75 - Ex Namorado

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- Peço que se retirem. - Retomou ela e Mark se aproximou.
- Lamentamos a sua perda Senhora, mas deixe-nos colher mais informações, por favor, pela sua filha. - Mark tentou persuadi-la e pareceu deixar a mulher ainda mais brava.
- Está insinuando que eu não me importava com a minha filha? - Indagou ela acusadora e Mark recuou um passo pra trás se fechando, por um momento eu pensei que ele endureceria sua feição e faria algo contra ela, mas ele apenas recuou, e seu semblante ficou impassível. Foi então que eu me pus na frente dele, pra tomar as rédeas da situação.
- Senhora Amatis entenda, estamos numa investigação policial, eu sei que está passando por um momento difícil, mas eu preciso trabalhar e descobrir quem é esse assassino e impedi-lo de matar mais alguém como aconteceu com a sua filha. - Comecei a dizer, eu não queria afronta-la, mas eu vim aqui por respostas, e não vou sair de mãos vazias - Peço que me deixe interrogar vocês, caso contrário vou informar o meu pai que a Senhora não disse tudo o que realmente era necessário nos depoimentos. E então será ele e os investigadores que virão aqui tendo-a como uma suspeita. - Terminei de falar e vi o rosto da mulher ficar vermelho de raiva, será que eu piorei a situação?
- Está dizendo que fui eu quem matei a minha própria filha?!! - Bradou e eu engoli em seco, agora eu tenho certeza que fiz besteira.
- Não. - Respondi firme, contendo o meu receio - Apenas constatei que a Senhora não disse o suficiente no seu depoimento enquanto zelava pela imagem de sua família e por isso pode ser considerada uma suspeita, ou até mesmo cúmplice do assassino. - Completei e vi a mulher engolir em seco, ficando branca que nem papel.
- Eu não vou falar com vocês. - Respondeu com dureza depois de um silêncio assustador que tinha se instalado, e Eliza a encarou estupefata - Mas a minha filha sabe o que aconteceu melhor do que ninguém durante o namorico da Antônia, e por isso podem conversar com ela, eu preciso me retirar. - Completou e sem dizer mais nada saiu da sala, bufando.
- Não se importem, daqui a duas semanas ela não vai nem se lembrar quem são vocês. - Disse Eliza e então veio até o sofá, indicando que era pra nos sentarmos também, eu nem acreditei que deu certo. To ficando boa em falar com as pessoas! Kkkkkk.
- Você sabe tudo que aconteceu? - Perguntei ao me sentar e Eliza suspirou, os olhos pareciam cansados como se ela não dormisse à dias.
- Eu sei algumas coisas, espero poder ajudar, só peço que dêem o direito da minha irmã descansar em paz, prendendo esse assassino. - Disse e então nos observou, parecia realmente acreditar que faríamos alguma coisa, e eu pretendo fazer tudo o possível por esta causa, as pessoas dessa ex-pacata cidade precisam ter uma vida tranquila, e o Gap Dong está acabando com isso.
- Pode ter certeza disso. - Confirmei e ela comprimiu os lábios num sorriso cansado.
- Bem, o ex-namorado dela em si não era tanto o problema. - Contou e eu arqueei as sobrancelhas confusa.
- Como assim?
- Ele tinha um amigo, ele era bem estranho, tinha uma mania terrível de aproximação e ficava dizendo pro Tailer dar flores pra Antônia. Toda vez que ele vinha a ver, escondido dos meus pais porque eles não gostavam dele por que ele era pobre, ele sempre trazia flores, eram rosas vermelhas. - Disse ela e seus olhos se encheram de lágrimas, o que a fez olhar pra janela tentando disfarçar, tinha começado a chover.
Eu conheço uma pessoa que tem mania de aproximação, mas não acho que seja o mesmo, seria muita coincidência...
- Você se lembra do nome do amigo do Tailer? - Perguntei e ela voltou seu olhar pra mim pensativa.
- Fazem quatro mêses, eu não me lembro direito, acho que era Taehan, Taehyen... - Ela começou a dizer pensativa e eu gelei.
- Taehyung? - Perguntei e ela assentiu positivamente.

- Mallya on-

Tae abriu o armário e então várias flores caíram, eram rosas vermelhas e acompanhadas delas um tênis todo sujo de barro, não era velho, era um tênis novo, porém estava sujo.
- Você precisa limpar esse tênis. - Comentei e ele deu uma risadinha sem graça, enquanto ele tentava guardar as coisas que caíram eu me abaixei pra pegar os tênis.
Ele recolheu as flores e alguns papéis que também tinham caído e então guardou de volta no armário, quando foi pegar os tênis das minhas mãos para guardar, eu vi algo que me chamou a atenção, e assim que ele tentou pega-los eu me esquivei impedindo.
- Tae o que é isso? - Indaguei, embaixo do tênis estava cheio de sangue seco, não era apenas lama, o tênis também estava com sangue, e não parecia muito velho. Quando olhei pra ele o vi engolir em seco e me olhar seriamente.

PRISON IWhere stories live. Discover now