uma curva para entrar na avenida.
  - Estou puxando as imagens da câmera do bar pra ver o que ele está fazendo, - Respondeu ela e segundos depois acrescentou - Parado bebendo no balcão junto com alguns senhores de idade, e ele parece estar bem bêbado. Está quase caindo do banco. - Informou ela e eu senti um pouco de aflição no tom de voz dela. O que me levou a acelerar mais a moto.
  - E as imagens das câmeras na rua da minha casa? - Perguntei e ela demorou um pouco pra responder, mas antes de andar mais uma quadra ela já estava me respondendo.
  - Eu peguei as imagens do mesmo horário em que jogaram a pedra ontem, não tem ninguém na rua, em lugar nenhum, nenhuma das vinte câmeras da região pegou ele, e eu pesquisei nas câmeras das outras ruas pra ver se aparecia algum possível suspeito de ter tacado a pedra, mas não tem ninguém! - Disse indignada - O único que aparece é o Tae com sacolas nos braços e copos de café e chá nas mãos do momento que ele tinha ido buscar café da manhã pra gente. - Informou ela e eu avistei o bar do Louis, com suas paredes a mostrar tinta descascada numa cor branca envelhecida, e o interior do bar, mas quando passei na frente e parei a moto não avistei o Tae. Em lugar nenhum.
  - Mallya... - A chamei preocupada e ela desceu da moto com o celular na mão.
  - Eu perdi o sinal do celular dele, estou invadindo o sistema das câmeras das ruas dessa região pra ver se o encontro. - Avisou ela e eu coloquei as mãos no capacete, naquele momento me deu vontade de coçar os olhos ansiosa, mas eu não o fiz por causa do empecilho na minha cabeça, o capacete.
  Em menos de segundos a Mallya voltou pra moto.
  - Ele está a seis quadras daqui, está correndo na direção da igreja central, e parece estar com muita pressa pra chegar lá. - Informou e eu liguei a moto e parti novamente, desta vez entre as ruas que a Mallya me indicava, para conseguirmos chegar ao Tae, antes que ele chegue acidentalmente ao Gap Dong. Cretino! O Gap Dong armou tudo, não sei como ele fez exatamente, mas ele armou muito bem, por causa da energia obscura que ele carrega acabou atraindo o Tae pra cena do crime, e se o Tae chegar lá levando em consideração que a Polícia também suspeita dele, a situação vai ficar muito ruim!
  - Quanto tempo temos até a hora em que o Gap Dong mata suas vítimas? - Perguntei, de acordo com as últimas vítimas ele as matou exatamente as oito da noite, e agora precisávamos impedir tanta coisa que eu me sentia sufocada por não ter tempo. E ansiosa por saber onde estava minha mãe.
  - São 19:50. - Avisou e eu acelerei a moto. O tempo estava acabando. Peguei meu celular no bolso e mesmo dirigindo liguei para o BamBam. No segundo toque ele atendeu, e eu nem precisei falar nada e ele já me informou.
  - A mãe não está no hospital. - Disse, meu coração pesou no peito, então eu desliguei, ligando logo em seguida pro Jaebum. No primeiro toque ele atendeu.
  - Aconteceu algo? - Perguntei ao escutar sirenes.
  - Eu não estou conseguindo chegar até lá, bloquaram tudo, tem faixas da polícia pra todo lado por dois quarteirões. - Informou e eu desliguei o telefone engolindo em seco.
  Será que meu pai está tentando evitar o próximo assassinato ou já aconteceu? Acelerei tudo que podia na moto.

PRISON IWhere stories live. Discover now