163 - Park Jimin

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- Mallya on-

  - Alícia você está bem! - Falei aliviada e ela ergueu a arma na mira dos demônios com um sorriso no rosto. Jung Kook já estava tirando uma arma da cintura, que eu não faço ideia de onde ele achou, e eu não fazia ideia que o pai da Alícia tinha dado uma arma.
  - Estou ótima, cai em algo macio... - Respondeu ela, mas eu percebi que a resposta não estava completa, e que ela chegou até a corar um pouco, o que será que aconteceu entre ela e o Jung Kook? - Mas me diz o que são essas coisas? - Perguntou ela encarando as criaturas que sibilavam feito cobras e ameaçavam se aproximar e eu ia responder, mas Jimin resolveu tomar a frente de tudo como se fosse o anfitrião da situação e do lugar. Agora ele não parecia estar com tanto "medo", mas sim bem preocupado.
  - São demônios canibais, querem nos transformar em ossos também. - Disse ele direto e então olhou pra nós duas pensativo. Eu e a Alícia já estávamos uma ao lado da outra, e Jung Kook entre nós duas, enquanto Jimin estava ao meu lado analisando a situação, provavelmente pra perceber o que já sabíamos, estávamos em desvantagem com apenas duas armas e sete demônios na mira, que já estavam se aproximando, mas pelo que parecia eram meio lentos.
  - De onde vocês vieram? Conhecem a saída desse lugar? - Perguntou Jimin impaciente quando ninguém disse mais nada e a Alícia assentiu enquanto eu respondia.
  - Viemos da ponte, tem uma porta que nos leva de volta pra Helltown. - Falei e Jimin olhou para um lado, depois para o outro, e então tomou a arma da mão do Jung Kook.
  - Vamos voltar pra lá imediatamente! - Disse e começou a atirar nos demônios sem pensar duas vezes. Jung Kook pareceu não ter gostado da atitude de Jimin, mas nem dei muita importância já que a Alícia também começou a atirar nos demônios, e nós começamos a correr, tudo que podíamos pra poder voltar pra Helltown.
  Voltamos pra ponte, a Alícia estava recarregando a arma enquanto Jimin continuava atirando, mesmo com tiros direto na cabeça os demônios cambaleavam para trás, mas continuavam a prosseguir, vindo na nossa direção. Eles eram estranhos, por causa do manto não dava para ver seus rostos e nem suas deformidades demoníacas e eu não sei se o fato de não poder ver despertava um terror interior em mim, ou se realmente aquelas criaturas tinham a capacidade de aterrorizar suas vítimas.
  - Vamos! Não podemos parar! - Incentivou Jimin me pegando pelo braço para me puxar quando eu parei de correr por um breve momento, tinha alguma coisa ali, nos demônios, eu não sabia descrever o que era, mais estava chamado minha atenção. Era forte demais para simplismente ignorar.
  - Tem alguma coisa errada! - Bradou a Alícia com a arma disparando incessantemente, imaginei que seu pulso estivesse doendo, o soco que a arma dava quando atira sempre tensionou seu pulso, deixava-a dolorida, e agora com vários disparos tenho certeza que ela vai ficar com dor.
  - Temos que sair daqui! - Gritou Jung Kook alarmado, temendo as criaturas por debaixo dos mantos e Jimin me pegou pelo ombro para me encarar diretamente, meu coração estava disparado.
  - Eu sei o que você está sentindo! Mas não pode parar, eles não vão te obedecer você está fraca demais para lutar com criaturas desse porte, nem mesmo eu posso enfrenta-los, e eu estou no auge da minha força. - Explicou Jimin e eu franzi o cenho confusa, do que ele está falando?
  - Como assim? - Perguntei e ele continuou atirando e tentando me puxar pela ponte para me levar pra porta que havia do outro lado.
  Estávamos na metade da ponte quando um dos sete nos alcançou, ele foi direto na Alícia que estava atirando sem piedade na cabeça dele, peguei a katana e fui tentar ir até ela pra ver se cortar a cabeça dele resolveria o problema, mas assim que dei um passo, Jung Kook já havia passado por nós numa velocidade incrível, sobre humana que eu mal pude acompanhar com os olhos e enfrentou o demônio, não deu nem cinco segundos e a cabeça do demônio que se assemelhava a de um corvo caiu no chão se juntando a uma poça de sangue ao lado de seu corpo, com os olhos negros abertos e inativos.
  Pela perplexidade a Alícia havia parado de atirar, mas Jimin não parou nem por um instante e eu estava ficando intrigada com o fato das balas não acaberem nunca, mesmo que ele continuasse atirando incessantemente. Quando Jung Kook se voltou para nós, com as mãos cobertas de sangue escuro seus olhos me surpreenderam, as pupilas estavam finas, iguais de uma cobra, e seus olhos azuis. Iguais aos olhos de um gato, ou melhor dizendo, o gato da Alícia.
  - Temos que sair daqui, agora! - Disse Jung Kook e agarrou a Alícia, e o Jimin me agarrou de forma protetora, e quando voltamos a assimilar o que estava acontecendo já estávamos de volta ao porão da igreja assombrada, e a porta estava fechada outra vez. Não faço ideia como eles nos trouxeram pra cá, o que foi aquilo? Teletransporte? E o Jimin? E o Jung Kook? O que eles são? Eles se conhecem? Por que pareceu que se conheciam?
  - Vocês estão bem? - Perguntou Jimin me soltando e assim que Jung Kook soltou a Alícia vi seus olhos se arregalarem.

PRISON IWhere stories live. Discover now