128 - Pouco Tempo

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  "A rosa roxa também pode estar completamente ligada ao amor de mãe"

  " A rosa cor de rosa está associada a ternura, admiração, doçura, carinho, gratidão"

  Engoli em seco, recuperando meu fôlego calmamente, antes tínhamos certeza que o Gap Dong não mataria ninguém fora do padrão, mas pelo fato de que eu me lembrei de uma mãe enquanto fazia a primeira etapa das pesquisas com a Mallya, e por ter aparecido que a rosa roxa significa amor de mãe, e é a mais indicada para dar a mães, meu estômago embrulhou enquanto minha mente se fundia em confusão. Talvez fosse só medo por minha mãe ter acado de sair de casa, mas uma sensação dolorosa e agoniante estava se espalhando pelo meu peito.
  - Quais são as probabilidades do Gap Dong matar uma mãe? - Indagou a Mallya e um arrepio desceu pela minha espinha me fazendo ficar tensa. Nesse exato momento me lembrei da pedra que jogaram na janela de casa ontem, onde tinha o bilhete de que alguém seria a "próxima". A próxima vítima do Gap Dong. Não parecia mais ser apenas uma brincadeira de alguém revoltado por que a polícia ainda não prendeu o Gap Dong. E não parecia mais ser eu, eu não me encaixava no padrão, mas minha mãe sim, a questão da pureza pode ser metafórica, talvez simbolize o bom coração da pessoa, e a questão religiosa. Minha mãe vai todos os domingos à igreja, e hoje ela passar por lá antes de ir pro trabalho.
  - Mallya, a gente tem que ligar pro meu pai. - Falei sentindo meu coração começar a disparar enquanto eu saia da mesa, peguei o celular comecei a procurar o número do meu pai, e já me direcionei até as chaves da moto do BamBam que estavam num gancho perto da porta enquanto levava o celular ao ouvido. - A gente precisa entrar no sistema da delegacia e pegar mais informação, a nossa não é suficiente, talvez a psiquiatra que contrataram para ajudar no caso tenha descoberto algo importante que a gente ainda não descobriu. Eu vou ligar pro meu pai e avisar que minha mãe acabou de sair pra trabalhar. - Falei rapidamente, eu estava ficando ofegante, eu não queria perder a cabeça e entrar em pânico, eu precisava manter a calma, mas parecia que tudo estava prestes a virar de ponta cabeça, e eu e a Mallya precisávamos evitar um desastre.
  Começou a chamar, mas meu pai não estava atentendo.
  - Estou raqueando tudo. - Informou a Mallya e então começamos a andar pelos corredores da casa, até chegar no escritório do meu pai, peguei a arma dele na gaveta e tentei ligar mais uma vez enquanto íamos pra sala de estar.
  Quando cheguei na escada liguei outra vez pra ele, mas ele não estava atendendo.
  - BamBam Jaebum desçam aqui, a gente precisa de ajuda! - Gritei no pé da escada e eu e a Mallya fomos pra perto da porta enquanto eu tebtava ligar mais uma vez pro meu pai.
  - Atende! Atende! Atende! - Protestei mas caiu na caixa postal de novo - Droga! - Bradeu e meus olhos automaticamente cairam sobre a janela, ela já havia sido trocada, mas eu ainda me lembrava do que tinha acontecido, do estado que tinha ficado quando o vidro quebrou. Do que o Tae havia dito sobre não ter visto ninguém na rua enquanto entrava em casa, poucos segundo depois da pedra ter sido jogada. E foi então que me lembrei de uma coisa! Talvez o Tae não tenha visto porque o cretino poderia estar escondido, mas ele não conseguiria fugir das câmeras, a minha rua é lotada de câmeras.
  - Mallya, - A chamei ao abrir a porta e ela me encarou por um breve instante, com os olhos carregados de preocupação. Jaebum e BamBam estavam descendo as escadas preocupados também - Tenta entrar nas imagens das câmeras das ruas da minha casa, tenho a impressão de que temos o rosto do Gap Dong, e que aquele bilhetinho de ontem, além de não ser pra mim, não era apenas uma brincadeira. - Falei e vi o rosto de Jaebum e BamBam ficarem sérios.
  - O que houve? - Perguntou BamBam proecupado e eu fui até ele enquanto a Mallya saia pra fora da casa, já indo pra moto.
  - BamBam, a mãe pode ser a próxima vítima do Gap Dong, precisamos impedir, talvez estejamos a um passo de pega-lo, mas pra isso eu preciso da ajuda de vocês. - Falei tentando manter minha calma, mesmo eu estando eufórica de preocupação.
  - E como nós podemos ajudar? - Perguntou Jaebum sem perder tempo e eu apontei pras chaves de moto perto da televisão.
  - BamBam pega a moto do papai e vai pro hospital, Jaebum pega sua moto e vai pra igreja e espera lá. - Quando terminei de explicar parti pra fora da casa. E mal cheguei até a Mallya e ela já me bombardeou.
  - A Polícia está com as mesmas informações que a gente, a próxima rosa vai ser cor de rosa, vai acontecer na igreja do centro da cidade, porém eles não conseguiram descobrir quem vai ser a vítima, só o local da morte e... - A Mallya fez uma pausa ao olhar novamente para a tela do celular, me deixando ainda mais tensa.
  - E...?? - A incentivei a me contar e ela engoliu em seco.
  - E tudo indica que o Gap Dong vai fugir do padrão dessa vez e matar uma mãe.

PRISON IWhere stories live. Discover now