18 - Depoimentos Fracos

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  - Você vai embora garoto! - Rebateu Mallya e ele sorriu minuciosamente.
  - Não, eu não vou, eu vou ficar aqui e vigiar vocês para que fiquem seguras. E talvez eu durma um pouco também. - Quando terminou de dizer já se direcionou para a cama da Mallya.
  - Se você tentar deitar na minha cama comigo eu vou fazer sushi de você. - Advertiu Mallya mostrando a katana para que ele tivesse nitidez do quão afiada era a lâmina. Mas ele ignorou e se deitou mesmo assim. Fazendo a Mallya soltar a katana e segurando os pulsos dela pois suas mãos sobre a cabeça, alargando o seu sorriso até ele se tornar malicioso. E eu tenho certeza que a Mallya deixou que ele fizesse isso, porque ela jamais soltaria sua katana.
  - Eu te avisei seu imbecil. - Replicou Mallya e então chutou o meio das pernas de Taehyung, só escutei o grunhido de dor e em seguida o corpo dele caiu pro lado do colchão enquanto ele colocava as mãos sobre o "documento". Me segurei pra não rir, Mallya se pois sobre ele e pois a lâmina da katana na garganta do rapaz. É eu sabia que ela estava aprontando alguma, ela jamais deoxaria um garoto tirar vantagem sobre ela.
  - E então, por onde quer que eu comece a cortar? - Perguntou a Mallya com um sorriso sádico e eu me levantei da minha cama contendo a gargalhada.
  - Não faz sushi com ele Mallya. - Pedi e então ela me olhou com uma cara de tristeza, acho que ela realmente queria fatiar o Tae. - Taehyung - Chamei o garoto que neste momento umedecia os lábios e pelo que aparentava sua dor estava diminuindo já que agora ele não estava mais fazendo careta de dor - Dorme na minha cama, eu vou ficar investigando os depoimentos do terceiro assassinato, depois do pesadelo que eu tive não vou conseguir voltar a dormir tão cedo. - Falei e ele compreendeu, Mallya saiu de cima dele e eu fui pra escrivaninha. Taehyung se acomodou na cama onde antes eu estava deitada e Mallya depois de guardar a katana ao seu lado voltou a se deitar tranquilamente na cama. Mal peguei os depoimentos do terceiro assassinato nas mãos e comecei a ouvir os dois.
  - Para de me encarar imbecil. - Esbravejou Mallya, eu olhei para os dois só pra ter certeza que a Mallya não estava prestes a matar ele. O Tae estava deitado de lado na cama virado de frente para Mallya, e ela estava deitada de lado também na outra cama, virada pra ele. To com a leve impressão que esses dois vão levar essa discussãozinha mais a sério do que pessoas pacíficas levariam.kkkkk
  - Já falei que meu nome não é imbecil, é Taehyung! - Rebateu ele e escutei Mallya bufar.
  Essa noite vai sair mais longa do que o esperado.

2 horas depois

  Agora de volta à minha casa, coçei os olhos e então tirei minha blusa, já havia conferido se a porta estava trancada, por isso apenas me dei o trabalho de tirar o resto da roupa, e entrar no box de vidro, liguei o chuveiro e assim que senti que a água havia esquentado eu entrei debaixo. Sentindo meu corpo todo estremecer. É tão bom tomar um banho quente de manhã.
  Enquanto molhava o corpo eu relembrava dos depoimentos recolhidos do terceiro assassinato. A vítima tinha um namorado nerd, o qual sustentava um relacionamento saudável com a garota. Os pais dela pelo que aparenta não tem inimizades com ninguém e nem mesmo a garota não tinha inimizades com ninguém, então não temos nenhum suspeito. Tudo indica que os vizinhos não tem nenhum envolvimento com o caso e nem mesmo com a vítima já que todos tinham álibis para se safar de uma possível suspeita. Não havia nem mesmo alguma coisa que pudesse servir pra investigar. Acho que depois da aula eu e a Mallya vamos ter que ir interrogar a família da menina pra ver se conseguimos mais algumas informações. O que temos não é suficiente pra se fazer quase nada. E também temos que arranjar um motivo pro meu pai e seus detetives irem até a casa abandonada atrás da escola, eles precisam ver aquele sangue. Quem sabe descobrem algo.
  Lavei meu cabelo e depois o corpo, ainda pensando nos depoimentos que li, mas como nada me parecia no mínimo duvidoso para poder investigar, eu optei por preencher meus pensamentos com o novo padrão do Gap Dong, as rosas e suas cores. E o que a rosa vermelha poderia significar já que pareceu não ter tanto sentido com o terceiro assassinato.

  Sai do banheiro já vestida e quase atropelando BamBam que estava perto da porta, ao me desculpar eu corri pro quarto pra buscar minha mochila, meu caderno de investigação e um canivete, não posso andar com arma durante o dia, meu pai me esganaria, então eu uso um canivete de múltiplas utilidades, que tem lâminas afiadas, um garfo, um grampo que é muito útil pra abrir portas e uma teaser. Eu amo meu canivete, foi caro mas vale a pena cada centavo. E eu estava com pressa agora, muita pressa mesmo, deduzi uma coisa que pode servir pra mim e pra Mallya impedirmos o quarto assassinato, e ainda por cima antes da psiquiatra idiota que meu pai vai contratar! São dois coelhos numa cajadada só. Se bem que, coitado do coelho... Esse tipo de colocação fica bem ofensivo...kkkk

PRISON IWhere stories live. Discover now