169 - Alcatéias

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  - Como não me culpar? - Soltei em um suspiro cansado, sentindo as noites mal dormidas por causa do Gap Dong e o luto pesando nos meus ombros.
  - Olha meu velho amigo, eu sei como é perder a mulher que voce sempre jurou com todas as forças amar e proteger, a pessoa com que você teve seu único e verdadeiro imprinting.
Sei como é dificil se controlar quando o assassino que derramou o sangue que corre nas veias de seus filhos ainda está solto e desprezando seu sofrimento. Entendo que a pressão se torna uma maldição quando as pessoas fofocam que você foi incapaz,
que não deveria carregar o título de delegado, que nem mesmo deveria ter o direito de cuidar de seus filhos. - Disse ele colocando a mão no meu ombro para me confortar, o peso das palavras me doíam, mas eu sabia que ele estava sendo sincero, apenas querendo o meu bem - Quando eu perdi minha esposa apenas me afundei na escuridão, me deixei no vazio indo atrás de sangue e álcool, não dava atenção ao meu filho, pobre Jaebum que todas as noites chorava pela fata da mãe. E que vinha até meu escritório pedindo por colo e calor, mas eu apenas o rejeitava e as vezes dava umas palavras de conforto mesmo descrente delas, apenas para me livrar do menino, sempre concentrado no trabalho e em forçar a Polícia a achar minha esposa que estava grávida e desaparecida, até aceitar que ela estava morta e anos depois receber a Mallya, outra criança que precisou do apoio do pai e não recebeu. Não cometa os mesmo erros que eu cometi meu amigo, não deixe aquele assassino escapar, mas acima de tudo não negue seus filhos por eles te lembrarem sua esposa, se eu pudesse voltar a trás... Mas eu não posso. Falhei com a Mallya e o Jaebum, mas te peço que não falhe com a Alícia e o BamBam, eles precisam de você. Voce é o pai deles, a Polícia dessa cidade, e o alfa da maior alcatéia de Helltown. Não se entregue a escuridão que o luto proporciona, seja forte e cuide dos seus filhos, antes que eles tenham que ir embora por que creceram. - Aconselhou Bram e eu abri um sorriso bebendo o restante da bebida que havia no meu copo.
  - Você tem razão, vou pra casa hoje mesmo, e vou parar de me enconder de meus filhos. - Quando terminei de falar e Bram começou a tomar sua bebida do copo BamBam, GDragon e Tailer entraram pelas portas do bar, pareciam perturbados, e ter corrido muito. Levantei a mão e acenei para que eles me vissem, e assim que me avistaram vieram correndo ao meu encontro.
  - Pai temos um problema! - Avisou BamBam e quando chegou perto percebi que os três tinham entrado numa briga recentemente, suas camisetas estavam rasgadas e havia sangue em seus rostos e braços como se tivessem sido atacados por algum animal.
  - O que houve BamBam? Quem fez isso com vocês? - Perguntei preocupado me levantando do banco para entender o que aconteceu e ele recuperou o fôlego antes de falar de uma vez.
  - A alcatéia dos Fenrir. - Disse ele ofegante e eu fiquei sério, haviam três alcatéias em Helltown, a minha era a maior, depois há uma que era a meu favor, não tinham problemas comigo e a outra meus inimigos declarados que era composta por lobos extremamente violentos - Alguém matou 2 betas deles, e eles acham que foram a gente, estão vindo pra cá, querem vingança.

- Mallya on-

  Meus ombros estavam cheios de marcas de mordidas, e haviam um coração em cada ombro, com a marcação das mordidas de Tae. Agora ele estava mais prático e menos torturador, mordendo regiões perto do meu peito e deixando marcas bem vermelhas por onde passava, tocando suas mãos pelo meu corpo. Volta e meia apertos nas coxas, e então ele descia, distribuindo mordidas e lambidas na minha barriga.
  Quando não estava mais aguentando se controlar e continuar com a tortura, ele resolveu partir para os meus lábios, me beijando em devasto, tocando sua língua na minha e sugando meu lábio inferior enquanto eu tocava seu peito, seus cabelos e seus lábios e ele apertava minha cintura e minhas coxas com vontade, até meu telefone começar a tocar.
  - Você não vai atender! - Ordenou Taehyung e eu gemi pegando meu telefone na cabeceira da cama.
  - É a Alícia, deve ser importante. - Falei entre gemidos enquanto ele descia beijos pelo meu pescoço e então atendi antes que ele dissesse mais alguma coisa.
  - Alô? - Perguntei e logo em seguida tive que morder meu lábio inferior para não gemer quando Tae passou a língua no lóbulo da minha orelha.
  - Rolou assassinato, dois lobos. - Ela falou sem demora e eu até me engasguei.
  - Me diz que não eram betas! - Pedi, se fossem isso daria um problema gigante, ela suspirou do outro lado da linha antes de responder.
  - Eram betas.

PRISON IWhere stories live. Discover now