144 - Perdidos/Achados

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- Mallya on-

  Não consegui conter o sorriso com a pergunta de Tae, cada vez que via o quão inocente era me dava vontade de tirar ele da delegacia de uma vez por todas, ele é inocente, então porque mantê-lo aqui? É insuportável o fato dele estar aqui mesmo sendo inocente, e por isso eu e a Alícia precisamos porvar sua inocência o mais rápido possível.
  - Tae, luvas são usadas por pessoas que não querem deixar rastros de que estiveram no local. - Esclareci a dúvida de Tae enquanto Alícia fazia mais anotações.
  - Eu estava tão nervoso naquela noite por tudo que estava acontecendo que nem me lembrei que a polícia me tinha como suspeito. - Comentou ele e a Alícia levantou os olhos das anotações para ele.
  - Você sabia que era um suspeito e mesmo assim foi até a cena do crime? - Perguntou incrédula e ele assentiu.
  - Eu achei que conseguiria impedir. - Se justificou e eu vi a Alícia engolir em seco desconfortável com a situação, por mais que ela fingisse estar tão firme e agindo de forma proficional durante a investigação, eu que a conhecia a bastante tempo conseguia perceber o quanto ela estava abalada por dentro, e se culpando pelo que aconteceu. Assim como percebi pequenas alterações, quase imperceptíveis de tão mínimas, em seu estado emocional, ela anda mais agressiva, mais decidida, e levemente cruel. O que me leva a deduzir que talvez esteja deixando a insanidade falar mais alto dentro dela do que a sanidade.
  - Entendo. - Continuou Alícia e então após dar uma leve espiada nas anotações conferindo se havia escrito tudo que deduziu, ela olhou pra mim pra confirmar, e eu assenti, sabia o que ela tinha anotado, todas as deduções, tínhamos a capacidade de trabalhar juntas nos entendendo fielmente só pelo olhar, e isso era extraordinário. E muito útil na maioria das vezes. Com a minha confirmação, Alícia resolveu pedir pela continuação de Tae.
  - E o que houve depois que você entrou na igreja? - Perguntou e Taehyung entrelaçou seus dedos nos meus, aparentemente nervoso. Suas mãos estava tremendo. Já dava pra imaginar que o que ele viu o deixou evidentemente assustado. Quando olhei pra Alícia percebi que ela estava ficando nervosa também, havia começado a coçar os olhos impaciente.
  - Tudo que eu achei foi o corpo na frente da cruz, cheio de sangue, mas já era tarde demais. E eu não consegui chegar muito perto, quando estava a um metro de distância dela vocês abriram a porta junto com a polícia, e e então começou aquela bagunça. - Finalizou e eu apertei sua mão na tentativa de conforta-lo, já que seus olhos estavam se enchendo de lágrimas - Me desculpa Alícia, eu juro que tentei impedir. - Desculpou-se e eu percebi que a Alícia engoliu em seco novamente ficando tensa na cadeira. Mantendo sua postura fria e rígida.
  - Você fez o que podia. - Disse ela gentilmente e eu pensei numa pergunta pra tentar amenizar o clima, mas a que surgiu na minha cabeça não era tão boa assim...
  - Você chegou a tocar no corpo, ou na arma do crime? - Perguntei tirando o foco da Alícia de Tae para mim e ele negou com a cabeça.
  - Não. E mesmo que eu tivesse a intenção de chegar perto, não deu tempo nem de ver direito, a Polícia apareceu junto com vocês antes de qualquer coisa acontecer. - Respondeu Tae e quando pareceu que a Alícia diria mais alguma coisa Wonho entrou na sala, junto com o pai da Alícia, interrompendo o interrogatório, e os dois pareciam estar com o humor péssimo a ponto de estarem extremamente zangados.
  Ferrou.

- Alícia on-

  - O que está havendo? - Perguntei ao fechar a porta atrás de mim, lá dentro da sala de visitas Jung Kook havia ficado para algemar novamente Taehyung, enquanto Wonho e meu pai nos levavam para outra sala. Porém, o ser pequeno que estava dentro da bolsa da Mallya, que era para estar dormindo, pelo visto acordou, e a Mallya estava tendo alguns problemas pra conte-lo dentro da bolsa.
  - Precisamos conversar com vocês sobre as visitas que vocês andam fazendo ao jovem Kim Taehyung. - Declarou meu pai enquanto guiava eu, e o Wonho a Mallya, pelo corredor. E pela cara da Mallya estava difícil de manter o bichinho dentro da bolsa, sua discrição estava quase comprometida.
  - E também sobre os indivíduos Tailer e GDragon. - Wonho comunicou e eu arregalei os olhos parando de andar imediatamente, fazendo acidentalmente a Mallya esbarrar em mim e quando sua bolsa tocou no meu braço eu senti um leve corte se formar no meu cotovelo.
  - Encontraram eles? - Perguntei disfarçando e Wonho assentiu. Depois de três dias desaparecidos finalmente apareceram, isso é um alívio já que pelo menos mais um peso foi tirado da ficha criminal do Tae. Meu pai estava tão nervoso nos últimos dias com os investigadores que todos estavam suspeitando que Tae pudesse tê-los matado porque eles "supostamente" descobriram que o Tae era o suposto "Gap Dong". Gap Dong uma ova! Voltamos a andar.
  - E eles estão bem? - Perguntou Mallya antes que eu perguntasse e Wonho abriu a porta da sala do meu pai, já havíamos chegado no local, e assim que a porta foi aberta não foi preciso resposta mais pra pergunta, eu e a Mallya avistamos GDragon e Tailer sentados num banco, perto da mesa no centro da sala. Muito machucados, e segundos depois o pequeno dragão pulou da bolsa.

PRISON IWhere stories live. Discover now